terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

De Capacaça a Bom Conselho



João Marques* | Garanhuns

Celina Correia Ferro, escritora do livro histórico "De Capacaça a Bom Conselho" é uma intelectual que se revela nestes tempos difíceis da cultura. Ela surge contando a história de sua terra, para dar uma grande contribuição à memória de sua comunidade e oferecendo à curiosidade de uns e ao anseio de conhecimento de outros episódios interessantes da formação de uma cidade. Celina consegue, pelo seu notável talento, criar expectativas no  texto e tornar a leitura fácil e distrativa. A título de ilustração, é bom informar que esta nova revelação, a autora do livro, é parente do famoso escritor Graciliano Ramos. Por isso, achamos que ela fará outros livros, pelo seguimento ou tradição de escritor na família e, o que é mais importante, pela sensibilidade artística que já demonstra.

CELINA CORREIA

Celina Correia Ferro é professora em Bom Conselho e em Palmeira dos Índios, Alagoas. É cronista do Jornal Gazeta e Rádio Papacaça, de Bom Conselho. É idealista e tem grande habilidade em criar eventos artísticos.


O livro é um marco comemorativo do centenário de Bom Conselho, que se deu em 1992. Ela começa o livro, com as palavras "Quando o Brasil Colônia desenvolvia o "Ciclo do Couro" e acaba, referindo-se aos últimos administradores da cidade.

MANOEL DA CRUZ VILELA

Nesse espaço, onde está contida toda a história de Bom Conselho, a escritora inicia falando de Manoel da Cruz Vilela, o português que adquiriu a sesmaria que deu origem ao atual município, conta a história do primeiro nome de "Capacaça", narra, num dos capítulos mais significativos do livro, a fundação do Colégio de Bom Conselho, pelo frei Caetano de Messina, aí compreendemos e sentimos o que podemos chamar de o mais pitoresco da história de Bom Conselho, continua com os "coronéis", destacando o famoso Cel. José Abílio, e, como a boa cronista que é, passa a falar, finalmente, sobre os políticos, a vida social em todos os seus aspectos, dando-nos uma visão que retrata a cidade de Bom Conselho nos tempos mais recentes.

LUIZ CLÉRIO DUARTE

Para acabar esta pequena apresentação, valho-me de considerações feitas por Luiz Clério Duarte, nas orelhas do livro: "Ela traz ao final do século lições de colonização e de organização social de grande valia para a compreensão de nossos avanços e nossos infortúnios". Frei Caetano de Messina e seus  capuchinhos trouxeram para Bom Conselho as sementes de uma grande organização social". "Esses pontos têm que ser destacados a partir da leitura mais cuidadosa deste trabalho. Não tanto por representar um marco do Centenário, mais por ser uma lição que deve ser motivo de muita reflexão".

*Apresentação do Livro "De Capacaça a Bom Conselho", por ocasião de seu lançamento, em 7 de agosto de 1993 no Grêmio Cultural Ruber van der Linden.

*João Marques dos Santos, natural de Garanhuns, onde sempre residiu, é poeta, contista, cronista e compositor.  Teve diversas funções nas atividades culturais da cidade: foi Presidente da Academia de Letras de Garanhuns, durante 18 anos, Diretor de Cultura do Município e, atualmente, é presidente da Academia dos Amigos de Garanhuns - AMIGA. Compôs, letra e música, o Hino de Garanhuns. Mantém, desde 1995, o jornal de cultura O Século. Publicou quatro livros de poesia: Temas de Garanhuns, Partições do Silêncio, Messes do azul e Barro.

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