Desenvolver a cultura psíquica, num só sentido, voltando todas as energias para um objetivo fundamental. Agrupar os raios da consciência psicológica resultante de uma atração espontânea por algo. Assim, prevalece um fator preponderante e essencial: a força de vontade.
Com um pouco de exercício projetamos a consciência e congregamos um pensamento voluntário capaz de dominar aquilo que pretendemos. O nódulo da concentração é a atenção. A atenção dimensionada, estruturada, controlada, fixa naquilo que objetivamos. É o querer forte capaz de dominar. É força latente, vibração, consciência aplicada; vai e vem seguro e ao mesmo tempo controlado pelas emoções.
Concentrar é uma necessidade, podemos até distinguir entre ver o olhar, pois ver com os olhos sonhadores interpretar, elaborar, criar, conduzir à uma esfera de nível elevado. O olhar rapidamente passa... desliza, mais ou menos negligente e veloz sobre aquilo que observa. O olhar transforma-se, imobiliza-se, prende-se quando necessário.
Concentrar é desenvolver, ampliar, querer. Dizia Abramovki: "A concentração sobre a ideia pode ser mais eficaz do que o esforço de crispação voluntária". O domínio de si mesmo, o desenvolvimento psíquico, o esforço da vontade aperfeiçoada através de uma concentração capaz, significa evolução, desenvolvimento, perfeição.
Os grandes Mestres sentiam necessidade de concentrar o espírito. O Mestre dos Mestres é o grande exemplo (quarenta dias e quarenta noites) - O sacrifício, a coragem, o amor, a dedicação; tudo através de uma "pausa" para o espirito.
*Dr. José de Vasconcelos Pontes / Advogado e jornalista / Garanhuns, 12 de maio de 1979.
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