sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Canto, como todos cantam

João Marques

João Marques* | Garanhuns

O canto dos filhos é o meu canto da terra. E dos céus, entre estas colinas de brisas que  caem... como se as colinas descessem dos céus, enevoadas e leves. Brilhem as frontes, e a minha, para cantar como cantam os filhos e os que vieram também, para conquista da liberdade, com o brilho das frontes.

À elevação das colinas, o lema Ad Altiora Tendere inspirando os moços e os que se  irmanam entre todos. E das alturas os ares, onde tremula a bandeira serena e Simôa é lembrada, pelo começo da história.

A emoção do canto nesta crônica de palavras do poema acolhedor, da natureza e da terra. Salve Garanhuns! obra das mãos divinas... diz o canto que fulge esplendor. Pedaços do céu nas paisagens do alto das colinas e do planalto erguido das fontes. Água e clima, gente hospitaleira e sorriso.

Pela crônica, que escrevo da terra, não me falta o que dizer, com meu canto sem fim. O hino de Garanhuns é desta crônica que me agrada fazer, como respirar estes ares, cantando com a alma que sinto e que vai nas  brisas dos montes. "Florescente e garbosa Garanhuns" na palma da história. No coração de todos e no meu, porque aqui nasci como sendo uma árvore de vísceras e fincados os pés no chão. E do mais alto, um dia, levarei esta alma de Garanhuns, como quem guarda eternamente o húmus da terra. Fonte: Jornal O Século, Garanhuns - 2016).

*João Marques dos Santos, natural de Garanhuns, onde sempre residiu, é poeta, contista, cronista e compositor.  Teve diversas funções nas atividades culturais da cidade: foi Presidente da Academia de Letras de Garanhuns, durante 18 anos, Diretor de Cultura do Município e, atualmente, é presidente da Academia dos Amigos de Garanhuns - AMIGA. Compôs, letra e música, o Hino de Garanhuns. Mantém, desde 1995, o jornal de cultura O Século. Publicou quatro livros de poesia: Temas de Garanhuns, Partições do Silêncio, Messes do azul e Barro.

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