sexta-feira, 18 de agosto de 2023

À luz do sol


João Marques* | Garanhuns, 18/08/2023

Todo o dia, a luz do sol ilumina os meus olhos, como os campos, as cidades e os mares. E eu vejo o mundo, alegre, pela luz. Retomo a vida que é-me dada, os afazeres felizmente, os pensamentos, muitos, como são as nuvens, que passam, traçando invisíveis caminhos. Aprendo! O tempo me parece rápido, e, oportuno. Como posso, recolho as horas, como a guardar espaços da eternidade. Os acontecimentos fluem, também, ligeiros, e eu guardo o que deixam, experiências. Contemplo a renovação de tudo, a musicalidade que faz, se atino os giros do planeta; o silêncio, que assenta, se concebo as manifestações do belo, da flor, da leve aragem que toca a minha face, à grandeza de uma montanha, emocionante e serena. O dia chega, não sei, um sonho, onde sou rei, por existir... plebeu, por esperar. E tenho a vida, em mim, como criação maior, e expressão inteligente e universal. Salve, a luz.

*João Marques dos Santos, natural de Garanhuns, onde sempre residiu, é poeta, contista, cronista e compositor.  Teve diversas funções nas atividades culturais da cidade: foi Presidente da Academia de Letras de Garanhuns, durante 18 anos, Diretor de Cultura do Município e, atualmente, é presidente da Academia dos Amigos de Garanhuns - AMIGA. Compôs, letra e música, o Hino de Garanhuns. Mantém, desde 1995, o jornal de cultura O Século. Publicou quatro livros de poesia: Temas de Garanhuns, Partições do Silêncio, Messes do azul e Barro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A influência da terra nas letras

Amaury de Medeiros* Um tema constante na literatura é a paisagem que se afigura como um valor humano - construção conjunta do homem. Terra n...