sexta-feira, 18 de agosto de 2023

A festa de 75 anos de Jurandir Tenório

Jurandir Tenório

Ulisses Peixoto Pinto* | Garanhuns, abril de 2005

Com muita emoção, brilho, música e arte, houve na noite do dia 9 de abril (2005), uma festa oferecida pelo professor, músico e cantor, Jurandir Tenório, da querida terra de São Bento do Una.

Estive lá, convidado a fim de cumprimentar o denodado aniversariante, que  completou 75 anos de idade (bodas de brilhante).

Lá, naquela bela casa  pertinho do Grupo Escolar Dom João da Mata Amaral (tio de Ivo Amaral) na Boa Vista, havia união, amor, confraternização onde  imperava a música e o canto. Canto de um "Carinhoso" do grande Pixinguinha, por sinal cantado por muita gente que estava no lar florido, enfeitado, com luzes, inclusive com as do Cristo.

Este humilde "matuto jornalista", sorria, chorava um pouco, pelas músicas cantadas por Jurandir. Era uma mistura entre o sentimento, a saudade, a cordialidade e o querer bem. A alegria era tanta entre os presentes, pessoas cultas, civilizadas que fica difícil um parecer a respeito dos 75 anos do bom Jurandir, figura alegre, que nasceu na lendária São Bento do Una, torrão natal dos Valenças: de Martha Cintra; do grande militar general Zenildo, ex-ministro do Exército em dois Governos, meu amigo de longas datas. Este brioso militar foi amigo de infância e de escola de Jurandir Tenório. Graças ao aludido militar, foi criado o Dia do Exército (19 de abril) quando houve em Guararapes, a primeira batalha vitoriosa contra o invasor batavo, em terras pernambucanas.

No ano passado, o pernambucano de São Bento, Zenildo de Lucena, veio do Rio, a fim de tomar parte no aniversário de Jurandir. Contudo, prometeu no ano vindouro tomar parte nessa comemoração de fundo sentimental.

Estavam lá entre muitos convidados, o prefeito de Garanhuns e de São João, respectivamente, Luiz Carlos de Oliveira e Pedro Barbosa, acompanhados das esposas Geny e Miriam; Benedito Fonseca, regente da Capella Gaudium et Spes e do Coro Imperial do Penedo. Este é de Maceió, comentador e membro do Conselho Estadual de Cultura de Alagoas; sax soprano (música gospel), Alexandro de Souza, de Garanhuns; flautista Regina Cajazeiras e a pianista Selma Brito, de Maceió; médicos Ivaldo Dourado Rodrigues, Cláudio Porto, Leone Valença, Saulo Rocha, Jurandy Albuquerque e Marilena, ele irmão da amiga Geny, ex-aluna do Colégio 15 de Novembro e primeira-dama desta terra das "Colinas Verdejantes"; coronel Eudes Lima, comandante do 71º BI Mtz, figura bondosa e simples; ex-prefeito Silvino Duarte; tenente Cândido, do Exército, filho de Palmeirina que cantou também para os presentes; vice-prefeito Almir Penaforte e esposa Maria Goreti; padre José Luiz Vasconcelos, vigário de São Bento do Una; Mário Barbosa Filho (Marinho) e esposa Ana Alves; Nivaldo Tenório de Vasconcelos, 1º sargento dos Bombeiros, também vibrante poeta e esposa professora do Diocesano Dorvalina Maria Maciel de Vasconcelos; Jesus Campelo e esposa Íris, ambos inteligentes do mundo da comunicação, inclusive do espiritual; Ronaldo José do Nascimento, poeta, e esposa Valdeleide Tenório Souto, "galeguinha" que nasceu no sítio "Aguazinha", em Iati, minha parente. Esse sítio é terra também de Felícia Souto Pinto, minha (saudosa mãe); Ginaldo Batista de Barros, operador de máquinas; José Ferreira de Aguiar, inteligente conselheiro da Diocese local e tantos outros vultos que estiveram presentes naquele lar alimentado pelo coração, pela alma onde não faltaram também os "comes e bebes", o tradicional bolo e até o "bobó" de camarão" feito com esmero pela querida Ana Veloso, presidente da Apae, que cantou o "Carinhoso", ao lado de outros.

Encerro este pequeno trabalho, com um trecho da música "além do Arco Íris" (do filme "O Mágico de Oz"). "Certa vez / Eu ouvi alguém contar / Que além sobre o Arco Íris / Há um lugar / Onde o céu / Sempre azul / Nos faz sonhar / E onde a gente / Consegue os sonhos realizar!" Foi cantado lá.

Estes sonhos, caro Jurandir, vão ser repetidos e espero novamente, marcar presença sob o poder de Deus, do Papa João Paulo II, um santo que amava o ser humano, sem distinguir religiões, povos, pobres ou potentados. Foi o guia espiritual do mundo!

Peço perdão a você, Jurandir, por ter desviado um pouco esta crônica. "Porto seguro / Sol que aquece / Bondade que enternece / Estrela guia / Mãos estendidas / Amigo..." (da poetisa Ruth Paes, no seu livro "Marcas Existenciais", com prefácio de um dos condores da poesia e da cultura desta querida cidade, João Marques dos Santos. (três parentes e amigos).

*Jornalista, cronista e historiador / Garanhuns

O jovem professor Jurandir Tenório

PREITO DE GRATIDÃO E DE RESPEITO "EX PROFESSOR"

PROFESSOR JURANDIR TENÓRIO DE LIMA, FUNDADOR E PRIMEIRO DIRETOR DO GINÁSIO MUNICIPAL LENITA FONTES CINTRA

O homem que abriu caminho e democratizou as oportunidades de estudo. Antes do ginásio, poucos jovens podiam estudar em outras cidades. São Bento do Una lhe deve merecidas homenagens. É um homem de cultura inexedível, ex-seminarista católico, bacharel em direito, professor de línguas novilatinas, pianista e cantor tenor de méritos inegáveis.   Jurandir morou em Garanhuns onde foi figura de destaque nos meios artísticos mais refinados. Filho primogênito de Pedro Tenório de Vasconcelos e de dona Hercília Lima, Jurandir nasceu em Tabira, PE e chegou com os pais a São Bento do Una com menos de três anos de idade. Jurandir Tenório faleceu na noite do dia 18 de novembro de 2022 em Garanhuns.

Texto de Orlando Calado 

Orlando Calado e Jurandir Tenório

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