segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Meu saudoso Garanhuns


Gonzaga de Garanhuns | Garanhuns, 2001

As saudades são demais,

Do meu tempo de outrora

Estas saudades são tantas

Que meu peito dói e chora

Saudades daquelas épocas

Que prá sempre foram embora.


Também das festas juninas

As saudades são demais.

Saudades das velhas fontes,

E dos verdes cafezais.

saudades dos velhos tempos

Estes, que não voltam mais.


Saudade das feira livres

De ponta a ponta estendida

Ao lembrar do velho trem

Minha alma fica sofrida,

E das festas natalinas

Quando eram na avenida.


Saudades das matinês

No jardim e Eldorado.

Também no Cinema Glória

Na avenida fixado.

Também do café Central

Só lembranças tem restado.


Saudades de Heliópolis

O meu Arraial querido.

Da Rua Oliveira Lima

Aonde lá fui crescido.

Saudade do Bom Pastor.

Que hoje está destruído.


Saudades dos casarões,

Que hoje não existem mais.

Saudades dos grandes bailes

Os bailes de carnavais.

E dos carnavais de rua

As saudades são demais


Também das semanas santa,

E da feira que havia,

No bairro da Boa Vista,

A feira prá lá subia,

Dobrando prá Dom José,

A feira dali descia.


Recordo os carros de boi,

De madrugada cantando,

E as velhas lotações

De Alfredo Leite rodando

Recordo a difusora

Notícias anunciando.


Que me dera novamente,

Este passado voltar.

Para eu sentir de perto

As coisa do meu lugar.

Do meu Garanhuns querido

O qual não deixo de amar.

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