Paulo de Melo | O Poeta da Natureza
Ao pé da montanha tem um rancho
E desce um rio que corre água cristalina
São as águas que descem da colina
Que caem dos olhos deste pobre sofredor
Que nesse rancho nasceu e se criou
E com tempo foi obrigado a mudar
E não é feliz onde está
Sua felicidade é na imaginação
Tanta tristeza que eu tenho no coração
E lembranças que trago deste lugar
Meu velho rancho não consigo te ver mais
Onde vivi com meus pais e meus irmãos
Meu coração cansado não descansa
Lembrando o tempo de criança que vivi no meu sertão
Lembro a fumaça do velho fogão
Lembro mamãe preparando o alimento
Sou feliz por lembrar desse momento
Quando eu brincava na poeira
Eu tomava meu banho de cachoeira
Eu descansava na rede balançando
Acordava e continuava brincando
E vários frutos a gente ia pegar
Comia frutos até se fartar
Esse foi o meu tempo de criança
A saudade que eu tenho do passado
Me dá força pra caminhar pro futuro
Nesta vida tem pontos obscuros
Que o homem jamais pode imaginar
Hoje as águas que descem dos meus olhos
São como as que descem da colina
São fontes de água cristalina
Que nascem da minha imaginação
São lembranças que eu tenho do meu sertão
E do cantinho que eu nasci e fui criado.
Garanhuns | Ano 2018.
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