terça-feira, 22 de agosto de 2023

Arquivos


José Hildeberto Martins | Garanhuns, 2006

Ah! Esses velhos desejos

guardados em segredo.

Eles me geraram um filho

e depois fizeram outras crianças,

netos e bisnetos.

Ah! sonhos, emaranhados espíritos,

buscas de sentido,

cujo dote nunca foi totalmente concebido.

Hoje, só preenchem os arquivos

de vontades superpostas,

imagens escravas, confinadas.

Talvez, belo dia,

fecundem louça fina pintada;

e, eu, ressurgirei pulsante, feliz,

do meu cotidiano jazente.

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