Lauro Cysneiros | Garanhuns, 02/04/1977
As águas que vão rolando,
As águas desse ribeiro
Que se despenhas fagueiro,
Cantando, sempre cantando,
Das montanhas colossais...
Essas águas cristalinas
Que se esgueiram peregrinas
E se enveredam, traquinas,
Pela fralda das colinas,
Elas vão... não voltam mais...
Com elas se me deparo,
Externando as suas mágoas,
Não sei por quê... mas, comparo
O destino dessas águas
Com o meu próprio destino...
Pobres águas erradias,
Quais ilusões fugidias,
Despertas em nostalgias,
Nas paragens arredias
Do viajar peregrino.
*Escritor e poeta.
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