José Hildeberto Martins | Garanhuns, 2006
A música mexe com minhas ideias apócrifas,
me atrai a ouvir absorto
o compasso ternário da vida salvador.
Me levanta a planta dos pés,
amorosa e alegre valsando,
rica de nenhum sortilégio.
Ela delineia horizonte festivos,
o SONHO, a PAZ,
festival de imagens, sons,
sem nunca se separar.
A música atende sempre
transcendentalmente.
Suave no meu corpo, soa a harpa
do inspirado anjo da guarda.
A música me motiva e eu canto;
danço e ela dança comigo,
voando nas asas do vento.
Se choro por beleza, numa corda escravizado,
ela chora muito mais. Com a música
qualquer coisa extraordinária acontece,
o tempo fica perfumado
e surge a possibilidade de eterno.
Bach e Mozart dedilham notas musicais;
nas minhas cordas tocam os dedos de Deus,
e eu sou mais forte que qualquer infelicidade.
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