segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Solidão


José Hildeberto Martins | Garanhuns, 2006 

Toda solidão é a mesma.

Tem feição pálida e sombria.

Parece mais farol esquecido

nos confins do mundo.

O amor perde o viço,

quer água e café;

murcha tão depressa

e nunca mais situa,

delirando na terceira idade.

Toda solidão é igual,

tecida de desprezo e saudade,

de contatos perdidos.

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