segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Capacidade do ser humano

Cassimiro Raimundo | Sítio Aguazinha, Iati - PE | Setembro de 2019 | Créditos da foto: Anchieta Gueiros

Só os que se integram como entidade possuem visão altamente qualificada, se queres a paz prepara o teu mundo para paz 

A capacidade de determinação importa ao conhecimento do próprio indivíduo como ser atuante. A nossa fonte de informações se nos apresenta defasada. Não há identidade no tempo e no espaço. O nosso apercebimento não alcança os efeitos da sublimação. A natureza das coisas é rica em si mesma. Vivemos a esperar os meios do entendimento. A dificuldade nos invade. O pensamento se nos aflora de modo negativo. Esse estado estabelece um bloqueio  mental muito fechado.

O homem precisa acreditar de que é capaz de criar o seu próprio destino. O que não deve ser considerado como determinismo inevitável. Ao contrário, a nossa volição de vontade determina normas de conduta apreciável. Modalidade de encontro com as nossas raízes. Teremos de  ser acessíveis ao conjunto de reflexos do nosso mundo interior.

É uma maneira específica de objetivar todos os nossos segmentos. Nesse contato o nosso universo intelectual se renova aprioristicamente. O momento que vivemos não passa e nem fica. Transforma-se em novo símbolo do eterno presente. A nossa personalidade como produto do meio é muito mutável. A mente humana tem que se modificar. Tem de pensar com muita sutileza. Essa percepção não é meio de fuga. É uma realidade plena.

Esse estado mental é positivo, não busca proteção às sombras ocultas de um passado morto. Vive sempre com muita intensidade o dia de hoje. Só os que se integram como entidade possuem visão altamente qualificada. Nessa circunstância observam a distância logo vencida. Não há separação. O espaço é ocupado por miríades de vidas em perene transformação. É o destino traçado pelo espírito superior em autodeterminação.

As influências até certo são surpreendentes. Só não terão nunca capacidade de decisão. Os homens superiores sempre superam o meio. O que não implica em isolamento. E sim em ato de decisão. Para medir a dimensão de ordem psicológica desses reflexos é preciso não ficar repetindo como o estático no meio do dinâmico. A superioridade nesse sentido, não pode ser do econômico e nem depende de cargos elevados. Essa grandeza é do próprio ser, visto como elemento superior.

A sua preocupação maior é simplesmente existir. Viver para ele representa uma vitória completa, enquanto outros não passam a ocupar o seu lugar. Esse raciocínio é complexo porque é simples. Os que gostam de complicar as coisas são incapazes de entendê-las. O mundo é o que nós somos. A presença do explorador,  e a personificação de um mundo em que  a fome exerce o seu predomínio. Se queres a paz prepara o teu mundo para paz.

Há certas circunstâncias que por sua natureza se conclui que não se deve aplicar à imagem das coisas, uma ideia do bem e do mal que não seja tirada de suas relações. Elas podem ser boas em relação ao todo, apesar de difíceis em si mesmas. Aquilo que concorre para o geral pode ser um mal particular, em relação ao todo, ao qual há possibilidade libertar-se quando possível. Quando se trata de racionar  sobre a natureza humana, o verdadeiro filósofo não o ornamento dos poderes, é sobretudo, o Homem. O espírito encarnado que em nós vive.

A nacionalidade do homem superior é um triunfo de sua capacidade em ação. O homem de gênio não se limita e pensamentos  determinados pelas consequências das necessidades humanas. Tudo isso é muito vulgar e circunscrito. A entidade é uma pessoa portadora das mais amplas vontades de criar no Eterno. O seu  mundo não se limita. A limitação não tem capacidade no sentido de dignificar a função do mundo superior.

Esses conceitos não podem ser temática fácil à mentalidade política. Não se entende política sem o social, nem o social sem equidade humanística. O desenvolvimento dos que se posicionam em sentido contrário não tem eficácia. Os partidos se conjugam sem definição programática. Não existe filosofia de vida nem alta indagação. Tudo passa a se repetir consoante interesses dos chamados líderes.

Se os grupos fossem verdadeiramente sintonizados em princípios de sistematização democrática, talvez o mundo do político e social e econômico fossem estáveis e seguros no sentido do bem comum, do bem de todos os seres que agem, sentem e pensam com dignidade. O homem que assim procede o seu contingente mental é diferente. O seu socialismo não tem laços da obrigação do consenso de  correligionários sistematicamente convencidos que deverão ser herdeiros do espólio político.

Sem o respaldo da opinião pública, sem o consenso dos movimentos de opinião da vontade livre, qualquer esperança de vitória eleitoral é uma temeridade. (Dr. José Francisco de Souza | Garanhuns, 28 de novembro de 1987).

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