Certa vez, Allan Kardec afirmou:
O Espiritismo, marchando com o progresso, não será jamais excedido, porque, se novas descobertas lhe demonstrarem que está em erro sobre um ponto, ele se modicará sobre esse ponto; se uma nova verdade se revelar, ele a aceitará".
Tal afirmação está inscrita no grande livro da Codificação Espírita, A Gênese. Ficamos, assim, a saber da inexcedível atualidade da Doutrina dos Espíritos. Notável é saber-se também que em nada, até aqui, a ciência demonstrou ou fez mudar os conceitos dessa doutrina. Quanto mais progridem as ciências, mais e mais se confirmam as teses do Espiritismo. Com relação a outro livro da Codificação, O Livro dos Espíritos, costumamos chamá-lo de a Enciclopédia do Espiritismo. Mas, quando assim o dizemos, aceitamos que, em suas bases, todas as ciências, religiões e filosofias, em seus preceitos de real limpidez, encontram no Espiritismo aquela "chave" explicativa de que tantas vezes nos falou o Codificador.
Os fenômenos espíritas já se acham na pesquisa das universidades do mundo. Notadamente na Europa e nos Estados Unidos da América, muitos cientistas se devotam ao estudo experimental da fenomenologia transcedental. Parapsicologicamente, psifenômenos, Psicobiofísica, Psiotrônica são alguns dos nomes que a Ciência hodierna inventa para, debaixo de seus métodos e sua disciplina, investigar e estudar os fenômenos paranormais. Não nos importam as denominações dos ramos científicos, tampouco os nomes com que se batizam os casos estudados nesta febre atual do exame científico, dirigido à casuística espírita. Hoje, a Parapsicologia já chegou a uma afirmação categórica: existe o fenômeno parapsicológico. No entanto, muitos parapsicológicos ainda estão procurando as causas da insólita fenomenologia. Mais cedo ou mais tarde, dentro das universidades, teremos a resposta dos Espíritos, como diuturnamente nos é dada nos laboratórios naturais dessa ciência, que não são outros senão os diversos núcleos espíritas espalhados principalmente em terras brasileiras. Trata-se apenas de uma questão de tempo.
Em tudo isso nada existe de "sobrenatural" nem de misterioso. Todos esses fenômenos estão dentro da natureza, desde que se tenha uma concepção universalista do que seja natural. Sintamos que a Terra, ainda quando grande para nós, no concerto dos mundos, não passa de um insignificante grão de areia. Sem sairmos de nossa querida Via-Láctea: somente nela passeiam mais de cem bilhões de sóis. E, sem sairmos de nosso sistema solar: nosso gigante irmão, Júpiter, abrigaria em seu interior nada mais, nada menos que mil e duzentas Terras. Somente esses fatos astronômicos deixam muitos elementos de meditação. Teria Deus feito essa beleza universal simplesmente destinada à contemplação egoística do homem? Se assim fosse, onde estaria a sabedoria de Deus? Onde, a perfeição de Sua obra?
Em nosso tempo, um grande apóstolo da ciência sentenciou: "O materialismo perdeu o seu objeto, por falta de matéria". Albert Einstein assim concluía, certamente tangido cientificamente pelos estudos dedicados à Física. Energizou a matéria, emprestando-lhe categoria mais significativa, em dimensão maior. Retirou da matéria bruta lição de sabedoria, confundindo-a, ontologicamente, com outras formas universais que se perdem na poeira do cosmo. O ensinamento einsteiniano conduz-nos a muito pensar sobre a vaidade atual de vários estudiosos. A estes, muito se lhes assenta a advertência de Paulo: "Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos entendidos".
*Jurista e escritor / Garanhuns, PE - 2011.
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