Entendemos a palavra "mediunismo" criada por Emanuel para designar a mediunidade em sua expressão natural. Em sua manifestação espontânea para corresponder com precisão aos seus objetivos. O mestre de parapsicologia e ciências afins, Herculano Pires, adverte que o mediunismo são práticas empíricas da mediunidade. Dessa maneira temos as formas sucessivas do mediunismo primitivo, bíblico, oracular, só atingindo a mediunidade positiva com a assistência especial do Espiritismo. Somente com a doutrina dos Espíritos, a mediunidade se define como condição natural da espécie humana. Recebe a designação precisa de mediunidade e passa a ser considerada de maneira racional e científica. Convêm ressaltar a distinção entre fatos espirituais e doutrina. Esta distinção implica em se compreender o que o gênio de Kardec dizia, ao afirmar que o Espiritismo está presente em todas as fases da história da humanidade. Os fatos Espíritas e os fenômenos da mediunidade - são de todos os tempos.
A visão panorâmica sobre o que temos lido em matéria de Espiritismo como ciência, religião e filosofia nos proporciona estimulantes perspectivas em termos de identidade com o mundo da Espiritualidade Maior. Esses postulados, revelam que não se encontram duas faculdades iguais. Cada médium como instrumento humano é um caso e cada caso tem uma logística diferente. Daí a universidade da Doutrina Espírita. Os Espíritos amigos nos estimulam no sentido de que compete, a nós, a obrigação de defendermos a doutrina e os ensinamentos do Consolador.
Sobretudo, na vivência bendita dessas lições, através de nossas vidas e do nosso amor ao próximo. Todos nós temos os nossos problemas. Muitos são os que procuram os médiuns para resolvê-los. Não há de crermos, no entanto, que todo sofrimento suportado neste mundo doente, a existência de muitas faltas sejam irreversíveis. Muitas vezes são simples provas buscadas pelo Espírito, para concluir a sua depuração e ativar o seu progresso. Assim a expiação serve sempre de prova. Mas nem sempre a prova é uma expiação. Prova a expiação, todavia, são sempre sinais de relativa inferioridade, porquanto o que é perfeito não precisa ser provada. A mediunidade é também uma prova.
Por outro lado, não podendo Deus punir alguém pelo bem que fez. Nem pelo mal que não praticou. Se somos punidos, é que fizemos o mal. Se esse mal não o fizemos na presente vida, tê-lo-emos noutra. É uma alternativa a que ninguém pode fugir e em que a lógica decide de que parte se encontra a justiça de Deus.
*Advogado, jornalista e historiador | Garanhuns, 25 de Outubro de 1980.
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