Enquanto não chega
esse é o último poema:
escrevo porque escrevo
para melhorar a vida
o que dizem todos
então escrevo
porque escrevo
para o livro do mundo
que ninguém lê tudo
nem o fim que faço
não será meu o último
é encantado
já se escreve
depois de cada dia...
sem ponto final
sinal pessimista
e acabará assim:
é (sem mais depois).
*João Marques dos Santos, natural de Garanhuns, onde sempre residiu, é poeta, contista, cronista e compositor. Teve diversas funções nas atividades culturais da cidade: foi Presidente da Academia de Letras de Garanhuns, durante 18 anos, Diretor de Cultura do Município e, atualmente, é presidente da Academia dos Amigos de Garanhuns - AMIGA. Compôs, letra e música, o Hino de Garanhuns. Mantém, desde 1995, o jornal de cultura O Século. Publicou quatro livros de poesia: Temas de Garanhuns, Partições do Silêncio, Messes do azul e Barro.
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