Belarmino da Costa Dourado | Garanhuns, 30/11/1909
Desponta como tímida criança
Beijando o mar que em perenal saudade,
Sorri em solo azul a claridade,
A lua, o branco astro da esperança.
A tarde cai. Vesper além se apruma
Flutua pelo ar místico, suave,
O canto extremo que desprende a ave,
Oculta já na transparente bruma,
Como as virgens outrora venturosa
Eu adoto-te, oh! Musa Vespertina,
No silencio das noites vagarosas.
E do amor os estos me ilumina
De vagalume as ondas luminosas,
Beijando a sós a dália purpurina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário