segunda-feira, 14 de agosto de 2023

A Mocidade em Garanhuns

Alberto da Silva Rêgo

Alberto da Silva Rêgo* (foto)

Dezoito anos, risonho, no meio do caminho,

Dizia-me um amigo, nesta idade, ficar?...

Desejo meu, melhor época do meu ninho,

Mamãe e papai, que dupla ótima - sempre a amar.


No colégio, Almira - professora amiga,

Na turma, um dedicado amigo - Chico,

Um folião para as peladas, quem? Diga,

O Alves, Valença, Fernando, Luís, Torres, o Eurico.


Era muita gente - vinte e oito. Feita a missão.

Poucos, seus oitentão, para contar a história,

Fernando no IMIC. Luís, diz - números, era o cão

Wamberto, escritor, na imprensa, boa memória.


Torres, em relembrar idos de um solteirão.

Colega Leite - gazear aula, primava.

O Valença foi cuidar de mimar Conceição...

Não esquecer o Amílcar, prefeito, alma lavada.


Histórias passadas, muitos "it" a relembrar,

Trinta e dois - Débora - Rainha estudantes,

Padre Callou - orelhas de rebeldes a puxar,

Também, saudoso Godoy - hinos vibrantes.


Professor Tenório, sabia ler e escrever,

Era dono dos números, na matemática,

Fiscal do Consumo, um dos primeiros, a ser,

Bem qualificado, nesta temática.


Senyr Jatahy Sampaio, matemática,

De cujas aulas, eu não, requeria estudar,

Não menos - Dr. Mário Matos - semântica

Ótimos transmissores da lição a ministrar.


No mundo da bola, uma turma do enredo:

Alberto, Ivaldo, Poleón, Lula, Luís Dourado,

Ribeiro, Zezito, Valença, Walfredo,

Siqueira e Pedro Ribeiro, Chico, o adorado.


Além do Chico, o Jorge Martins, pré-treinador

Do infantil, anos depois, no time, dos adultos.

Aos domingos, escondido do velho amador,

Era o hobby da mocidade, um reduto.


Escrever era desligar-se do cotidiano,

Gerente no "O Ginásio", jornal de estudante,

Idem no "O Alvorada", jornalzinho do ano,

Com  Falcão, Viana, Tenório. Ideal reinante.


No "Garanhuns Diário", a pequena parcela,

Mundo social, noticiário dos parabéns,

E assim levava a vida, friorenta e bela,

Cidade dos Unhanhús, onde deixei meus teréns.


Vinte oito de outubro, relembro, símbolo

De uma juventude patriota, inconteste,

Da Pátria Amada, um Brasil, ainda sem dolo,

Um dia, um presidente honesto, sem Collor.

Fortaleza, 02.04.1999.

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