José Hildeberto Martins | Garanhuns, 2006
(Para Uzzae Canuto - In memoriam)
Era um barco quase parado.
Era um mar quase imóvel.
Era um piloto solitário,
passageiro do passado.
Tudo tão lento, misteriosamente lento.
Lentidão fascinante e respeitosa.
Proa, popa e convés,
tudo tinha o remate do tempo.
Estagnado ao relento,
o barco ia... ou não ia...
Náufrago em sua rota sem fim,
solta seu último suspiro de alento.
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