sábado, 19 de agosto de 2023

Tarde de verão


Belarmino da Costa Dourado | Garanhuns, 30/11/1909

Desponta como tímida criança

Beijando o mar que em perenal saudade,

Sorri em solo azul a claridade,

A lua, o branco astro da esperança.


A tarde cai. Vesper além se apruma

Flutua pelo ar místico, suave,

O canto extremo que desprende a ave,

Oculta já na transparente bruma,


Como as virgens outrora venturosa

Eu adoto-te, oh! Musa Vespertina,

No silencio das noites vagarosas.


E do amor os estos me ilumina

De vagalume as ondas luminosas,

Beijando a sós a dália purpurina.

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