Grandes Vultos de Garanhuns - A ideia da perpetuidade do Ser espiritual, é inata no homem, ela existe nele, no estado de intuição e de aspiração. Ele compreende que unicamente, nisto está a compensação das misérias da vida, é devido ao fato de que tal ideia sempre existiu, que há e sempre haverá mais espiritualidade do que descrença. Haverá mais possibilidades de se amar plenamente. O ódio por incrível que pareça é um sentimento negativo e por isto mesmo tende a desaparecer. O ser humano não fôra criado para odiar seus semelhantes. E sim para servi-los na medida do possível. Basta que cada um se aperceba de que a vida em si mesma proporciona muitos ensejos. Sentimos que no nosso mundo íntimo esse desejo de servir, de amar nasceu conosco... Isso facilmente se constata; todas as vezes que ofendemos a outrem, sentimos um vazio como se algo houvesse desaparecido. Como se ficássemos tomados por uma sensação de arrependimento. Uma espécie de autocensura que convoca todos os nossos sentimentos de volição da vontade. Vontade que não foi além de uma atitude momentânea. Esses instantes de transição são comuns aos homens de todas as escalas sociais e políticas. É uma questão simples que não chega a ser um problema. É uma implantação de um complexo que pode ser sublimado por entendimento. E até certo ponto, neste contexto mental, a sublimação do complexo equivale a cura. Os acontecimentos apreciados por este ângulo, novas oportunidades se apresentam, no sentido de que no princípio reinante em todo o universo, existe para o bem e a felicidade. Se olharmos para profundeza das coisas descobrimos que o mal propriamente não existe e por isto se transforma sempre num bem. Não existe para ninguém no caminho da vida. Todos nós temos oportunidade de praticar sempre o melhor. Isto não é privilégio de ninguém. Por isto surge na aridez dessa vida, um homem simples, modesto, digno e capaz de voltar todas as suas atividades no sentido do bem comum, beneficiando a sua cidade, seu povo, e as pessoas modestas que residem no seu bairro - como aconteceu com o cavalheiro que será o vulto de hoje.
Antônio Alves do Nascimento, filho da terra das Sete Colinas. Não era considerado um intelectual, aprendeu o suficiente para melhoras as suas condições como homem de negócios. Seu Eu se projetou no sentido de consolidar no ambiente social. Arregimentou todas as forças e conseguiu estabelecer um plano de trabalho honesto e seguro. O setor comercial foi o da sua preferência. Em pouco tempo, progrediu muito aponto de ser considerado um dos comerciantes mais prósperos do seu tempo.
Assim criou um ambiente propício ao desenvolvimento de sua vocação para o domínio comercial. De alma e coração sempre abertos para ajudar o progresso de seu bairro. Logo cedo compreendeu e necessidade de dotá-lo de possibilidades no que tange ao aprimoramento espiritual de cada um dos seus modestos irmãos. E atendendo o apelo da Igreja, construiu por sua conta, a capela que mais tarde veio a ser a atual Matriz de Santa Terezinha. O seu primeiro vigário o padre Tarcísio Falcão - nosso querido Monsenhor Tarcísio que muito tem feito pela nossa Garanhuns, no setor cultural. Este foi substituído pela Padre Acácio Alves, filho de Antônio Alves. Padre Acácio Alves estudou Teologia em Roma e foi Bispo da Diocese de Palmares. Antônio Alves do Nascimento já bastante conhecido como um benfeitor de sua terra natal viajou pela Europa. Depois de viver muitos anos no seio de sua família. Foi um dedicado pai em todos os sentidos. Os seus filhos todos foram bem educados e estão bem situados na vida. Era um homem sincero amigo de todas as horas. Antônio Alves do Nascimento, nasceu e viveu na terra das flores. Mais um vulto da cidade Centenária que muito trabalhou pela sua gente.
*Dr. José Francisco de Souza / Advogado, jornalista e historiador / Garanhuns, 8 de abril de 1978.
Nenhum comentário:
Postar um comentário