domingo, 31 de agosto de 2025

Associação Garanhuense de Atletismo comemora 95 anos de história


ASSOCIAÇÃO GARANHUENSE DE ATLETISMO (AGA)  - Fundada graças a iniciativa de sete rapazes, com sede inicialmente na Rua Dr. José Mariano, chamada Rua do Recife na época.

Dia 31 de agosto de 1930 foi a data de fundação da Associação Garanhuense de Atletismo (AGA), reunião realizada pela manhã, de um domingo bem frio, na sede da então existente Associação dos Empregados no Comércio, sob a presidência de Adhemar  Pires Travassos que deu posse à primeira diretoria eleita na ocasião, tendo à frente o desembargador Joaquim Maurício Wanderley como presidente de honra e José Gaspar da Silva como presidente executivo. Os idealizadores e principais fundadores foram sete: Aloysio Gomes Cabral, José Mota, Anthero Wanderley, Jayme Luna, Lourival Wanderley, Antonio Soares e Severino Pessoa.

O apelido “Lavandeira do Agreste” é uma homenagem a um pássaro muito comum nas proximidades de Garanhuns"

Tudo começou nos encontros, quase diários, que os pioneiros na história da AGA mantinham, à noite, no Café e Restaurante Ítalo-Brasileiro. Faziam parte do grupo Aluysio Gomes Cabral, José Mota, Anthero Wanderley, Jayme Luna, Lourival Wanderley, Antônio Soares e Severino Pessoa.

Eles estavam preocupados com o afastamento de qualquer atividade esportiva e social do dois únicos clubes existentes na Terra do Magano: o Comércio e o Sport Club de Garanhuns. E com o sucesso do time de pelada da turma, o São Cristóvão, os sete rapazes começaram a sonhar mais alto e foi quando surgiu a ideia de fundação de uma grande agremiação, com projeção em todo interior a até na capital do Estado.

A Associação Garanhuense de Atletismo terminaria por se fundir com o Comércio Futebol Clube, ocupando a lacuna deixada pelas duas tradicionais agremiações da cidade e superando as expectativas ao se transformar no local preferido para os mais importantes eventos da terra de Simôa Gomes.

Aos pioneiros dos primeiros tempos, surgiram diversos nomes que tiveram importância na história do clube, ocupando a presidência ou outros cargos relevantes na agremiação. Manoel e João Cândido, Gerson Emery (que hoje dá nome ao estádio), Ivo Amaral, Severiano Moraes, Luciano Zacarias, José Bezerra, Onias Lima, Carlindo Barros Lopes, Abimael de Oliveira Santos e o atual presidente Nilo Almeida, cada um a seu modo contribuindo com o crescimento da Associação Garanhuense de Atletismo.

José Bezerra fez a atual sede, Luciano Zacarias fez o parque aquático, Ivo Amaral preservou o patrimônio e aumentou o número de sócios, cada um lutou como pôde para defender o nome da AGA.

CLUBE VENCEDOR - A AGA chegou a manter durante muito tempo equipes de Futebol de salão, Voleibol e Natação conquistando títulos também nesses esportes e revelando talentos para o Brasil. Mas o forte mesmo sempre esteve no seu futebol. O Campo foi inaugurado em setembro de 1955 e desde aquele momento tornou-se o maior ponto de apoio ao clube e palco das mais brilhantes conquistas desde então.

A equipe passou a fazer sua história no futebol conquistando vários títulos, dentre eles destaca-se: Tricampeão de Garanhuns, Campeão Pernambucano de Futebol Amador em 1968, 1969 e 1972. Campeão do Interior em 2003, Tri Campeão da Copa do Interior em 1972 (época também da colocação do alambrado), sendo esse título precedido de uma campanha memorável e de um jogo emocionante: vitória sobre o Santa Cruz de Carpina por 5 a 2. Essa vitória ficou marcada na memória do torcedor e em sua homenagem os Vocalistas da Saudade, grupo musical de renome na época, gravou uma música muito executada nas emissoras. Os títulos continuaram sendo conquistados e a AGA, prestigiadíssimo, chegou a marca de 1.400 sócios. Chegou também a ser heptacampeã de Garanhuns. Em 1979, ano do Centenário de Garanhuns, foram colocados os refletores no seu estádio, já denominado de Gerson Emery (numa justa homenagem a um dos mais brilhantes presidentes que já passaram pelo clube). A ocasião foi marcada inclusive com uma partida de futebol amistosa tendo o Sport Club do Recife como adversário. Entre 1985 a 1986 o futebol do clube foi desativado, retornando em 2000 quando o clube se profissionalizou. Chegou a ser quarto colocada no estadual do ano de 2003.

Laércio Peixoto, grande desportista garanhuense, acompanhou por muitos anos a história do clube AGA, participou sobretudo dos grandes times de futebol que foram montados pela Associação. 

Laércio Peixoto  lembrava com carinho das campanhas da AGA no Campeonato Pernambucano da Primeira Divisão, até 2004, quando enfrentou de igual para igual os times do Recife, como Sport, Náutico e Santa Cruz. "Fomos campeões da segunda divisão no ano 2000 e fizemos belos campeonatos, já na primeira divisão, em 2001, 2002 e 2003.

A AGA passou 18 anos com o seu departamento de futebol desativado, montou um time na gestão de Alfredo farias, se profissionalizou e fez bonito.

O Sr. Onias Lima está no clube desde 1947, já tendo sido presidente, vice-presidente e secretário várias vezes.

Mas a Associação Garanhuense de Atletismo com seu padrão preto e branco, herança do Comércio Futebol Clube, não é só futebol. É também o seu grande salão social (nas cores azul e branco, diferentemente das cores do time) é o seu parque aquático, o restaurante, a sauna, o clube de sinuqueiros e o salão de jogos.

Desde a AGA modesta na Rua do Recife, vítima de um incêndio em pleno baile de carnaval, até a Associação imponente de hoje, mais viva do que nunca, a AGA é um patrimônio de Garanhuns.

Hoje o clube conta com 400 Sócios patrimoniais, uma Gama de serviços em parcerias e administração própria a disposição dos sócios e da Sociedade, tais como : Restaurante, Lanchonete, Salão de Festas, Salão de Jogos, Estádio de futebol, Parque Aquático, Sauna.


PRESIDENTES - A primeira  diretoria eleita foi empossada em 7 de setembro seguinte, e ficou assim constituída: Presidente - José Gaspar da Silva, Vice-presidente - Mário Sarmento Pereira de Lira, Primeiro Secretário - Carlos Maurício Wanderley, Segundo Secretário - Josemir Rosa Correia, Tesoureiro - José Mota da Silva Rosa, Vice Tesoureiro - José Bezerra Neto, Orador - Sátiro Ivo Júnior, Vice Orador - Jaime de Oliveira Luna, Diretor e Vice-Diretor de Desportos: Lourival  Wanderley e Manoel (Manoel Português) respectivamente. Diretor e Vice-Diretor Técnico, Amâncio Nunes da Silva e Severino Pessoa de Albuquerque. Comissão de Polícia - Alfredo Leite Cavalcanti, Odilon Barbosa de Queiros, Aloysio Gomes Cabral e Jorge Lins Caldas, e Presidente de Honra - O Desembargador Joaquim Maurício Wanderley.

presidente - Nilo Almeida Neto; vice-presidente - Walter Barros Santana e tesoureiro - Edilton Teixeira Araújo. Diretoria do Conselho Deliberativo: presidente - José Paulo da Silva; vice-presidente - Paulo Lages Alencar; 1º Secretário - José Estevão Júnior e 2º Secretário - José Lúcio Cardoso

Em 1935 a sua diretoria era desse modo composta: Presidente - Dr. Mário Sampaio Matos, Vice-Presidente, Artur Goulard, Primeiro Secretário, Dr. Antonio Viana, Segundo Secretário - Acácio de Oliveira Luna, Tesoureiro - Tranquilino Viana, Vice Tesoureiro - Arnóbio Pinto, Diretores de Esportes - Antero Wanderley e Demerval Matos, Diretor de Xadrez - Elmano Amorim e Reinaldo Alves, Comissão Fiscal - Álvaro Brasileiro Viana, Dorval Santos e Fausto Lemos. 

1953 - José Bezerra Sobrinho (não terminou o mandato);

1954 - Raimundo Clemente da Rocha;

1955 - Dr. Rodrigues Carvalho (não terminou o mandato);

1956 - Antônio Pereira da Silva;

1957 - Orlando Wanderley;

1958/1959 - Severiano Ferreira de Moraes Filho - Vice: Aguinaldo Barros e Silva;

1959/1960 -  Severiano Ferreira de Moraes Filho Vice: Aguinaldo Barros e Silva;

1960/1961 -  Severiano Ferreira de Moraes Filho Vice: Aguinaldo Barros e Silva;

Sede da Associação Garanhuense de Atletismo (AGA) na década de 1980

1961/1962 - Júlio Pires Ferreira - Vice: Dr. Elísio Alves Pinto;

1962/1963 - Júlio Pires Ferreira;

1963/1964 - Antônio Pereira da Silva;

1964/1965 - Pedro da Silva Maia - Vice: Onias Lima;

1965/1966 - Aarão Cavalcanti Lima - Vice: Silvio Apolinário de Araújo;

1966/1967 - Aarão Cavalcanti Lima - Vice: Silvio Apolinário de Araújo;

1967/1968 - Manoel Cândido da Silva - Vice: Edson Dourado;

1968/1969 - Manoel Cândido da Silva - Vice: Edson Dourado;

1969/1970 - Manoel Cândido da Silva - Vice: Edson Dourado;

1970/1971 - Ivo Tinô do Amaral - Vice: Edval Lopes Monteiro;

1971/1972 - Ivo Tinô do Amaral - Vice: Edval Lopes Monteiro;

1972/1973 - José Estevão dos Santos - Vice: Orlando Wanderley;

1973/1974 - João Cândido da Silva - Vice: José Luciano de Oliveira;

1974/1975 - Elísio Alves Pinto - Vice: Orlando Wanderley;

1975/1976 - João Cândido da Silva - Vice: Antônio Pereira da Silva;

1976/1977 - Edjasme Silvestre de Freitas - Vice: Jurandy Pessoa de Araújo;

1977/1978 - João Cândido da Silva - Vice: Ivaldo de Oliveira;

1978/1979 - José Pereira Sobral Filho - Vice: Abimael de Oliveira Santos (renunciou);

Outubro de 1978/1981 - Junta Governativa: Abimael de Oliveira Santos, Valmir Leal Barros e José Alberto de Lima;

1981/1982 - Valmir Leal Barros - Vice: Valdir Santos;

1982/1983 - Thiago Vicente Ferreira - Vice: José Mendes (renunciou em maio de 1983);

1983/1984 - Junta Governativa - José Luciano, Antônio Alves de Lima, José Mendes, Ailton Machado, Flávio Wanderley e Ivan de Oliveira Gomes;

1984/1985 - João Cândido da Silva - Vice: Abimael de Oliveira Santos;

1985/1986 - Paulo Barbosa da Silva - Vice: Otaviano Ferreira de Almeida;

1986/1978 - Paulo Barbosa da Silva - Vice: Otaviano Ferreira de Almeida;

1987/1988 - Paulo Barbosa da Silva - Vice: Otaviano Ferreira de Almeida;

1988/1989 - Flávio Pessoa Wanderley - Vice: Ivan Vasconcelos de Andrade (renunciou em março de 1989);

1989/1990 - Junta Governativa - José Luciano, Mário Barbosa, Otaviano Almeida e Ivan Vasconcelos;

1990/1991 - Junta Governativa - Givaldo Calado de Freitas, Fernando Luna, José Estevão, Carlindo Lopes e Ivan Vasconcelos de Andrade;

1991/1992 - Junta Governativa - José Luciano, Paulo Barbosa e Flávio Wanderley;

1992/1994 - Junta Governativa - José Luciano e Paulo Barbosa;

1994/1995 - Izaías Régis Neto;

1995/1996 - Jairo Braga da Silva;

1996/1997 - Jairo Braga da Silva;

1997/1998 - Jairo Braga da Silva;

1998/1999 - Jairo Braga da Silva;

1999/2000 - Alfredo Farias de Andrade - Vice: Jairo Braga da Silva;

2001/2003 - Zorildo da Silva Régis - Vice: Marcos Oliveira Régis (renunciou);

2003/2003 - Geraldo Ferreira de Lucena - Vice: Álvaro de Souza Fernandes ( foi presidente de Janeiro a Março de 2003);

2003/2003 - Álvaro de Souza Fernandes;

2003/2005 - Junta Governativa - José Luciano de Oliveira, Alfredo Farias, Antônio Alves de Lima e Alberto Wanderley Malta (renunciaram em Dezembro de 2003);

2003/2005 - Helio Ferreira Alexandre - Vice: Manoel Martins Calado (renunciaram);

Abril/2005 - Álvaro de Souza Fernandes (assumiu até agosto de 2005);

2005/2007 - Junta Governativa: Helio Pereira Alexandre, Alexandre Guilherme, Wagner de Souza Coelho, Rui Vieira Lopes e Luiz Gonzaga de Melo Júnior;

2007/2009 - Wagner de Souza Coelho - Vice: Álvaro de Souza Fernandes;

2009/2011 -  Wagner de Souza Coelho - Vice: Álvaro de Souza Fernandes;

2011/2013 - Wagner de Souza Coelho - Vice: Álvaro de Souza Fernandes;

2013/2015 - Edval Veras Campelo - Vice: Luiz Sebastião de Figueiredo Lima;

2015/2017 - Nilo de Almeida Neto - Vice: Walter de Barros Santana;

2017/2019 - Nilo de Almeida Neto - Vice: Walter de Barros Santana;

2019/2021 - Nilo de Almeida Neto - Vice: Walter de Barros Santana.

Observações: Não dispomos dos Presidentes do período entre 1938 e 1952, por motivo dos livros de Atas estarem extraviados. Em alguns casos deixamos de mencionar os vices, pois não constam nas respectivas atas pesquisadas.

ATUAL DIRETORIA | BIÊNIO 2025/2027


No último dia 14 de agosto de 2025, o Conselho Deliberativo da Associação Garanhuense de Atletismo (AGA), reelegeu  Carlos Gustavo Tenório de Arruda para exercer por mais dois anos o mandato de Presidente do Executivo do alvinegro de Garanhuns,  José Lúcio Matias da Silva Cardoso reeleito para Vice e José Paulo da Silva Secretário.

A diretoria reeleita vem mostrando grande dinamismo, capacidade administrativa e  um ótimo relacionamento com todos os sócios do clube. 

Diretoria Executiva

Presidente - Carlos Gustavo Tenório de Arruda

Vice-presidente - José Lúcio Matias da Silva Cardoso

Secretário - José Paulo da Silva

Tesoureiro - Edilton Teixeira Araújo

Presidente do Conselho Deliberativo -  Wagner de Souza Coelho

Vice-presidente - Valber Rafael de Medeiros Santana

AGA CAMPEÃ DA COPA ERALDO GUEIROS - A competição organizada pela Federação Pernambucana de Futebol (FPF), contou com a participação de 35 clubes, divididos em sete grupos de cinco times cada. Teve início no domingo, do dia 27 de maio e terminou no dia 10 de fevereiro de 1974. O regulamento era bem simples. As equipes se enfrentavam na mesma chave, em turno e returno, classificando-se os dois primeiros de cada grupo, para o turno-extra, que apontará o campeão do interior.

Após oito meses, chegaram na grade final, AGA de Garanhuns e Santa Cruz de Carpina. De forma contundente o AGA goleou por 5 a 2, no Estádio do Arruda, no Recife e ficou com o título.  

AGA  5    X  2  SANTA CRUZ DE CARPINA

LOCAL: Estádio do Arruda, no Recife (PE)

DATA: Domingo, dia 10 de Fevereiro de 1974

CARÁTER: Decisão da Copa Governador Eraldo Gueiros de 1973

ÁRBITRO: Roberto e Kaúla (FPF)

AGA: Zezé; Piñaes, Tuta, Bujão e Tomás; Rodrigues e Juarez; Água Branca (Didi), Romildo, João Carinha e Alcindo (Armando).

SANTA CRUZ: Ozéas; Edvaldo, Zeca, Dindo e Edvilson; Fia e Mimi (Malaquias); Arlindo (Expedito), Wilson, Fernando e Djalma.

GOLS: Romildo (duas vezes), Água Branca, João Carinha e Armando para o AGA. Fernando (dois) para o Santa Cruz de Carpina. 

Fonte: https://historiadofutebol.com/blog/?p=75794 - Diário de Pernambuco; Associação Garanhuense de Atletismo - AGA; Memorial Ulisses Viana de Barros Neto e Jornal O Monitor

Fotos: (1) - José Cordeiro, Pedro Maia, Carlindo Barros Lopes, Dr. Elísio Alves Pinto (Dr. Pinto), João Cândido, entre outros. (2) -Equipe da AGA Pentacampeã de Garanhuns em 1974 - Em pé: Laércio Peixoto (treinador); Geraldão, Pinhães, Ivan, Orlando, Zezé e Adeildo. Agachados: João, Nelson, Romildo, Vavá e Dezuito. (3) - (3) - Equipe da AGA de 1972 - Em pé da esquerda para direita: Cassiano, Geraldão, Pinhães, Jonas, Zezé e Pé de Lobo. Agachados: Valdo massagista, João Carinha, Adeildo Torres, Romildo, Tomaz e Jaime. (4) -  Diretoria da AGA biênio 2019/2021: presidente - Nilo Almeida Neto; vice-presidente - Walter Barros Santana e tesoureiro - Edilton Teixeira Araújo. Diretoria do Conselho Deliberativo: presidente - José Paulo da Silva; vice-presidente - Paulo Lages Alencar; 1º Secretário - José Estevão Júnior e 2º Secretário - José Lúcio Cardoso. (5) - Sede da Associação Garanhuense de Atletismo (AGA) na década de 1980. (6) - Sede da Associação Garanhuense de Atletismo (AGA) na década de 1960.

Hino da Associação Garanhuns de Atletismo - AGA


quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Retalhos de Garanhuns - Volume XV

Autor: Anchieta Gueiros & Ulisses Viana

Tipo: Novo

Ano: 2025

Páginas: 40 (Livro com Lombada Canoa e grampo)

Medidas: 15x21

R$ 8,00 + frete

“Retalhos de Garanhuns - Volume XV”, traz biografias de importantes personagens da História de Garanhuns e do Agreste nos séculos XIX e XX, figuras que se destacaram na Política, Cultura, Educação, Religião, Medicina e na vida militar, alguns reconhecidos além das fronteiras pernambucanas. A leitura desta obra nos proporciona conhecer as origens e os feitos de cada biografado. Revela fatos marcantes, curiosidades, imagens, e nos dimensiona para o momento histórico para que o leitor possa compreender os acontecimentos e a importância dos personagens para a História.

Volume XV

Lampião Visita a Fazenda do Deputado Souto Filho

Colégio Santa Sofia do Meu Tempo

Isaura Gonçalves de Medeiros

Dr. Celso Galvão

O Castigo do Padre Adelmar

O Canhoto já foi o Rio do Leite

Um trem na Lembrança

Antônio Silvino e Elpídio Branco em 1930

O Aprendiz de Tipógrafo que Comprou uma Gráfica

Pedro Sapateiro

As Serenatas em Garanhuns no Início do Século XX

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Gonzagão e o permanente flagelo da seca em forma de canção


Manoel Neto Teixeira* | Garanhuns, julho de 2013

- Quero ser lembrado como sanfoneiro que amou e cantou muito o seu povo, o Sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor


A recomendação, textual, é do próprio Gonzagão, o Rei do Baião, ele que tinha ciência e consciência da abrangência da sua obra, seu canto e sua sanfona, a inigualável interpretação da realidade e da cultura popular nordestina: a terra, o homem e o meio ambiente, onde o flagelo da seca foi uma constante e tema inarredável de grande parte da sua obra musical.

A seca foi decantada nos seus principais clássicos, como a Triste Partida (letra de Patativa do Assaré), Asa Branca (letra de Humberto Teixeira), Vozes da Seca (parceria com Zé Dantas), entre dezenas de outras canções.

Mesmo vivendo, desde o inicio de sua carreira, a maior parte do tempo entre o Rio e São Paulo, Gonzagão jamais mudou o seu linguajar de bom sertanejo; isso está retratado no clássico sob o título "No Ceará não Tem Disso não" (parceria com Guido de Moraes):

Nem que eu fique aqui dez anos / Eu não me acostumo não / Tudo aqui é diferente / Dos costumes do Sertão.

Certa feita, entrevistado no programa de Geraldo Freire, Rádio Jornal do Commercio no Recife, comentando o jeito de falar do nordestino, lembrou um fato hilariante ocorrido numa das ruas de São Paulo quando fora abordado por um matuto recém-chegado à capital bandeirante, mas já imitando o paulistano; Gonzagão então lhe pergunta: você é daqui mesmo? O caboclo lhe responde: não senhor, estou aqui faz seis meses". Aí Gonzagão disparou: "Você tá feito papagaio, nem imita direito o paulistano nem fala mais como nordestino; eu estou aqui há 50 anos e nunca mudei meu linguajar".

No seu livro "A Oralidade e a Imagética em Luiz Gonzaga (uma análise de conteúdo da obra musical do Rei do Baião)", o jornalista e professor José Mário Austregésilo faz um paralelo entre Gonzagão e Euclides da Cunha, este, autor do clássico ""Os Sertões"; tanto num quanto noutro, encontramos a visão estereotipada, segundo Austregésilo, pois, para Gonzagão, "todo sertanejo é vaqueiro", enquanto para Euclides da Cunha, "todo sertanejo é antes de tudo um forte".

Argumenta José Mário: "Afirmações do tipo "todo sertanejo é vaqueiro" funcionam indicando este tipo de símbolo como ícone do Nordeste. Ao lado de vaqueiros, figuras como cangaceiros, jagunços, coiteiros, rezadeiras, lavradores, delegados, soldados, rendeiras, padres, parteiras, etc, formando esse universo representativo do homem da terra, como se no Nordeste não houvessem professores, doutores, juízes e outras profissões absolutamente normais de serem exercidas".

O Nordeste brasileiro, visto como representação, é um grande espaço da saudade, e o baião, criado como símbolo da região, surge pelas mãos (sanfona) e o canto de Gonzagão, com conteúdos e narrativas recorrentes sobre a seca e o consequente êxodo rural.

O próprio Gonzagão é um desses retirantes, na medida em que, aos 18 anos de idade, incompletos, ao levar uma surra da mãe, Santana, porque havia desafiado um coronel, ameaçando-o de morte, pelo fato de haver negado a mão da sua filha para "o moleque Luiz Gonzaga se casar", deixa Exu, seu torrão natal, e se manda para o Rio de Janeiro e São Paulo, por onde inicia sua carreira artística. Ele confessa em uma de suas gravações: "Eu queria era ser artista, artista do Nordeste".

Mas o fenômeno da seca, antes de ser apenas um flagelo socioeconômico e permanente desafio até hoje não superado ou resolvido, passa a ser tema e fonte de inspiração para a grandiosa obra musical de Gonzagão, juntamente com seus parceiros, em especial Humberto Teixeira e Zé Dantas.

A seca que aí está é das mais renitentes dos últimos 50 anos, segundo os meteorologistas, com desafios e estragos irreparáveis para os nordestinos. Antes de ser um fenômeno que reaparece de tempos em tempos, é uma característica climática da região, apenas se manifesta mais forte em dados momentos, épocas, portanto uma condição natural, não devendo ser vista como novidade, o inesperado. Falta, isto sim, infraestrutura para convivência com o fenômeno, sem os traumas e prejuízos como a mortandade dos rebanhos e os impactos na flora e nas lavouras.

Esse fenômeno é destaque na obra musical desse nordestino genial, através dos seus principais sucessos; tantos e tantos, como "Légua Tirana", parceria com Zé Dantas; vejamos a letra, como o linguajar próprio e grafia da época:

Ai que estrada tão comprida / Mais que légua tão tirana / Ai se eu tivesse asa / Inda hoje eu via Ana / Quando o sol tostou as fôia / Fui inté o Juazeiro / Pra fazê uma oração / Tô vortando estrupiado / Mais alegre o coração / Padim Ciço ouviu minha prece / Varei mais de vinte serra / De alpercata e pé no chão / Mesmo assim cuma inda falta / Pra chegar no meu Sertão / Trago um terço pra Dasdore / Pra Reimundo um violão / E pra ela e ela / Trago eu e o coração.

A superstição, inerente à crendice popular na cultura nordestina, também se faz presente no repertório da seca, com a toada "Acauã", parceria com Zé Dantas:

Acauã, acauã vive cantando / Durante o tempo de verão / No silêncio das tardes agorando / Chamando a seca pro Sertão / Ai acauã raam, am, am / Teu canto é penoso e faz medo / Te cala acauã / Que é pra chuva voltar cedo / Toda noite no Sertão / Canta o João corta-pau / A coruja mãe da lua / A peitica e o bacurau / Na alegria do inverno / Canta sapo, jia e rã / Mas na tristeza da seca / Só se ouve acauã.

Outra obra prima, sob o título "Vozes da Seca", gravada em 1950, portanto mais de 60 anos já se passaram e a seca continua desafiando; letra que envolve melodia e conteúdo político, inclusive com sugestões capazes de minimizar o fenômeno, como barragens, açudagem, e serviços para o trabalhador, clássico concebido em parceria com Zé Dantas. Vejamos a letra, com a grafia e o linguajar da época:

Seu doutô, os nordestino / Tem muita gratidão / Pelo auxílio dos sulista / Nesta seca do Sertão / Mas doutô, uma esmola / A um home que é são / Ou lhe mata de vergonha / Ou vicia o cidadão / É por isso que pedimo / Proteção a vomicê / Home por nós escoído / Para as rédeas do podê / Doutô dos vinte estado / Tempos oito sem chover / Veja bem, quase a metade / Do Brasil tá sem comê / Dê serviço ao nosso povo / Encha os rios de barragem / Livre assim nós da esmola / Que no fim dessa estiage / Lhe pagamo até os juro / Sem gastar nossa corage / Se o douto fizer assim / Salva o povo do Sertão / Se um dia a chuva vim / Nunca mais nós pensa em seca / Vai dá tudo neste chão / Como vê, nosso destino / Mecê tem na vossa mão.

VACA ESTRELA, BOI FUBÁ


O gado (boi e vaca) figura como elemento concreto e fonte de inspiração para os aboios, evocações sentimentais na obra de Gonzagão, onde o fenômeno da seca constitui princípio, meio e fim de grande parte das suas canções. "Vaca Estrela e Boi Fubá", letra do poeta cearense Patativa do Assaré, musicalidade e interpretação desse ilustre filho de Exu, é outra dessas pérolas que transcrevemos a seguir:

Seu douto, me dê licença / Pra minha história conta / Hoje eu tô na terra estranha / É bem triste o meu pena / Eu já fui muito feliz / Vivendo no meu lugá / Eu tinha cavalo bom / E gostava de campeã / Todo dia eu aboiava / Na porteira do currá / Êe, êe, êe vaca estrela / Ôo, ôo, ôo boi fubá>

Eu sou filho do Nordeste / Não nego meu naturá / Mas uma seca medonha / Me tangeu de lá pra cá / La eu tinha o meu gadinho / Não é bom nem imaginá / Minha vaca estrela / E o meu bonito boi fubá / Quando era de tardizinha / Eu começava a aboiá / Êe, êe, êe vaca estrela / Ôo, ôo, ôo boi fubá.

Aquela seca medonha / Fez tudo se atrapaiá / Não nasceu capim no campo / Para o gado sustenta / O sertão esturrico / Fez os açude secá / Morreu minha vaca estrela / Se acabou meu boi fubá / Perdi tudo quanto tinha / Nunca mais pude aboiá / Êe, êe, êe vaca estrela / Ôo, ôo, ôo boi fubá.

Hoje nas terra do sul / Longe do torrão natá / Qaundo eu vejo em minha frente / Uma boiada passa / As água corre dos oios / Começo logo a chorá / Lembro minha vaca estrela / E o meu lindo boi fubá / Com saudade do Nordeste / Dá vontade de aboiá / Êe, êe, êe vaca estrela / Ôo, ôo, ôo boi fubá.

Com essas e tantas outras canções, Gonzagão eternizou sua obra, voltada, em grande parte, para o tema, certamente o maior flagelo do povo nordestino; igualmente da terra, dos animais, da economia, enfim, esse fenômeno que, segundo os cientistas e ecologistas, é inerente à realidade climática da região. Daí o equívoco dos políticos que, covarde e sorrateiramente, buscam "combater" a seca com medidas paliativas, como o carro-pipa, que, no fundo, só beneficia alguns poucos, acostumados a tirar proveito dessas circunstâncias. O Nordeste precisa de ações estruturadoras, definitivas, a exemplo da revitalização, reflorestamento e consequente transposição do Rio São Francisco, obra iniciada e interrompida tantas vezes, com as construtoras deitando e rolando numa gatunagem sem medidas.

*Jornalista, escritor, professor e cronista.

Retalhos de Garanhuns - Volume XIV

Autor: Anchieta Gueiros & Ulisses Viana

Tipo: Novo

Ano: 2025

Páginas: 39 (Livro com Lombada Canoa e grampo)

Medidas: 15x21

R$ 8,00 + frete

“Retalhos de Garanhuns - Volume XIV”, traz biografias de importantes personagens da História de Garanhuns e do Agreste nos séculos XIX e XX, figuras que se destacaram na Política, Cultura, Educação, Religião, Medicina e na vida militar, alguns reconhecidos além das fronteiras pernambucanas. A leitura desta obra nos proporciona conhecer as origens e os feitos de cada biografado. Revela fatos marcantes, curiosidades, imagens, e nos dimensiona para o momento histórico para que o leitor possa compreender os acontecimentos e a importância dos personagens para a História.

Volume XIV

Memórias de Monsenhor Adelmar da Mota Valença (II)

Senhor Artur

Assombração no Parque Euclides Dourado

A Sopa de Mirabeau

A Sociedade Cultural de Garanhuns

O Pacificador Doca Ivo

Júlio Eutímio Brasileiro

João Paes de Carvalho

A Rotunda

Qualquer Semelhança

Os Craques de Garanhuns

Equipe do Flamengo de Garanhuns

Nos Campus dos Garanhu, o Nascer de uma Cidade

Luiz Siqueira

O Sobrado de Francino Ferreira Caldas

sábado, 23 de agosto de 2025

Como preparar o amanhã

Jesus de Oliveira Campelo*

Durante nossa existência, encontramos pelos caminhos percorridos pessoas jovens, desiludidas com as profissões que abraçaram, demonstrando falta de ânimo para enfrentar os duros embates do cotidiano e sem alimentar esperança de conseguirem o sucesso que tanto almejam.

Muitos, realmente, tombam e nunca mais se erguem; Outros que transformaram a derrota em motivação para empreenderem um esforço, conseguem sucesso em suas profissões e em suas vidas.

São os destemidos que aprenderam a nunca aceitar e a não se conformarem com os retrocessos. Estes acreditam que o ponto de partida de todo sucesso é o desejo ardente e a força de vontade que, quando devidamente acionados, formam uma dupla invencível, e se constituem num eficiente antídoto às pessoas que estão sempre prontas a desperdiçarem os objetivos que se apresentam e desistem de tudo ao primeiro sinal de insucesso.

A falta de persistência se constitui numa das principais causas do fracasso da vida. Muitas vezes será necessário vencer-se a inércia mental em que se encontra e reagir até que se obtenha o controle completo do desejo da vitória.

Para concretizar este objetivo, todavia, é necessário adotar-se alguns procedimentos e tomar algumas precauções que são consideradas importantes para se alcançar à meta desejada.

Os caminhos da persistência são conseguidos de forma simples, sem a utilização de grande volume de inteligência ou de educação especial, mas, utilizando-se apenas, um pouco de tempo, esforço e dedicação. Em seguida, livrar-se das influências negativas e frustradoras. E, finalmente, juntar-se a pessoas que estimulam e levem adiante seus planos e objetivos. É magnífica a recompensa dos que adotam estes procedimentos!

Outro conteúdo que deve ser eliminado é o estado mental baseado no medo e na insegurança que ataca as pessoas de maneira traiçoeira e sutil, e que aos poucos, corrói o raciocínio, a autoconfiança e a iniciativa. Com o passar do tempo, esse procedimento se transforma num fator de indecisão no desempenho das atividades do dia-a-dia.

A fim de proteger-se de influências negativas, sejam elas de sua própria criação ou resultante de atividade de pessoas negativas, é necessário reconhecer-se que dentro de cada um existe uma força de vontade que deverá ser usada constantemente, até que seja construído na mente, um muro imaginário de imunidade contra essas influências indesejáveis.

A fraqueza é ainda mais nociva, porque a maioria das pessoas não reconhece que sofrem por sua causa, e os que a admitem, dão os ombros ou se recusam a combater o mal, e, assim, ela se transforma numa parte incontrolável de seus hábitos diários.

Não se deve esquecer, entretanto, que o ser humano exerce controle total e absoluto de seu pensamento, o que se constitui num fato de grande relevância, pois, ele é de origem divina, e esta prerrogativa é o único meio através do qual pode-se controlar seu próprio destino.

A mente é um propriedade espiritual, e o seu progresso depende unicamente de nossas ações. Realizar os sonhos pretendidos, ser bem sucedido, são conquistas que depende exclusivamente de cada um, e que só serão conseguidas de houver disposição, coragem, determinação, e acima de tudo, persistência.

*Jornalista e cronista.

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Prefácio do Livro 'A Vida Através da Poesia'

Livro "A Vida Através da Poesia" de Alberto da Silva Rêgo

Alberto da Silva Rêgo, funcionário público federal exemplar. Filho de tradicional família de Garanhuns orgulha-se de ter em suas veias sangue de  índia Kariri. Pontificou nas letras com a publicação de "Os Aldeões de Garanhuns", por muitos considerado como a bíblia identificadora das tradicionais famílias daquela Polis. Mas, Alberto Rego, podendo usufruir uma aposentadoria bucólica, face as suas raízes de homem campesino, não busca com sua  mente juvenil e inquieta, no mais recôndito de sua alma as belas figuras que  emolduram os seus poemas, que se materializaram neste livro. Não lê-lo é  deixar de admirar o belo. Não debruçar-se sobre estas páginas, é pausar pela vida sem ter vivido. Alberto Rêgo continue vivendo a sua vida e alegrando a nossa com suas belas poesia.

Dr. Hermenegildo Alves de Almeida / Fortaleza, CE - 2001.

Retalhos de Garanhuns - Volume XIII

Autor: Anchieta Gueiros & Ulisses Viana

Tipo: Novo

Ano: 2025

Páginas: 37 (Livro com Lombada Canoa e grampo)

Medidas: 15x21

R$ 8,00 + frete

“Retalhos de Garanhuns - Volume XIII”, traz biografias de importantes personagens da História de Garanhuns e do Agreste nos séculos XIX e XX, figuras que se destacaram na Política, Cultura, Educação, Religião, Medicina e na vida militar, alguns reconhecidos além das fronteiras pernambucanas. A leitura desta obra nos proporciona conhecer as origens e os feitos de cada biografado. Revela fatos marcantes, curiosidades, imagens, e nos dimensiona para o momento histórico para que o leitor possa compreender os acontecimentos e a importância dos personagens para a História.

Volume XIII

A Bela Praça Jardim

Francisco Veloso da Silveira

A Prisão do Cangaceiro João Coxó

Maestro Fernand Jouteux

Zé Pitanga - Tipo Popular

O Rastejador Tenente Raimundo

Rossini Moura e os Amigos do Jornal O Monitor

Sede do Sport Club

Cônego Benigno Lira

A Garanhuns do Meus Avós

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

José Hildeberto e "As Travessuras de Coco Chinês"


João Batista Leal | Garanhuns, 27/10/1990

Logo mais à noite o professor  José Hildeberto Martins estará lançando o seu primeiro livro intitulado "As Travessuras de Coco Chinês". O livro foi editado pela VOZES, uma das mais conceituadas editoras do Brasil, que adquiriu do autor os direitos de publicação, o que por si só já diz do grande  valor literário da obra. Trata-se de um romance infanto-juvenil destinado às crianças e aos jovens de todas as idades. É a história de um garoto inteligente e travesso, igual a milhares de meninas e meninos que há por aí. Ele tem seus sonhos, seus gestos, suas irreverências... Entretanto, vive carente de mais atenção e amor devido às incompreensões que sofre. A trama se desenvolve num clima ora jocoso, ora trágico. Situa-se no lar do garoto e, principalmente, na escola. E é um convite a se pensar sobre como as crianças devem ser melhor tratadas, dentro de um clima de maior respeito, sinceridade e compreensão, isto o que está contido na capa do livro. O obra já foi lançada pela VOZES em Petrópolis, matriz da editora, no dia 28 de junho deste ano e os exemplares se encontram à venda nas grandes livrarias do país. Além desse livro José Hildeberto Martins, que é professor e ex-diretor de "O Monitor", tem já prontos para publicação mais dois outros livros, sendo um baseado na mesma temática de "As Travessuras de Coco Chinês" e o outro uma obra poética, gênero literário que o autor também abraça, com poemas de alto padrão.

Falar sobre José Hildeberto Martins é como que voltarmos aos idos de 1966, quando aqui chegamos para fixar residência. Conhecemos o autor naquela época e como colegas da turma do curso de Letras da FESP sempre divagávamos sobre o futuro literário de nossa geração. Ao longo desses vinte e cinco anos, acompanhamos toda sua trajetória literária e, quando o autor nos dizia que tinha um livro para publicação, nos alegramos e não nos surpreendeu, pois sabíamos de seu grande potencial como escritor nato, sempre ligado às letras e à educação, o que hoje afirma pela profissão que abraçou como um sacerdócio, educando crianças e jovens para a vida. José Hildeberto está de parabéns pelo livro que é um marco em sua carreira de escritor. Vale ressaltar que o trabalho já está fazendo parte do último catálogo de livros editados pela VOZES, recentemente distribuído pelas livrarias do país. De parabéns também está o mundo literário e cultural de Garanhuns, quando no Ano Internacional da Alfabetização vem à lume uma obra com um assunto que está mobilizando o Brasil que é a criança, mormente no que se refere aos seus direitos. O autor numa linguagem fluente consegue levar sua mensagem ao público, convidando o adulto a repensar melhor sobre a problemática da criança em nossos dias, com referência à educação no lar e na escola.

Retalhos de Garanhuns - Volume XII

Autor: Anchieta Gueiros & Ulisses Viana

Tipo: Novo

Ano: 2025

Páginas: 37 (Livro com Lombada Canoa e grampo)

Medidas: 15x21

R$ 8,00 + frete

“Retalhos de Garanhuns - Volume XII”, traz biografias de importantes personagens da História de Garanhuns e do Agreste nos séculos XIX e XX, figuras que se destacaram na Política, Cultura, Educação, Religião, Medicina e na vida militar, alguns reconhecidos além das fronteiras pernambucanas. A leitura desta obra nos proporciona conhecer as origens e os feitos de cada biografado. Revela fatos marcantes, curiosidades, imagens, e nos dimensiona para o momento histórico para que o leitor possa compreender os acontecimentos e a importância dos personagens para a História.

Volume XII

Cândido Trinta Contos

Monsenhor Afonso Pequeno

João Batista de Melo Peixoto

Ator Cláudio Correia e Castro em Garanhuns

O Sacristão Serapião no Pau Pombo e Vila Regina

Vizinhos de Alfredo Vieira na Rua Santo Antônio

Natureza em Garanhuns

Francisco Ferreira Leal

A Queda do Meteorito em 1923

Lourival Dias

A Crônica de um Relógio que é a Cara de Garanhuns

A Catedral de Santo Antônio

Melhoramentos no Abastecimento de Água em 1934

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Cidade de Iati em 1974

Vista aérea da cidade de Iati, Pernambuco em 1974

Encontro de Mochileiros no Sítio Riacho Fundo

17 de Agosto de 2025 - Encontro de Mochileiros no Sítio Riacho Fundo, Iati - Pernambuco. Da direita para à esquerda: Alecxandra, Quitéria (Fia), Anchieta, Luzia Gueiros, Lívia Souto, Aioto e Maria Calado.

domingo, 17 de agosto de 2025

Retalhos de Garanhuns - Volume XI

Autor: Anchieta Gueiros & Ulisses Viana

Tipo: Novo

Ano: 2025

Páginas: 40 (Livro com Lombada Canoa e grampo)

Medidas: 15x21

R$ 8,00 + frete

“Retalhos de Garanhuns - Volume XI”, traz biografias de importantes personagens da História de Garanhuns e do Agreste nos séculos XIX e XX, figuras que se destacaram na Política, Cultura, Educação, Religião, Medicina e na vida militar, alguns reconhecidos além das fronteiras pernambucanas. A leitura desta obra nos proporciona conhecer as origens e os feitos de cada biografado. Revela fatos marcantes, curiosidades, imagens, e nos dimensiona para o momento histórico para que o leitor possa compreender os acontecimentos e a importância dos personagens para a História.

Volume XI

Histórias do Tempo Antigo

A Morte do Cangaceiro Cabo Preto em Brejão

A Instrução em Garanhuns

Dr. Augusto de Oliveira Galvão

João Ferreira da Costa

Pianista Ariosto

Dr. George William Butler

Belarmino da Costa Dourado

Alfredo José de Azevedo

Hotel Familiar e Influência Italiana em Garanhuns

O Acolhedor Hotel Mota

A Lenda da Mulher da Madrugada

Tiro de Guerra Dantas Barreto

Coronel Argemiro Tavares de Miranda

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Garanhuns Berço e Casulo da Família Mochileira - Volume I

Autor: Anchieta Gueiros & Ulisses Viana

Tipo: Novo

Ano: 2025

Páginas: 40 (Livro com Lombada Canoa e grampo)

Medidas: 15x21

R$ 8,00 + frete

 “Garanhuns Berço e Casulo da Família Mochileira - Volume I”, traz biografias de importantes personagens da Família Mochileira nos séculos XIX, XX e XXI, figuras que se destacaram na Política, Cultura, Educação, Religião, Medicina e na vida militar, alguns reconhecidos além das fronteiras pernambucanas. A leitura desta obra nos proporciona conhecer as origens e os feitos de cada biografado. Revela fatos marcantes, curiosidades, imagens, e nos dimensiona para o momento histórico para que o leitor possa compreender os acontecimentos e a importância dos personagens para a História.

Volume I

A Família Mochileira - Osvaldo Gonçalves de Medeiros

Garanhuns - José Inácio Rodrigues

A Mochila

Manoel Ferreira de Azevedo e Simôa Gomes

Micael de Amorim Souto e Maria Paes Cabral

Antônio Vaz da Costa e Luiza Dantas Soares

Os Vales Férteis da Vila de Brejão de Santa Cruz

Os Cafés Finos de Brejão

Organização Política de Brejão

Um livro de intensas emoções

O Diocesano de Garanhuns e Monsenhor Adelmar de Corpo e Alma

João Marques* | Garanhuns, 09/06/1995

O Diocesano de Garanhuns e Monsenhor Adelmar (de corpo e alma) é um livro, sobretudo, de saudades...

 Antigos alunos que o veem ficam cheios de recordações e tenho ouvido de muitos as manifestações de aplauso ao livro de Manoel Neto Teixeira. Não param os elogios, os artigos e as cartas dando testemunho fiel ao que se afirma no hino do Colégio: "Ginásio amigo, querido lar, / Tudo faremos por te exaltar".

O autor, gremista e participante da vida de Garanhuns, embora em Recife, manda-me sempre, quando não vem, este material extenso, que se publicado todo, seria mais outro livro grosso. Do escritor e acadêmico Severino Florêncio Teixeira, por último, me mandou outra carta, comprida e, do começo ao fim, feita com muita emoção... Uma linguagem comum a todos nós que estudamos no "Gynásio". Mesmo que não nos conheçamos, tenhamos estudado em diferentes épocas, todos temos um passado igual, uma linguagem só e definida para falar do Diocesano. O livro, de um grande valor histórico, e, para os antigos alunos, a própria casa, o quintal dos folguedos e o sonho que nunca mais  acabou.

Sem mais comentários (por hoje), transcrevo trechos da carta/artigo de Severino Florêncio Teixeira, que finaliza a "missiva" dizendo: "PS. Graças aos meus cinco anos passados no Ginásio de Garanhuns, consegui ser na vida:

Radiator - jornalista - professor universitário - membro da Academia Maceioense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. Atualmente, sou "Senhor de Engenho de Rapadura" e estou vereador pela minha terra natal: Chã Preta - Alagoas".

"Caríssimo ex-aluno do Diocesano, li o seu maravilhoso e importante livro de uma  assentada. Mas o li com sofreguidão, como se não houvesse mais tempo para nada. Como se fosse morrer sem ter a feliz oportunidade de saborear tantas emoções e tantas alegrias. Uma alegria misturada com forte dose de saudade."

"Também tive a glória que jamais esquecerei de ser um ex-aluno interno do Ginásio Municipal Diocesano de Garanhuns. Eu e mais dois irmãos: Clóvis e Mauro Teixeira."

"Mas o de que eu quero falar neste instante de intensa emoção após a leitura do seu precioso livro tão importante para um ex-aluno do Diocesano de Garanhuns, quando a Bíblia para o cristão, guardada as proporções...

Aquela entrada do majestoso templo... com o São José Pintado na parede que separa as duas escadarias... o quarto do Diretor à esquerda de quem sobe para o então dormitório lá em cima, com aquela infinidade de Cama Patente, todas arrumadinhas, caprichosamente arrumadinhas... o corredor no primeiro pavimento dando entrada para não sei quantas salas de aula... aquele corredor comprido que não acaba mais, no qual, sem que  o Diretor soubesse, fizemos um "quadrado" e não sei como, caí desastradamente e tive o  braço direito pisado e quebrado por um dos colegas por  nome de Quincão. Doeu muito, ainda me lembro, mas não fiquei com qualquer mágoa do colega, pois entendi, na ocasião, que tudo foi fruto de uma brincadeira. Foi como se estivesse jogando futebol lá em cima, no campo grande  do Ginásio, para onde íamos nas tardes de sábado, feriados e dias santos para passar manhãs e tardes inteiras... e quando pelas cinco da manhã a sineta tocava e nós descíamos com bacia de ágate, toalha de rosto e escova de dentes para asseio obrigatório de todos os dias... e as idas até a Vila Maria nos sábados pela manhã para tomar um banho completo e necessário... são tantas as recordações.

Um dia Dona Almira falou com a turma da quinta série para anunciar que o colégio ia  fazer uma espécie de gincana para angariar fundos para a construção da igreja de Santa Terezinha, sob a responsabilidade do padre Tarcísio Falcão, nosso professor. A incumbência da turma seria representar uma peça intitulada Garcia Moreno. A turma se constituía de 19 alunos. Os papéis foram distribuídos por Dona Almira, a diretora teatral, e coube a mim um papel de Ministro. Todas as turmas do ginásio tomaram parte. Todas brilharam. Mas, a que mais rendeu financeiramente foi a nossa turma. Uma grande festa no final do espetáculo que superlotou a plateia com espectadores da alta sociedade garanhuense.

Nosso paraninfo foi o queridíssimo professor Dr. Mário Matos, que fez um brilhante discurso que chegou a emocionar todos nós.

Ainda hoje tenho na lembrança a caminhada entre as camas do dormitório daquela sotaina preta que passava silenciosa e farfalhante, para verificar quais os internos fujões daquela noite. Era a figura leve do Diretor Padre Adelmar Valença, como ainda hoje chamamos, embora que hoje merecidamente Monsenhor.

E os ensaios para aprender o hino do ginásio letra e música do Padre Pedro Magno de Godoi, aquele correntino ilustre? Aprendemos e amamos tanto o hino do Padre Godoi que ainda sabemos cantá-lo, alguma parte.

Alto padrão de civismo e de glória

Templo sagrado de luz e saber...

Pois bem, nobre ex-aluno do Ginásio de Garanhuns, você, a quem não tenho ainda a ventura de conhecer, me fez, pela emoção que me trouxe a leitura do seu importante livro, me trouxe, mais uma vez, as doces e eternas lembranças dos meu cinco anos de  internato. E tanta coisa mais teria de dizer, de recordar, de reviver". 

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Retalhos de Garanhuns - Volume X

Autor: Anchieta Gueiros & Ulisses Viana

Tipo: Novo

Ano: 2025

Páginas: 39 (Livro com Lombada Canoa e grampo)

Medidas: 15x21

R$ 8,00 + frete

Volume X

O Carnaval em Garanhuns no Início do Século XX

Jerônimo Gueiros

18 de Agosto na História de Garanhuns

Um Certo Capitão Pedro Rodrigues

Antônio Isaac de Macedo

Garanhuns Entre as Décadas de 1940 e 1960

Antônio Hilário Sobral

Apolônio

Madre Bernadete Berardo Loyo

Assisão faz show inesquecível em Iati

Lívia Souto, Assisão,  Anchieta Gueiros e as vocais da banda

Aos 84 anos o "Rei do Forró" este ano completa 62 anos de carreira com 826 músicas gravadas por diversos artistas. Assisão é Patrimônio Vivo de Pernambuco

Neste domingo (10), a cidade de Iati, em Pernambuco, testemunhou a 9ª edição da Festa da Agricultura. O evento contou com uma apresentação inesquecível do cantor de forró Assisão, que contagiou a todos com seu genuíno estilo musical nordestino.

História de Vida

Nascido da Fazenda São Miguel, Francisco Assis Nogueira, popularmente chamado de Assisão, ganhou reconhecimento mundial com suas canções e se transformou em um símbolo da música regional.

Com 84 anos, o músico tem um vasto histórico. Além de ser um notável compositor e intérprete, ele se destaca como um pioneiro. Assisão foi um dos primeiros artistas do forró a inserir, desde o começo dos anos 80, os sons da guitarra, baixo, teclado e bateria em suas composições, e mesmo com essa abordagem inovadora, manteve a essência do verdadeiro forró.

O artista integra uma geração de forrozeiros, junto a nomes como Jorge de Altinho, Alcimar Monteiro, Flávio José e Novinho da Paraíba, que são considerados defensores do autêntico forró, aquele inspirado por Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Trio Nordestino e Dominguinhos. Apesar da forte concorrência com grupos que distorcem o estilo, Assisão continua a ser uma das principais atrações nas grandes e renomadas festas juninas do Brasil, como em Caruaru e Campina Grande. Além disso, o cantor se destacou por suas diversas aparições em programas de televisão, como o Clube do Bolinha, na TV Bandeirantes nos anos 80, e em várias outras emissoras ao longo dos anos 90 e no início do século XXI.

Assisão já lançou 46 discos e é autor de mais de 800 composições, suas músicas também fazem sucesso na voz de outros cantores como Elba Ramalho e o Trio Nordestino. Entre os seus grandes sucesso se destacam: “Alegria e Sorriso”, “Peixe Piaba” “Eu Tenho Uma Novinha Pra Você”, “Já Saiu Rock, Tango, Rock” e “Agora é Forró Que Vamos Ter”, “Pau Nas Coisas”, “Pequenininha” que já possui mais de 240 regravações, e “Esquenta Moreninha” (Esquenta moreninha/ tem uma fogueirinha no meu coração…/ Eu vou cair na brincadeira nesse São João/ levar meu bem junto à fogueira nesse São João / não quero saber de tristeza nesse São João/ quero alegria e muita festa nesse São João…) que é considerada por muitos como um dos Hinos do São João.



Terezinha, Maria Andreia, Anchieta Gueiros e Lívia Souto


Lívia Souto e Anchieta Gueiros


Terezinha, Maria Andreia, Anchieta Gueiros e Lívia Souto


Assisão e Anchieta Gueiros


Edson, Anchieta Gueiros, Marcelia, Maria Calado, Lívia Souto, Maria Andreia e Ana Luisa

Associação Garanhuense de Atletismo comemora 95 anos de história

ASSOCIAÇÃO GARANHUENSE DE ATLETISMO (AGA)   - Fundada graças a iniciativa de sete rapazes, com sede inicialmente na Rua Dr. José Mariano, ch...