A alma do poeta

Paulo Dácio de Melo (O Poeta da Natureza)

A alma do poeta

É muito sentimental,

Às vezes o poeta fala

Feito um vendaval

As vezes alguém passa mal

Outras vezes é comovente

Quando fala no repente

De um amor correspondido

Quando é um amor traído

Causa arrepio na gente

Alguém despertar é natural

A alma do poeta é muito sentimental.

No lugar onde nasci

Tinha belas cachoeiras

Que jorrava a vida inteira

Descia, formava os rios

Pra mim era um desafio

Pulava de cima em baixo

Mergulhava no riacho

Era boa a brincadeira

Hoje lembrar o passado,

Minha alma desinquieta... Passa mal

Alma do poeta é muito sentimental.

O  homem é um elemento

Nasceu pra ser manipulado

Tem que ser comandado

Não se libertar

Tem que ser encabrestado

Pra conseguir caminhar

Aprendam a se livrar

Das garras do opressor

Pensar com calma não faz mal

A alma do poeta é muito sentimental.

O homem é um animal

Difícil de ser domado

Só espera ser amado

Às vezes se entrega total

Outras vezes o homem é mal

Fica sofrendo sozinho

Até comprando carinho

Com amor de aluguel

O homem é muito cruel

Tua alma desinquieta, te faz mal.

A Alma do poeta é muito sentimental.

Se o homem fosse melhor

O mundo era diferente

Vamos mudar nossa mente

Começar a pensar melhor

Deixe um pouco a vaidade

Melhores um pouquinho só

E vamos ver a diferença

Pois quando a gente pensa

As coisas ficam melhores

É profunda nossa mente

Se o homem fosse melhor.

O mundo era diferente!

Garanhuns, ano 2017.