sábado, 26 de agosto de 2023

Antônio Paulo

Alberto da Silva Rêgo*

Garanhuns | Esteve sempre na primeira linha do conceito bíblico: - Crescei e multiplicai-vos. Foram 15 rebentos, disputando com Costa Leite, Dario e outros da Rua do Recife e a todos vencendo. Era vizinho do genro Antônio Pereira. Uma casa grande, com 4 janelas de frente, entrada lateral, alpendrada e jardim. Comerciante de calçados e possuidor de um sítio, próximo à cidade, onde mantinha uma dúzia de vacas. No quintal residência, um estábulo destinado à ordenha das vacas em lactação. Era o leite para alimentar tão "pequena turma". Casado com Quitéria (Quiterinha na intimidade). Minha mãe a considerava uma irmã mais  velha, tal a amizade que as unia. Sucedia que quando ela dava à luz, mamãe ia ser ajudante e havia reciprocidade quando o "neném" era na nossa casa. Naqueles tempos, se usava, normalmente, pessoas qualificadas como "parteiras" e  Custódia era o nome da que dava assistência à minha mãe, tipo de mulata forte, tarimbada em cuidar de bebês. Chaleira com água a ferver, candeeiro aceso, quando era previsto parto noturno - a luz de então não merecia confiança, pois, usualmente, faltava. Não havia, em tais idos, anestesista, pediatra, sala de parto e toda a gama de remédios usados atualmente. E que preço?... Falência seria o termo mais adequado para  famílias tão numerosas.

Quando se passava pela rua do Recife e se sentia o  cheiro de "incenso", era ali, por perto. Miranda, Leite, Maia, Rêgo que estava botando mais uma criança para choramingar no mundo de Deus.

Da turma de Antônio Paulo só aparecia o Luís Paulo, para umas peladas, sorrateiramente. Os demais na labuta com  o "velho", sendo os pequerruchos no cós da mamãe. Vejamos o pessoal: Manoel Paulo (Né) casado com Maria José Rodrigues, comerciante, na faixa de bisavô. Diz ele que, quando menino (1914), assistiu ao casamento de meus pais. Era craque do Comércio Sport Clube. Em 1935, Presidente do Centro Proletário; Maria Luiza (Dila) desposada por Antônio Pereira; Antônio Paulo de Miranda Filho (Paulo Filho), consorciado com Dolli Melo Santos; José Paulo (Zezinho), comerciante em Barra Mansa, Rio de Janeiro, cuja consorte é Santa; Lindinalva, levada ao altar pelo comerciante Rafael Vieira de Melo; Angélica unida pelo matrimônio a Antonio Moraes, proprietário da Alfaiataria Moraes; João Paulo (Joca), cirurgião médico que exerceu a profissão, durante muitos anos, em Maceió, Alagoas, tendo por consorte Ivone Cabral; Alfredo, fazendeiro em  Minas Gerais, casado com Ivone; Luís Paulo de Miranda,  cirurgião dentista, ligado pelo matrimônio a Helena Melo, exercendo a profissão no Rio de Janeiro; Helena com o comerciante Antônio Moreira Guedes; Bernadete casada com o major Abdenago Araújo; Geraldina com o agrônomo Manoel Bezerra Vasconcelos; Maria das Dores (Dorinha) desposada por Manoel Siqueira Arcoverde; Maria do Carmo (Carminha) por José Fraga e o Caçula Geraldo casado com Tereza Lapa.

Em 1905, tem-se no Centro Proletário: vice tesoureiro - Tenente Antônio Paulo de Miranda e em 1906 integrante da Sociedade Mortuária. 

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