José Hildeberto Martins | Garanhuns, 2006
Ah! Esses velhos desejos
guardados em segredo.
Eles me geraram um filho
e depois fizeram outras crianças,
netos e bisnetos.
Ah! sonhos, emaranhados espíritos,
buscas de sentido,
cujo dote nunca foi totalmente concebido.
Hoje, só preenchem os arquivos
de vontades superpostas,
imagens escravas, confinadas.
Talvez, belo dia,
fecundem louça fina pintada;
e, eu, ressurgirei pulsante, feliz,
do meu cotidiano jazente.
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