Arte Livre foi também vanguarda na execução de MPB nos barzinhos porque até então, esses estabelecimentos só utilizavam músicas de seresta. Com a fidelidade desse estilo, veio também a formação de um público específico e sincero que acompanhou a Banda.
Em 1993 o Grupo deu um tempo sem tocar até antes do Festival de Inverno, momento que pôde marcar a volta do Arte Livre. Com esse recomeço, aconteceu a saída do primeiro baterista Mogeu e da vocalista Cema. Maurilinho também afastou-se e em seu lugar veio Mano. Carne nova no Grupo com a chegada de Paulo Rogério que trouxe a percussão. O principal fator que mantinha o grupo unido era a amizade e a mesma afinidade com a MPB. Possuíam uma flexibilidade para tocar desde mine bailes, recepções especiais e os barzinhos de sempre ao show convencional. E diga-se de passagem que essa experiência foi vivida em 1991 com a montagem do "Show Outra Face".
"Tocamos porque gostamos", afirmava Jonas Lira. "Não existe nenhum incentivo empresarial na cidade. Os cachês são pequenos embora frequentes. Quando pretendemos comprar alguns equipamentos dedicamos os cachê. O baixista Lula sempre categórico quando informava que o Grupo Arte Livre tinha tudo a ver com a cultura e o turismo em Garanhuns. "Os turistas procuravam na cidade as diversões noturnas, normalmente com música ao vivo. E lá estávamos nós, fazendo MPB.
Fotos: (1) - Grupo Arte Livre. (2) - Bar O Vagão.
Texto transcrito do Jornal O Monitor de 31 de dezembro de 1993.
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