É isso: morrer e viver
dormir depois do baile
ou acordar da vida
como o sol nascente
em redor da terra sempre
eu toco o barro do corpo
e do mato as folhas de vento
o céu das nuvens de pensamento
o mar de lágrima extenso
e vou ainda insistente
tocando a alma do sonho
que sonha também comigo
e sou o menino do tempo
da estação da fantasia
que faz de conta que sou
como é feito o mundo...
relativamente é isso
e mais o que parece.
*João Marques dos Santos, natural de Garanhuns, onde sempre residiu, é poeta, contista, cronista e compositor. Teve diversas funções nas atividades culturais da cidade: foi Presidente da Academia de Letras de Garanhuns, durante 18 anos, Diretor de Cultura do Município e, atualmente, é presidente da Academia dos Amigos de Garanhuns - AMIGA. Compôs, letra e música, o Hino de Garanhuns. Mantém, desde 1995, o jornal de cultura O Século. Publicou quatro livros de poesia: Temas de Garanhuns, Partições do Silêncio, Messes do azul e Barro.
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