sábado, 11 de outubro de 2025

Colégio Diocesano de Garanhuns comemora 110 anos de Ciência e Fé

Colégio Diocesano de Garanhuns

Antes de nascer, o Ginásio de Garanhuns já existia nos planos do Mons. Afonso Pequeno, primo do Mons. Antero e vigário da Paróquia de Garanhuns desde de 1908. Conseguiu ele a fundação, em 1912, do colégio das meninas (Santa Sofia) e, ao entregar a paróquia ao Cônego Benígno Lira, exigiu dele o compromisso de fundar o colégio dos meninos.

Por esse tempo, os meninos estudavam, uns na escola paroquial, outros no próprio Santa Sofia, outros nas escolas públicas. Estava em Garanhuns, desde março de 1912, como capelão do Santa Sofia e coadjutor da paróquia, o Padre José Ferreira Antero.

Ao assumir a paróquia, o Cônego Benígno Lira em janeiro de 1915, dois padres recém-ordenados - João Olímpio dos Santos e Eustáquio de Queiroz - lhe foram dados como coadjutores, para que o Padre José Ferreira Antero pudesse ficar livre do trabalho paroquial e, assim ser fundado o colégio dos meninos.

Habitavam os quatro padres a mesma casa paroquial e, nela, a 19 de março de 1915, foi fundado o Gymnásio de Garanhuns, pelo Cônego Benígno Lira, ficando o Padre José Ferreira Antero como diretor e tudo o mais, pois o vigário e os dois coadjutores mal tinham tempo de vencer os pesados trabalhos na paróquia.

Sendo o dia 19 de março um sábado, as aulas começariam a funcionar na segunda-feira 21 de março. Começou a funcionar no Chalet, primeiro prédio do lado de cima da rua Santo Antonio, lado direito da Catedral. Eram utilizadas também, as duas primeiras casas da rua D. Luís de Brito, nos fundos do Hotel Familiar. Um dos mais belos prédios de Garanhuns, naquele tempo.

Começaram as aulas com 15 alunos externos, número que, aos poucos, foi sendo aumentado. A disciplina impecável, a eficiência do ensino, os festivais realizados, eram coisas nunca vistas em Garanhuns. Tão eficazmente o Ginásio foi dirigido pelo Padre José Ferreira Antero que, em pouco tempo, começou a gozar de ótimo conceito em todo o Estado de Pernambuco e no Estado de Alagoas, de onde vinham diversos internos.

O fardamento usado era: farda branca com botões dourados, dragonas vermelhas e Kepi branco com uma fita verde-amarela, na qual se liam as palavras Gymnásio de Garanhuns. Tal fardamento ainda era usado a 12 de outubro de 1925; em 1927 o branco foi substituído por caqui.

Dom Moura compra o prédio da sede atual do Colégio Diocesano  por 35 contos de réis

A educação e formação cristã da juventude foi tônica especial do grande Bispo. Ao chegar em Garanhuns encontrou o Gymnásio com 16 alunos internos e 40 externos sob a esclarecida direção do Padre Antero, funcionando em casa alugada onde funciona atualmente o Banco Bradesco, na Avenida Santo Antônio. Adquiriu por compra ao Dr. Lalor Motta um prédio, no alto da Estação Ferroviária - no valor de 35 contos de réis, adaptando-o às exigências pedagógicas e instalando nele o seu "GYMNÁSIO DE GARANHUNS".

Em 1925 no dia 12 de outubro teve a alegria de  inaugurar o majestoso prédio - "o Gigante da Praça da Bandeira" abrigando milhares de jovens estudantes. Para aproximar os homens da religião, Dom Moura fundou a  União Social Católica, tendo alugado uma casa ampla, mobiliou-a, instalou pequena biblioteca, reunindo cerca de 40 homens de nossa melhor sociedade, fazendo-lhes aulas de religião que ele denominava de conferências.

Havia boa música ao piano pelas mãos magistrais de D. Petra Pequeno. Assim Dom Moura soube lançar as redes... e os peixes grandes vieram.

Não descurou a formação do seu clero. No dia 16 de Julho de 1927 ele celebrou a Santa Missa na Capela do Ginásio. Abençoou as batinas e sob a égide sagrada de São José iniciava o seminário Menor, com poucos alunos, mas escolhidos, colocando-os os cuidados do Reitor Padre Pedro Magno de Godoy coadjuvado pelo Clérico José da Costa Porto.

A bandeira é o símbolo maior do Colégio. Idealizada, em 1936, pelo então Vice-Diretor. Mons. Tarcísio Falcão, fora confeccionada inicialmente assim: campo roxo e amarelo, com faixa branca em diagonal, no centro da qual se encontrava uma cruz de malta, em vermelho e azul. Na esfera azul estavam cinco estrelas representando o Cruzeiro do Sul, como é visto no céu brasileiro. Na faixa branca, lia-se "Ordem e Progresso". Assim permaneceu até 1938.

Ao assumir a direção do Colégio, naquele ano, Mons. Adelmar promove as seguintes alterações na bandeira: substituiu o roxo pelo verde e as palavras "Ordem e Progresso" por "Ciência e Fé", que passam a ser o lema da instituição até hoje. Amarelo e branco: as cores da Igreja a que pertence o Diocesano; verde e amarelo, cores da Bandeira Nacional; faixa branca com a frase "Ciência e Fé", por ser o lema do Colégio; esfera azul, com o Cruzeiro do Sul, simbolizando o céu do Brasil, outubro de 1938.

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Um mundo de paz

José Francisco de Souza

Dr. José Francisco de Souza* | Garanhuns, 27/07/1986

Na presença da realidade devemos enfrentá-la fitando com serenidade a luz  de seus olhos. Não devemos ser esquivos falando apenas de suspeitas. Elas ocasionam pressões muitos fortes, a ponto de nos deixar tomado, até mesmo imersos, dédalo de dúvidas torturantes. Não há nada mais dubitativo do que vivermos na  voragem de marginalização de tudo o que é certo. Isso deve ser apreciado com certa profundidade por quem não sente a consciência onerada.

A crise da família, que é apenas uma parte da crise geral do mundo contemporâneo, encontra explicação satisfatória à luz do princípio da reencarnação. Das lei do Carma, consequências de vida anterior, ou reações de atos praticados em outras oportunidades de vida, nesta ou em outra dimensão. Com o auxílio e determinação do código genético o mundo científico presta indeclinável colaboração. Ninguém pode prescindir das investigações da ciência, cujas pesquisas têm constatado meios idôneos e reais.

Tudo se encadeia na Natureza, desde do átomo até o arcanjo, que também já foi átomo. Estudando a evolução em todos os campos da vida, Léon Denis, autor do "Problema do Destino e da Dor", ensinou no alto de sua cátedra: "A  alma dorme na pedra, sonha na vegetal, agita-se no animal e acorda no homem. Ligando assim o destino humano ao destino das coisas. Dessa ligação surgem as comparações e os estímulos. Civilizar é, sobretudo, humanizar.

O homem não passa subitamente da infância à maturidade. O intelectualismo vaidoso é uma espécie de resíduo que dificulta o movimento da válvula natural da intuição espiritual e apressa o momento fatal. Nossos instintos animais, nossas ambições desmedidas, nosso orgulho ferido, nossas pretensões de supremacia aceleram dia a dia o ritmo da pressão interna.

O mundo interior de cada um de nós, é cheio de cogitações, onde o silêncio profundo desperta certa tranquilidade pontilhada de algo que nos sublima. É o Reino de Luz que habita, cuja presença dissipa todas as trevas em que o ser humano no encontro o domínio da paz que o mundo precisa.

Se queremos a paz, teremos de nos preparar para a paz. Só os pacíficos espalham as virtudes que transformam em  tranquilidade as tempestades das almas conturbadas pela guerra.

Assim o nosso pensamento encontra receptividade no universo moral e intelectual, do maior Instrutor do mundo, já desencarnado. Dessa maneira o Krishna Murtiano falar sabiamente nos ilumina como se deve conquistar a Paz.

Para implantar a paz no mundo, para pôr fim a todas as guerras, faz-se mister uma revolução no indivíduo, em vós e em mim. Sem esta revolução interior, a revolução econômica não terá significação, porque a fome é resultado do desajustamento das condições econômicas produzido pelos nossos estados psicológicos. A avidez, a inveja, a malevolência, a ânsia de posse. Para pôr fim ao sofrimento, à fome, à guerra, faz-se necessária uma revolução psicológica, e poucos de  nós têm disposição para tal. Estamos dispostos a conversas sobre a paz, planejar legislações, criar novas organizações, mas não estamos dispostos a ganhar a paz, porque não queremos renunciar à posição, à autoridade, ao dinheiro, às propriedade, as nossas vidas estúpidas.

Contar com os outros é inteiramente fútil; eles não podem trazer-nos a paz. Nenhum chefe irá dar-nos a paz, nenhum governo, nenhum país. O que trará a paz é a transformação interior. A transformação interior não significa isolamento ou retraimento da ação exterior. Pelo contrário, só pode haver ação correta quando há pensar correto, quando há autoconhecimento. Se não conheceis a vós mesmos, não há paz.

Para por fim à guerra exterior, temos que por fim à guerra que está em  nós mesmos. Alguns ficarão de acordo, depois sairão, para fazer exatamente a mesma coisa que vinham fazendo há muitos anos. Só haverá paz quando formos pacíficos, quando vivermos em Paz conosco e com o próximo. "A paz seja convosco". É a saudação do grande mestre Jesus o Cristo.

*Advogado, jornalista, cronista e historiador. 

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Jovens do Sertão e Agreste vão representar Pernambuco na etapa nacional do programa Jovens Líderes do Agro

Matheus Andrade, de Arcoverde, e Ariane Lima, de Sanharó, levam projetos inovadores sobre uso sustentável da água e educação no campo

Dois talentos do agro pernambucano vão representar o Estado na etapa nacional do CNA Jovem – Jovens Líderes do Agro, 6ª edição, programa de desenvolvimento de lideranças promovido pelo Sistema CNA/Senar. Após se destacarem na etapa estadual do programa, do CNA Jovem Pernambuco, promovido pelo Senar-PE, os participantes Matheus Andrade, de Arcoverde, e Ariane Lima, de Sanharó, foram selecionados para integrar o grupo que disputará a fase nacional do programa.

Formado em Zootecnia pela UFRPE-UAST, mestre e doutorando em Zootecnia pela UFRPE, Matheus Andrade representa a força da juventude acadêmica voltada para o desenvolvimento sustentável do agro. Seu desafio foi propor soluções para integrar o uso sustentável da água no Sertão pernambucano. A iniciativa apresentada, chamada Rede FluiSertão, busca articular uma rede colaborativa que conecta água, produção e mercado, fortalecendo a ovinocaprinocultura e contribuindo para a geração de renda e segurança hídrica na região.

Por sua vez, a jovem Ariane Lima, extensionista rural, técnica em Agropecuária e egressa do IFPE – Campus Belo Jardim, trouxe para o programa uma proposta voltada ao engajamento da juventude. Seu desafio buscou mobilizar jovens em espaços de construção coletiva para transformar a realidade hídrica do semiárido.

A iniciativa, chamada Caminhos de Aprender – Programa Itinerante de Educação do Campo, pretende levar conhecimento, diálogo e protagonismo juvenil às comunidades, promovendo novas formas de convivência com a seca e despertando lideranças para o futuro.

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

A primavera e o meu bosque

Izaías Régis, Marcílio Reinaux e Ivo Amaral
Da direita para a esquerda: Izaías Régis, Marcílio Reinaux e Ivo Amaral. Prefeitura de Garanhuns em 2014

Marcílio Reinaux* | Recife, 10/12/2010

Há poucos dias neste mês de setembro visitou-me o amigo Ivo Amaral. Demos uma caminhada pelo meu bosque e Ivo a meu convite plantou uma árvore. Inspirado, naquele dia, próximo ao começo da primavera, escrevi esta crônica dos "Retalhos do Cotidiano". É dedicada ao amigo Ivo Amaral em agradecimento à visita

Assentado na relva, debruçado em um tronco adormecido, contemplo um espetáculo maravilhoso da natureza. Chegou nestes dias de setembro, a primavera. Sem que nenhum de nós percebesse, ela chegou de mansinho, porém firme, forte e luzidia, mesmo que muitos nem dela se lembrem, nem mesmo possuam jardim para recebê-la. Eu a recebi.

O sol agora dardeja luzes, já marcando sombras diferentes entre as árvores do meu bosque. Ao que parece os habitantes da mata já sentem as diferenças de ontem para hoje. Essas criaturas maravilhosas tão naturais que circulam no ar e pelo chão e relva ao nosso redor continuarão as suas trajetórias, agora mais felizes. E com certeza sentindo que as mudanças da mãe natureza, começam a preparar uma nova vida primaveril.

Parece que ouvimos finos clarins, ou novos cantos de pássaros que antes não voavam por aqui. Parece também que eles se associam a outro mundo confidencial, aquele das raízes, que se movem e se elastecem nas entranhas da terra, rangido tentáculos, ampliando e conquistando seus espaços. Afinal as chuvas invernais que agora cedem lugar à luz da primavera, deixaram há pouco uma herança muito rica do viço do húmus e o alento das plantinhas e das grandes e também frondosas árvores do bosque. As folhagem ainda balouçante com as últimas gotas orvalhadas.

Cecília Meireles nos conta que na primavera, "arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores, em bosques de rododentros que eram verdes e ficarão alguns cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur."

Nesta primavera iniciante, já ouvimos vozes novas de passarinhos, ao que parece ainda surpresos com as mudanças do ciclo do tempo, começam a ensaiar as árias tradicionais das suas próprias canções. Ah! Também vemos com mais intensidade, que pequenas borboletas brancas e amarelas - saídas dos casulos, parece que se apressam pelos ares, conquistando seus espaços na infinitude de um novo mundo. E, também nos deixa a imaginar, que elas conversam, mas tão baixinho que não ouvimos nem entendemos.

O inverno que se foi ou se vai, deixa também traços da vida nas águas da renovação de mundos incomensuráveis. Por entre  eles as plantinhas alegres, inauguram suas flores e as árvores anunciam seus frutos. As folhas, flores e frutos e todos os seres viventes, procuram os céus da primavera e comemoram o primeiro raio de sol.

O bosque com as suas árvores cobertas de folhas e flores nos lembram que só os poetas, percebem rápido que ela, a Primavera tal qual uma deusa, chega coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar com a natureza neste renovado mundo de luz. A terra também de sua parte - com a chegada da Primavera - maternalmente se enfeita para as festas da sua perenidade na dança das flores, folhas e frutos e entoa uma nova canção.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas veredas e toscas estradas do bosque que ainda conservam nossos sentimentos de amor à natureza e à Primavera. Ela sempre de roupagem nova a cada ano. Por isso brindemos por tudo dos ares primaveris, para deixar brilhar por um instante, apenas que seja, a sua beleza expressa nessa dádiva de Deus. Saudemos a primavera, dona da vida.

*Marcílio Reinaux, à sombra do arvoredo do "Bosque Ebenezer" / Iputinga / Recife.

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Idos do passado em Garanhuns

Alberto da Silva Rêgo

Alberto da Silva Rêgo 

Escola Pública Severino Pinheiro,

Professora Primária, amiga Dolores

Colégio Quinze de Novembro, Ruth Gueiros,

Ginásio Diocesano - Almira Valença


Ginasial, Senyr, Tenório, Mário Matos,

Hiberno, Franklyn, Heitor, Virgílio Aragão.

Na Agronomia, Vasconcelos, Mário Coelho,

Holmes, Fagundes, Ernesto, Otávio Gomes.


Amigos Diocesano, Figueira, Wamberto,

Arcoverde, Antônio Alves, Vilela,

Jornalista, Josemyr, Luna, Luís Maia

Joca, Ivo Júnior, José Coelho, Schettini.


Médicos, Guerra, Tavares, Lessa, Flávio,

Peladas, Luís Guerra, Dourado, Pedro,

Família, Bi Clara, avós Cecília e Otávio.

Pais, Dário e Zózima, tia Hermínia, Cazuza.


Os manos, Alda, Dindo, Arnaldo, Aécia.

Adilma, não esquecendo os falecidos,

Aldérico, Amilton, Anunciada, Sílvia e Ailda.

Os filhos, Otávio, Luci, Eduardo, Aloísio,


Eurico, Beto Filho e Maria Cristina.

Os netos, são vinte e três, vários pirralhos.

Uns colegas, Fernando Melo, Ildefonso.

Primas, Jará, Cora, Sílvia, Luís Burgos,


Fernando, João Burgos, Adelmar, Waldemar,

Terezinha. Madrinha Maria do Carmo.

E, na política, Lula, o líder das massas.

E, mundo espiritual Padre Callou e Adelmar.

E a esposa Lígia, bem amada. Mui querida,

Cunhadas Jarina e Eunice; Roberto,

Antônio/ Mariza, Carlos/Carmelita;

Santana, além, sobrinhas Fátima e Sônia.

Fortaleza, 07 de Fevereiro de 2000.

As cores e as vozes do verão

Luzinette Laporte de Carvalho

Luzinette Laporte de Carvalho* | Garanhuns, 06/01/1993

Saio pela manhã e as cores do verão me envolvem: o fogo dos "flamboyants", o amarelo dos lírios (hemerocálix), o vermelho dos gerânios, o rosa das acácias, o branco das margaridas, o roxo, lilás, vermelho, branco das buganvílias (as hortênsias!), o roxo e o amarelo dos ipês. E as cores - mais nuances que cores - de - dezenas de outras flores.

De repente, o impacto: rosas de todas as cores. Destaco as vermelhas e as amarelas. E aquela, cor de pérola, de delicadeza e floração ímpares.

Há todas as nuances do verde e o azul intenso no céu.

(No coração, a prece de louvar, o hino de ação de graças, o cântico de alegria). À tarde, as vozes do verão: cigarra e pássaros. Orquestra a executar prelúdios, cantatas de  sonho.

Gritos agudos das criancinhas, na praça. Ruídos de insetos invisíveis e desconhecidos. Tudo é beleza.

Mas, ó meu Deus, existe a dor do sertanejo que morre de sede e fome. Existem pessoas que não podem ver e ouvir a beleza que espalhas na terra, porque estão morrendo à mingua.

À míngua de uma decisão política.

À míngua da compreensão dos seus governantes. À míngua de humanidade.

E, no entanto, há imensos lençóis d'agua subterrâneos. Vida escondida sob o manto áspero e árido da terra.

Quem quer fazer jorrar vida no deserto? Quem quer resgatar um povo inteiro? Quem que ver florir a aridez?

Estupidamente, tenta-se, como a avestruz, enterrar a cabeça no chão, para não ver a esperança acenando. Para não ouvir o chamado da terra abandonada.

Dizia alguém que "eterno é o debate entre a eficiência e a pureza. E os que escolheram a eficiência, conservam a nostalgia da pureza." Não penso assim. A eficiência e a pureza devem andar lado a lado, de mãos dadas. Para que  o trabalho seja um ato de dignidade e de bem estar. Urge que o homem pense no homem, o irmão no irmão. Isto não significa dar o que tenho, mas, repartir o que posso.

Cores e vozes do verão levam-me até o alto sertão, ali, onde se bebe e respira sol.

É necessário que o  cinza da caatinga, a face rachada da terra deem lugar às cores múltiplas, ricas, variadas do  trópico. E às suas vozes.

Urge olhar para o  sertão. Qual será a força que  resgatará o "homem forte".  "O forte" de Euclides da Cunha?

Recolho-me e rezo e peço a Deus o milagre. Porque milagre, agente pede a ELE.

domingo, 7 de setembro de 2025

Retalhos de Garanhuns - Volume XVI

Autor: Anchieta Gueiros & Ulisses Viana

Tipo: Novo

Ano: 2025

Páginas: 35 (Livro com Lombada Canoa e grampo)

Medidas: 15x21

R$ 8,00 + frete

“Retalhos de Garanhuns - Volume XVI”, traz biografias de importantes personagens da História de Garanhuns e do Agreste nos séculos XIX e XX, figuras que se destacaram na Política, Cultura, Educação, Religião, Medicina e na vida militar, alguns reconhecidos além das fronteiras pernambucanas. A leitura desta obra nos proporciona conhecer as origens e os feitos de cada biografado. Revela fatos marcantes, curiosidades, imagens, e nos dimensiona para o momento histórico para que o leitor possa compreender os acontecimentos e a importância dos personagens para a História.

Volume XVI

Francino Ferreira Caldas 

Os Heróis de Garanhuns

Arthur Brasiliense Maia

Luís Jardim

Carmosina Monteiro de Araújo

Professor Miguel Jaselli

A Grandiosidade de uma Obra

Zé Cardoso

domingo, 31 de agosto de 2025

Associação Garanhuense de Atletismo comemora 95 anos de história


ASSOCIAÇÃO GARANHUENSE DE ATLETISMO (AGA)  - Fundada graças a iniciativa de sete rapazes, com sede inicialmente na Rua Dr. José Mariano, chamada Rua do Recife na época.

Dia 31 de agosto de 1930 foi a data de fundação da Associação Garanhuense de Atletismo (AGA), reunião realizada pela manhã, de um domingo bem frio, na sede da então existente Associação dos Empregados no Comércio, sob a presidência de Adhemar  Pires Travassos que deu posse à primeira diretoria eleita na ocasião, tendo à frente o desembargador Joaquim Maurício Wanderley como presidente de honra e José Gaspar da Silva como presidente executivo. Os idealizadores e principais fundadores foram sete: Aloysio Gomes Cabral, José Mota, Anthero Wanderley, Jayme Luna, Lourival Wanderley, Antonio Soares e Severino Pessoa.

O apelido “Lavandeira do Agreste” é uma homenagem a um pássaro muito comum nas proximidades de Garanhuns"

Tudo começou nos encontros, quase diários, que os pioneiros na história da AGA mantinham, à noite, no Café e Restaurante Ítalo-Brasileiro. Faziam parte do grupo Aluysio Gomes Cabral, José Mota, Anthero Wanderley, Jayme Luna, Lourival Wanderley, Antônio Soares e Severino Pessoa.

Eles estavam preocupados com o afastamento de qualquer atividade esportiva e social do dois únicos clubes existentes na Terra do Magano: o Comércio e o Sport Club de Garanhuns. E com o sucesso do time de pelada da turma, o São Cristóvão, os sete rapazes começaram a sonhar mais alto e foi quando surgiu a ideia de fundação de uma grande agremiação, com projeção em todo interior a até na capital do Estado.

A Associação Garanhuense de Atletismo terminaria por se fundir com o Comércio Futebol Clube, ocupando a lacuna deixada pelas duas tradicionais agremiações da cidade e superando as expectativas ao se transformar no local preferido para os mais importantes eventos da terra de Simôa Gomes.

Aos pioneiros dos primeiros tempos, surgiram diversos nomes que tiveram importância na história do clube, ocupando a presidência ou outros cargos relevantes na agremiação. Manoel e João Cândido, Gerson Emery (que hoje dá nome ao estádio), Ivo Amaral, Severiano Moraes, Luciano Zacarias, José Bezerra, Onias Lima, Carlindo Barros Lopes, Abimael de Oliveira Santos e o atual presidente Nilo Almeida, cada um a seu modo contribuindo com o crescimento da Associação Garanhuense de Atletismo.

José Bezerra fez a atual sede, Luciano Zacarias fez o parque aquático, Ivo Amaral preservou o patrimônio e aumentou o número de sócios, cada um lutou como pôde para defender o nome da AGA.

CLUBE VENCEDOR - A AGA chegou a manter durante muito tempo equipes de Futebol de salão, Voleibol e Natação conquistando títulos também nesses esportes e revelando talentos para o Brasil. Mas o forte mesmo sempre esteve no seu futebol. O Campo foi inaugurado em setembro de 1955 e desde aquele momento tornou-se o maior ponto de apoio ao clube e palco das mais brilhantes conquistas desde então.

A equipe passou a fazer sua história no futebol conquistando vários títulos, dentre eles destaca-se: Tricampeão de Garanhuns, Campeão Pernambucano de Futebol Amador em 1968, 1969 e 1972. Campeão do Interior em 2003, Tri Campeão da Copa do Interior em 1972 (época também da colocação do alambrado), sendo esse título precedido de uma campanha memorável e de um jogo emocionante: vitória sobre o Santa Cruz de Carpina por 5 a 2. Essa vitória ficou marcada na memória do torcedor e em sua homenagem os Vocalistas da Saudade, grupo musical de renome na época, gravou uma música muito executada nas emissoras. Os títulos continuaram sendo conquistados e a AGA, prestigiadíssimo, chegou a marca de 1.400 sócios. Chegou também a ser heptacampeã de Garanhuns. Em 1979, ano do Centenário de Garanhuns, foram colocados os refletores no seu estádio, já denominado de Gerson Emery (numa justa homenagem a um dos mais brilhantes presidentes que já passaram pelo clube). A ocasião foi marcada inclusive com uma partida de futebol amistosa tendo o Sport Club do Recife como adversário. Entre 1985 a 1986 o futebol do clube foi desativado, retornando em 2000 quando o clube se profissionalizou. Chegou a ser quarto colocada no estadual do ano de 2003.

Laércio Peixoto, grande desportista garanhuense, acompanhou por muitos anos a história do clube AGA, participou sobretudo dos grandes times de futebol que foram montados pela Associação. 

Laércio Peixoto  lembrava com carinho das campanhas da AGA no Campeonato Pernambucano da Primeira Divisão, até 2004, quando enfrentou de igual para igual os times do Recife, como Sport, Náutico e Santa Cruz. "Fomos campeões da segunda divisão no ano 2000 e fizemos belos campeonatos, já na primeira divisão, em 2001, 2002 e 2003.

A AGA passou 18 anos com o seu departamento de futebol desativado, montou um time na gestão de Alfredo farias, se profissionalizou e fez bonito.

O Sr. Onias Lima está no clube desde 1947, já tendo sido presidente, vice-presidente e secretário várias vezes.

Mas a Associação Garanhuense de Atletismo com seu padrão preto e branco, herança do Comércio Futebol Clube, não é só futebol. É também o seu grande salão social (nas cores azul e branco, diferentemente das cores do time) é o seu parque aquático, o restaurante, a sauna, o clube de sinuqueiros e o salão de jogos.

Desde a AGA modesta na Rua do Recife, vítima de um incêndio em pleno baile de carnaval, até a Associação imponente de hoje, mais viva do que nunca, a AGA é um patrimônio de Garanhuns.

Hoje o clube conta com 400 Sócios patrimoniais, uma Gama de serviços em parcerias e administração própria a disposição dos sócios e da Sociedade, tais como : Restaurante, Lanchonete, Salão de Festas, Salão de Jogos, Estádio de futebol, Parque Aquático, Sauna.


PRESIDENTES - A primeira  diretoria eleita foi empossada em 7 de setembro seguinte, e ficou assim constituída: Presidente - José Gaspar da Silva, Vice-presidente - Mário Sarmento Pereira de Lira, Primeiro Secretário - Carlos Maurício Wanderley, Segundo Secretário - Josemir Rosa Correia, Tesoureiro - José Mota da Silva Rosa, Vice Tesoureiro - José Bezerra Neto, Orador - Sátiro Ivo Júnior, Vice Orador - Jaime de Oliveira Luna, Diretor e Vice-Diretor de Desportos: Lourival  Wanderley e Manoel (Manoel Português) respectivamente. Diretor e Vice-Diretor Técnico, Amâncio Nunes da Silva e Severino Pessoa de Albuquerque. Comissão de Polícia - Alfredo Leite Cavalcanti, Odilon Barbosa de Queiros, Aloysio Gomes Cabral e Jorge Lins Caldas, e Presidente de Honra - O Desembargador Joaquim Maurício Wanderley.

presidente - Nilo Almeida Neto; vice-presidente - Walter Barros Santana e tesoureiro - Edilton Teixeira Araújo. Diretoria do Conselho Deliberativo: presidente - José Paulo da Silva; vice-presidente - Paulo Lages Alencar; 1º Secretário - José Estevão Júnior e 2º Secretário - José Lúcio Cardoso

Em 1935 a sua diretoria era desse modo composta: Presidente - Dr. Mário Sampaio Matos, Vice-Presidente, Artur Goulard, Primeiro Secretário, Dr. Antonio Viana, Segundo Secretário - Acácio de Oliveira Luna, Tesoureiro - Tranquilino Viana, Vice Tesoureiro - Arnóbio Pinto, Diretores de Esportes - Antero Wanderley e Demerval Matos, Diretor de Xadrez - Elmano Amorim e Reinaldo Alves, Comissão Fiscal - Álvaro Brasileiro Viana, Dorval Santos e Fausto Lemos. 

1953 - José Bezerra Sobrinho (não terminou o mandato);

1954 - Raimundo Clemente da Rocha;

1955 - Dr. Rodrigues Carvalho (não terminou o mandato);

1956 - Antônio Pereira da Silva;

1957 - Orlando Wanderley;

1958/1959 - Severiano Ferreira de Moraes Filho - Vice: Aguinaldo Barros e Silva;

1959/1960 -  Severiano Ferreira de Moraes Filho Vice: Aguinaldo Barros e Silva;

1960/1961 -  Severiano Ferreira de Moraes Filho Vice: Aguinaldo Barros e Silva;

Sede da Associação Garanhuense de Atletismo (AGA) na década de 1980

1961/1962 - Júlio Pires Ferreira - Vice: Dr. Elísio Alves Pinto;

1962/1963 - Júlio Pires Ferreira;

1963/1964 - Antônio Pereira da Silva;

1964/1965 - Pedro da Silva Maia - Vice: Onias Lima;

1965/1966 - Aarão Cavalcanti Lima - Vice: Silvio Apolinário de Araújo;

1966/1967 - Aarão Cavalcanti Lima - Vice: Silvio Apolinário de Araújo;

1967/1968 - Manoel Cândido da Silva - Vice: Edson Dourado;

1968/1969 - Manoel Cândido da Silva - Vice: Edson Dourado;

1969/1970 - Manoel Cândido da Silva - Vice: Edson Dourado;

1970/1971 - Ivo Tinô do Amaral - Vice: Edval Lopes Monteiro;

1971/1972 - Ivo Tinô do Amaral - Vice: Edval Lopes Monteiro;

1972/1973 - José Estevão dos Santos - Vice: Orlando Wanderley;

1973/1974 - João Cândido da Silva - Vice: José Luciano de Oliveira;

1974/1975 - Elísio Alves Pinto - Vice: Orlando Wanderley;

1975/1976 - João Cândido da Silva - Vice: Antônio Pereira da Silva;

1976/1977 - Edjasme Silvestre de Freitas - Vice: Jurandy Pessoa de Araújo;

1977/1978 - João Cândido da Silva - Vice: Ivaldo de Oliveira;

1978/1979 - José Pereira Sobral Filho - Vice: Abimael de Oliveira Santos (renunciou);

Outubro de 1978/1981 - Junta Governativa: Abimael de Oliveira Santos, Valmir Leal Barros e José Alberto de Lima;

1981/1982 - Valmir Leal Barros - Vice: Valdir Santos;

1982/1983 - Thiago Vicente Ferreira - Vice: José Mendes (renunciou em maio de 1983);

1983/1984 - Junta Governativa - José Luciano, Antônio Alves de Lima, José Mendes, Ailton Machado, Flávio Wanderley e Ivan de Oliveira Gomes;

1984/1985 - João Cândido da Silva - Vice: Abimael de Oliveira Santos;

1985/1986 - Paulo Barbosa da Silva - Vice: Otaviano Ferreira de Almeida;

1986/1978 - Paulo Barbosa da Silva - Vice: Otaviano Ferreira de Almeida;

1987/1988 - Paulo Barbosa da Silva - Vice: Otaviano Ferreira de Almeida;

1988/1989 - Flávio Pessoa Wanderley - Vice: Ivan Vasconcelos de Andrade (renunciou em março de 1989);

1989/1990 - Junta Governativa - José Luciano, Mário Barbosa, Otaviano Almeida e Ivan Vasconcelos;

1990/1991 - Junta Governativa - Givaldo Calado de Freitas, Fernando Luna, José Estevão, Carlindo Lopes e Ivan Vasconcelos de Andrade;

1991/1992 - Junta Governativa - José Luciano, Paulo Barbosa e Flávio Wanderley;

1992/1994 - Junta Governativa - José Luciano e Paulo Barbosa;

1994/1995 - Izaías Régis Neto;

1995/1996 - Jairo Braga da Silva;

1996/1997 - Jairo Braga da Silva;

1997/1998 - Jairo Braga da Silva;

1998/1999 - Jairo Braga da Silva;

1999/2000 - Alfredo Farias de Andrade - Vice: Jairo Braga da Silva;

2001/2003 - Zorildo da Silva Régis - Vice: Marcos Oliveira Régis (renunciou);

2003/2003 - Geraldo Ferreira de Lucena - Vice: Álvaro de Souza Fernandes ( foi presidente de Janeiro a Março de 2003);

2003/2003 - Álvaro de Souza Fernandes;

2003/2005 - Junta Governativa - José Luciano de Oliveira, Alfredo Farias, Antônio Alves de Lima e Alberto Wanderley Malta (renunciaram em Dezembro de 2003);

2003/2005 - Helio Ferreira Alexandre - Vice: Manoel Martins Calado (renunciaram);

Abril/2005 - Álvaro de Souza Fernandes (assumiu até agosto de 2005);

2005/2007 - Junta Governativa: Helio Pereira Alexandre, Alexandre Guilherme, Wagner de Souza Coelho, Rui Vieira Lopes e Luiz Gonzaga de Melo Júnior;

2007/2009 - Wagner de Souza Coelho - Vice: Álvaro de Souza Fernandes;

2009/2011 -  Wagner de Souza Coelho - Vice: Álvaro de Souza Fernandes;

2011/2013 - Wagner de Souza Coelho - Vice: Álvaro de Souza Fernandes;

2013/2015 - Edval Veras Campelo - Vice: Luiz Sebastião de Figueiredo Lima;

2015/2017 - Nilo de Almeida Neto - Vice: Walter de Barros Santana;

2017/2019 - Nilo de Almeida Neto - Vice: Walter de Barros Santana;

2019/2021 - Nilo de Almeida Neto - Vice: Walter de Barros Santana.

Observações: Não dispomos dos Presidentes do período entre 1938 e 1952, por motivo dos livros de Atas estarem extraviados. Em alguns casos deixamos de mencionar os vices, pois não constam nas respectivas atas pesquisadas.

ATUAL DIRETORIA | BIÊNIO 2025/2027


No último dia 14 de agosto de 2025, o Conselho Deliberativo da Associação Garanhuense de Atletismo (AGA), reelegeu  Carlos Gustavo Tenório de Arruda para exercer por mais dois anos o mandato de Presidente do Executivo do alvinegro de Garanhuns,  José Lúcio Matias da Silva Cardoso reeleito para Vice e José Paulo da Silva Secretário.

A diretoria reeleita vem mostrando grande dinamismo, capacidade administrativa e  um ótimo relacionamento com todos os sócios do clube. 

Diretoria Executiva

Presidente - Carlos Gustavo Tenório de Arruda

Vice-presidente - José Lúcio Matias da Silva Cardoso

Secretário - José Paulo da Silva

Tesoureiro - Edilton Teixeira Araújo

Presidente do Conselho Deliberativo -  Wagner de Souza Coelho

Vice-presidente - Valber Rafael de Medeiros Santana

AGA CAMPEÃ DA COPA ERALDO GUEIROS - A competição organizada pela Federação Pernambucana de Futebol (FPF), contou com a participação de 35 clubes, divididos em sete grupos de cinco times cada. Teve início no domingo, do dia 27 de maio e terminou no dia 10 de fevereiro de 1974. O regulamento era bem simples. As equipes se enfrentavam na mesma chave, em turno e returno, classificando-se os dois primeiros de cada grupo, para o turno-extra, que apontará o campeão do interior.

Após oito meses, chegaram na grade final, AGA de Garanhuns e Santa Cruz de Carpina. De forma contundente o AGA goleou por 5 a 2, no Estádio do Arruda, no Recife e ficou com o título.  

AGA  5    X  2  SANTA CRUZ DE CARPINA

LOCAL: Estádio do Arruda, no Recife (PE)

DATA: Domingo, dia 10 de Fevereiro de 1974

CARÁTER: Decisão da Copa Governador Eraldo Gueiros de 1973

ÁRBITRO: Roberto e Kaúla (FPF)

AGA: Zezé; Piñaes, Tuta, Bujão e Tomás; Rodrigues e Juarez; Água Branca (Didi), Romildo, João Carinha e Alcindo (Armando).

SANTA CRUZ: Ozéas; Edvaldo, Zeca, Dindo e Edvilson; Fia e Mimi (Malaquias); Arlindo (Expedito), Wilson, Fernando e Djalma.

GOLS: Romildo (duas vezes), Água Branca, João Carinha e Armando para o AGA. Fernando (dois) para o Santa Cruz de Carpina. 

Fonte: https://historiadofutebol.com/blog/?p=75794 - Diário de Pernambuco; Associação Garanhuense de Atletismo - AGA; Memorial Ulisses Viana de Barros Neto e Jornal O Monitor

Fotos: (1) - José Cordeiro, Pedro Maia, Carlindo Barros Lopes, Dr. Elísio Alves Pinto (Dr. Pinto), João Cândido, entre outros. (2) -Equipe da AGA Pentacampeã de Garanhuns em 1974 - Em pé: Laércio Peixoto (treinador); Geraldão, Pinhães, Ivan, Orlando, Zezé e Adeildo. Agachados: João, Nelson, Romildo, Vavá e Dezuito. (3) - (3) - Equipe da AGA de 1972 - Em pé da esquerda para direita: Cassiano, Geraldão, Pinhães, Jonas, Zezé e Pé de Lobo. Agachados: Valdo massagista, João Carinha, Adeildo Torres, Romildo, Tomaz e Jaime. (4) -  Diretoria da AGA biênio 2019/2021: presidente - Nilo Almeida Neto; vice-presidente - Walter Barros Santana e tesoureiro - Edilton Teixeira Araújo. Diretoria do Conselho Deliberativo: presidente - José Paulo da Silva; vice-presidente - Paulo Lages Alencar; 1º Secretário - José Estevão Júnior e 2º Secretário - José Lúcio Cardoso. (5) - Sede da Associação Garanhuense de Atletismo (AGA) na década de 1980. (6) - Sede da Associação Garanhuense de Atletismo (AGA) na década de 1960.

Hino da Associação Garanhuns de Atletismo - AGA


quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Retalhos de Garanhuns - Volume XV

Autor: Anchieta Gueiros & Ulisses Viana

Tipo: Novo

Ano: 2025

Páginas: 40 (Livro com Lombada Canoa e grampo)

Medidas: 15x21

R$ 8,00 + frete

“Retalhos de Garanhuns - Volume XV”, traz biografias de importantes personagens da História de Garanhuns e do Agreste nos séculos XIX e XX, figuras que se destacaram na Política, Cultura, Educação, Religião, Medicina e na vida militar, alguns reconhecidos além das fronteiras pernambucanas. A leitura desta obra nos proporciona conhecer as origens e os feitos de cada biografado. Revela fatos marcantes, curiosidades, imagens, e nos dimensiona para o momento histórico para que o leitor possa compreender os acontecimentos e a importância dos personagens para a História.

Volume XV

Lampião Visita a Fazenda do Deputado Souto Filho

Colégio Santa Sofia do Meu Tempo

Isaura Gonçalves de Medeiros

Dr. Celso Galvão

O Castigo do Padre Adelmar

O Canhoto já foi o Rio do Leite

Um trem na Lembrança

Antônio Silvino e Elpídio Branco em 1930

O Aprendiz de Tipógrafo que Comprou uma Gráfica

Pedro Sapateiro

As Serenatas em Garanhuns no Início do Século XX

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Gonzagão e o permanente flagelo da seca em forma de canção


Manoel Neto Teixeira* | Garanhuns, julho de 2013

- Quero ser lembrado como sanfoneiro que amou e cantou muito o seu povo, o Sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor


A recomendação, textual, é do próprio Gonzagão, o Rei do Baião, ele que tinha ciência e consciência da abrangência da sua obra, seu canto e sua sanfona, a inigualável interpretação da realidade e da cultura popular nordestina: a terra, o homem e o meio ambiente, onde o flagelo da seca foi uma constante e tema inarredável de grande parte da sua obra musical.

A seca foi decantada nos seus principais clássicos, como a Triste Partida (letra de Patativa do Assaré), Asa Branca (letra de Humberto Teixeira), Vozes da Seca (parceria com Zé Dantas), entre dezenas de outras canções.

Mesmo vivendo, desde o inicio de sua carreira, a maior parte do tempo entre o Rio e São Paulo, Gonzagão jamais mudou o seu linguajar de bom sertanejo; isso está retratado no clássico sob o título "No Ceará não Tem Disso não" (parceria com Guido de Moraes):

Nem que eu fique aqui dez anos / Eu não me acostumo não / Tudo aqui é diferente / Dos costumes do Sertão.

Certa feita, entrevistado no programa de Geraldo Freire, Rádio Jornal do Commercio no Recife, comentando o jeito de falar do nordestino, lembrou um fato hilariante ocorrido numa das ruas de São Paulo quando fora abordado por um matuto recém-chegado à capital bandeirante, mas já imitando o paulistano; Gonzagão então lhe pergunta: você é daqui mesmo? O caboclo lhe responde: não senhor, estou aqui faz seis meses". Aí Gonzagão disparou: "Você tá feito papagaio, nem imita direito o paulistano nem fala mais como nordestino; eu estou aqui há 50 anos e nunca mudei meu linguajar".

No seu livro "A Oralidade e a Imagética em Luiz Gonzaga (uma análise de conteúdo da obra musical do Rei do Baião)", o jornalista e professor José Mário Austregésilo faz um paralelo entre Gonzagão e Euclides da Cunha, este, autor do clássico ""Os Sertões"; tanto num quanto noutro, encontramos a visão estereotipada, segundo Austregésilo, pois, para Gonzagão, "todo sertanejo é vaqueiro", enquanto para Euclides da Cunha, "todo sertanejo é antes de tudo um forte".

Argumenta José Mário: "Afirmações do tipo "todo sertanejo é vaqueiro" funcionam indicando este tipo de símbolo como ícone do Nordeste. Ao lado de vaqueiros, figuras como cangaceiros, jagunços, coiteiros, rezadeiras, lavradores, delegados, soldados, rendeiras, padres, parteiras, etc, formando esse universo representativo do homem da terra, como se no Nordeste não houvessem professores, doutores, juízes e outras profissões absolutamente normais de serem exercidas".

O Nordeste brasileiro, visto como representação, é um grande espaço da saudade, e o baião, criado como símbolo da região, surge pelas mãos (sanfona) e o canto de Gonzagão, com conteúdos e narrativas recorrentes sobre a seca e o consequente êxodo rural.

O próprio Gonzagão é um desses retirantes, na medida em que, aos 18 anos de idade, incompletos, ao levar uma surra da mãe, Santana, porque havia desafiado um coronel, ameaçando-o de morte, pelo fato de haver negado a mão da sua filha para "o moleque Luiz Gonzaga se casar", deixa Exu, seu torrão natal, e se manda para o Rio de Janeiro e São Paulo, por onde inicia sua carreira artística. Ele confessa em uma de suas gravações: "Eu queria era ser artista, artista do Nordeste".

Mas o fenômeno da seca, antes de ser apenas um flagelo socioeconômico e permanente desafio até hoje não superado ou resolvido, passa a ser tema e fonte de inspiração para a grandiosa obra musical de Gonzagão, juntamente com seus parceiros, em especial Humberto Teixeira e Zé Dantas.

A seca que aí está é das mais renitentes dos últimos 50 anos, segundo os meteorologistas, com desafios e estragos irreparáveis para os nordestinos. Antes de ser um fenômeno que reaparece de tempos em tempos, é uma característica climática da região, apenas se manifesta mais forte em dados momentos, épocas, portanto uma condição natural, não devendo ser vista como novidade, o inesperado. Falta, isto sim, infraestrutura para convivência com o fenômeno, sem os traumas e prejuízos como a mortandade dos rebanhos e os impactos na flora e nas lavouras.

Esse fenômeno é destaque na obra musical desse nordestino genial, através dos seus principais sucessos; tantos e tantos, como "Légua Tirana", parceria com Zé Dantas; vejamos a letra, como o linguajar próprio e grafia da época:

Ai que estrada tão comprida / Mais que légua tão tirana / Ai se eu tivesse asa / Inda hoje eu via Ana / Quando o sol tostou as fôia / Fui inté o Juazeiro / Pra fazê uma oração / Tô vortando estrupiado / Mais alegre o coração / Padim Ciço ouviu minha prece / Varei mais de vinte serra / De alpercata e pé no chão / Mesmo assim cuma inda falta / Pra chegar no meu Sertão / Trago um terço pra Dasdore / Pra Reimundo um violão / E pra ela e ela / Trago eu e o coração.

A superstição, inerente à crendice popular na cultura nordestina, também se faz presente no repertório da seca, com a toada "Acauã", parceria com Zé Dantas:

Acauã, acauã vive cantando / Durante o tempo de verão / No silêncio das tardes agorando / Chamando a seca pro Sertão / Ai acauã raam, am, am / Teu canto é penoso e faz medo / Te cala acauã / Que é pra chuva voltar cedo / Toda noite no Sertão / Canta o João corta-pau / A coruja mãe da lua / A peitica e o bacurau / Na alegria do inverno / Canta sapo, jia e rã / Mas na tristeza da seca / Só se ouve acauã.

Outra obra prima, sob o título "Vozes da Seca", gravada em 1950, portanto mais de 60 anos já se passaram e a seca continua desafiando; letra que envolve melodia e conteúdo político, inclusive com sugestões capazes de minimizar o fenômeno, como barragens, açudagem, e serviços para o trabalhador, clássico concebido em parceria com Zé Dantas. Vejamos a letra, com a grafia e o linguajar da época:

Seu doutô, os nordestino / Tem muita gratidão / Pelo auxílio dos sulista / Nesta seca do Sertão / Mas doutô, uma esmola / A um home que é são / Ou lhe mata de vergonha / Ou vicia o cidadão / É por isso que pedimo / Proteção a vomicê / Home por nós escoído / Para as rédeas do podê / Doutô dos vinte estado / Tempos oito sem chover / Veja bem, quase a metade / Do Brasil tá sem comê / Dê serviço ao nosso povo / Encha os rios de barragem / Livre assim nós da esmola / Que no fim dessa estiage / Lhe pagamo até os juro / Sem gastar nossa corage / Se o douto fizer assim / Salva o povo do Sertão / Se um dia a chuva vim / Nunca mais nós pensa em seca / Vai dá tudo neste chão / Como vê, nosso destino / Mecê tem na vossa mão.

VACA ESTRELA, BOI FUBÁ


O gado (boi e vaca) figura como elemento concreto e fonte de inspiração para os aboios, evocações sentimentais na obra de Gonzagão, onde o fenômeno da seca constitui princípio, meio e fim de grande parte das suas canções. "Vaca Estrela e Boi Fubá", letra do poeta cearense Patativa do Assaré, musicalidade e interpretação desse ilustre filho de Exu, é outra dessas pérolas que transcrevemos a seguir:

Seu douto, me dê licença / Pra minha história conta / Hoje eu tô na terra estranha / É bem triste o meu pena / Eu já fui muito feliz / Vivendo no meu lugá / Eu tinha cavalo bom / E gostava de campeã / Todo dia eu aboiava / Na porteira do currá / Êe, êe, êe vaca estrela / Ôo, ôo, ôo boi fubá>

Eu sou filho do Nordeste / Não nego meu naturá / Mas uma seca medonha / Me tangeu de lá pra cá / La eu tinha o meu gadinho / Não é bom nem imaginá / Minha vaca estrela / E o meu bonito boi fubá / Quando era de tardizinha / Eu começava a aboiá / Êe, êe, êe vaca estrela / Ôo, ôo, ôo boi fubá.

Aquela seca medonha / Fez tudo se atrapaiá / Não nasceu capim no campo / Para o gado sustenta / O sertão esturrico / Fez os açude secá / Morreu minha vaca estrela / Se acabou meu boi fubá / Perdi tudo quanto tinha / Nunca mais pude aboiá / Êe, êe, êe vaca estrela / Ôo, ôo, ôo boi fubá.

Hoje nas terra do sul / Longe do torrão natá / Qaundo eu vejo em minha frente / Uma boiada passa / As água corre dos oios / Começo logo a chorá / Lembro minha vaca estrela / E o meu lindo boi fubá / Com saudade do Nordeste / Dá vontade de aboiá / Êe, êe, êe vaca estrela / Ôo, ôo, ôo boi fubá.

Com essas e tantas outras canções, Gonzagão eternizou sua obra, voltada, em grande parte, para o tema, certamente o maior flagelo do povo nordestino; igualmente da terra, dos animais, da economia, enfim, esse fenômeno que, segundo os cientistas e ecologistas, é inerente à realidade climática da região. Daí o equívoco dos políticos que, covarde e sorrateiramente, buscam "combater" a seca com medidas paliativas, como o carro-pipa, que, no fundo, só beneficia alguns poucos, acostumados a tirar proveito dessas circunstâncias. O Nordeste precisa de ações estruturadoras, definitivas, a exemplo da revitalização, reflorestamento e consequente transposição do Rio São Francisco, obra iniciada e interrompida tantas vezes, com as construtoras deitando e rolando numa gatunagem sem medidas.

*Jornalista, escritor, professor e cronista.

Retalhos de Garanhuns - Volume XIV

Autor: Anchieta Gueiros & Ulisses Viana

Tipo: Novo

Ano: 2025

Páginas: 39 (Livro com Lombada Canoa e grampo)

Medidas: 15x21

R$ 8,00 + frete

“Retalhos de Garanhuns - Volume XIV”, traz biografias de importantes personagens da História de Garanhuns e do Agreste nos séculos XIX e XX, figuras que se destacaram na Política, Cultura, Educação, Religião, Medicina e na vida militar, alguns reconhecidos além das fronteiras pernambucanas. A leitura desta obra nos proporciona conhecer as origens e os feitos de cada biografado. Revela fatos marcantes, curiosidades, imagens, e nos dimensiona para o momento histórico para que o leitor possa compreender os acontecimentos e a importância dos personagens para a História.

Volume XIV

Memórias de Monsenhor Adelmar da Mota Valença (II)

Senhor Artur

Assombração no Parque Euclides Dourado

A Sopa de Mirabeau

A Sociedade Cultural de Garanhuns

O Pacificador Doca Ivo

Júlio Eutímio Brasileiro

João Paes de Carvalho

A Rotunda

Qualquer Semelhança

Os Craques de Garanhuns

Equipe do Flamengo de Garanhuns

Nos Campus dos Garanhu, o Nascer de uma Cidade

Luiz Siqueira

O Sobrado de Francino Ferreira Caldas

sábado, 23 de agosto de 2025

Como preparar o amanhã

Jesus de Oliveira Campelo*

Durante nossa existência, encontramos pelos caminhos percorridos pessoas jovens, desiludidas com as profissões que abraçaram, demonstrando falta de ânimo para enfrentar os duros embates do cotidiano e sem alimentar esperança de conseguirem o sucesso que tanto almejam.

Muitos, realmente, tombam e nunca mais se erguem; Outros que transformaram a derrota em motivação para empreenderem um esforço, conseguem sucesso em suas profissões e em suas vidas.

São os destemidos que aprenderam a nunca aceitar e a não se conformarem com os retrocessos. Estes acreditam que o ponto de partida de todo sucesso é o desejo ardente e a força de vontade que, quando devidamente acionados, formam uma dupla invencível, e se constituem num eficiente antídoto às pessoas que estão sempre prontas a desperdiçarem os objetivos que se apresentam e desistem de tudo ao primeiro sinal de insucesso.

A falta de persistência se constitui numa das principais causas do fracasso da vida. Muitas vezes será necessário vencer-se a inércia mental em que se encontra e reagir até que se obtenha o controle completo do desejo da vitória.

Para concretizar este objetivo, todavia, é necessário adotar-se alguns procedimentos e tomar algumas precauções que são consideradas importantes para se alcançar à meta desejada.

Os caminhos da persistência são conseguidos de forma simples, sem a utilização de grande volume de inteligência ou de educação especial, mas, utilizando-se apenas, um pouco de tempo, esforço e dedicação. Em seguida, livrar-se das influências negativas e frustradoras. E, finalmente, juntar-se a pessoas que estimulam e levem adiante seus planos e objetivos. É magnífica a recompensa dos que adotam estes procedimentos!

Outro conteúdo que deve ser eliminado é o estado mental baseado no medo e na insegurança que ataca as pessoas de maneira traiçoeira e sutil, e que aos poucos, corrói o raciocínio, a autoconfiança e a iniciativa. Com o passar do tempo, esse procedimento se transforma num fator de indecisão no desempenho das atividades do dia-a-dia.

A fim de proteger-se de influências negativas, sejam elas de sua própria criação ou resultante de atividade de pessoas negativas, é necessário reconhecer-se que dentro de cada um existe uma força de vontade que deverá ser usada constantemente, até que seja construído na mente, um muro imaginário de imunidade contra essas influências indesejáveis.

A fraqueza é ainda mais nociva, porque a maioria das pessoas não reconhece que sofrem por sua causa, e os que a admitem, dão os ombros ou se recusam a combater o mal, e, assim, ela se transforma numa parte incontrolável de seus hábitos diários.

Não se deve esquecer, entretanto, que o ser humano exerce controle total e absoluto de seu pensamento, o que se constitui num fato de grande relevância, pois, ele é de origem divina, e esta prerrogativa é o único meio através do qual pode-se controlar seu próprio destino.

A mente é um propriedade espiritual, e o seu progresso depende unicamente de nossas ações. Realizar os sonhos pretendidos, ser bem sucedido, são conquistas que depende exclusivamente de cada um, e que só serão conseguidas de houver disposição, coragem, determinação, e acima de tudo, persistência.

*Jornalista e cronista.

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Prefácio do Livro 'A Vida Através da Poesia'

Livro "A Vida Através da Poesia" de Alberto da Silva Rêgo

Alberto da Silva Rêgo, funcionário público federal exemplar. Filho de tradicional família de Garanhuns orgulha-se de ter em suas veias sangue de  índia Kariri. Pontificou nas letras com a publicação de "Os Aldeões de Garanhuns", por muitos considerado como a bíblia identificadora das tradicionais famílias daquela Polis. Mas, Alberto Rego, podendo usufruir uma aposentadoria bucólica, face as suas raízes de homem campesino, não busca com sua  mente juvenil e inquieta, no mais recôndito de sua alma as belas figuras que  emolduram os seus poemas, que se materializaram neste livro. Não lê-lo é  deixar de admirar o belo. Não debruçar-se sobre estas páginas, é pausar pela vida sem ter vivido. Alberto Rêgo continue vivendo a sua vida e alegrando a nossa com suas belas poesia.

Dr. Hermenegildo Alves de Almeida / Fortaleza, CE - 2001.

Colégio Diocesano de Garanhuns comemora 110 anos de Ciência e Fé

Antes de nascer, o Ginásio de Garanhuns já existia nos planos do Mons. Afonso Pequeno, primo do Mons. Antero e vigário da Paróquia de Garanh...