domingo, 20 de agosto de 2023

Sementes de Contemplação

Parque Ruber van der Linden (Pau Pombo) | Créditos da foto: Anchieta Gueiros

De Michelet:  "Concentra-te ou morre". Não podemos viver aturdidos, perdidos na vida e na Natureza. Como uma "obsessão" viver diretamente na  rotina. Precisamos fugir, extrapolar, conhecer o mundo maravilhoso do pensamento quando somos capazes de concentrar a mente num ponto crucial.

Desenvolver a cultura psíquica, num só sentido, voltando todas as energias para um objetivo fundamental. Agrupar os raios da consciência psicológica resultante de uma atração espontânea por algo. Assim, prevalece um fator preponderante e essencial: a força de vontade.

Com um pouco de exercício projetamos a consciência e congregamos um pensamento voluntário capaz de dominar aquilo que  pretendemos. O nódulo da  concentração é a atenção. A atenção dimensionada, estruturada, controlada, fixa naquilo que objetivamos. É o querer forte  capaz de dominar. É força latente, vibração, consciência aplicada; vai e vem seguro e ao mesmo tempo controlado pelas emoções.

Concentrar é uma necessidade, podemos até distinguir entre ver o olhar, pois ver com os olhos sonhadores interpretar, elaborar, criar, conduzir à uma esfera de nível elevado. O olhar rapidamente passa... desliza, mais ou menos negligente e veloz sobre aquilo que observa. O olhar transforma-se, imobiliza-se, prende-se quando necessário.

Concentrar é desenvolver, ampliar, querer. Dizia Abramovki: "A concentração sobre a ideia pode ser mais eficaz do que  o esforço de crispação voluntária". O domínio de si mesmo, o desenvolvimento psíquico, o esforço da vontade aperfeiçoada através de  uma concentração capaz, significa evolução, desenvolvimento, perfeição.

Os grandes Mestres sentiam necessidade de concentrar o espírito. O Mestre dos Mestres é o grande exemplo (quarenta dias e quarenta noites) - O sacrifício, a coragem, o amor, a dedicação; tudo através de uma "pausa" para o espirito.

*Dr. José  de Vasconcelos Pontes / Advogado e jornalista / Garanhuns, 12 de maio de 1979.

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