segunda-feira, 31 de julho de 2023

Espada d'água

Marcílio Reinaux

Marcílio Reinaux*

Nos idos de mil

novecentos e quarenta,

juntaram-se em grupo, alguns

rapazes das famílias de Garanhuns

E formaram uma singular "irmandade".


"Espada D'água", se chamavam, 

Mas estudos não tinham,

E em toda festa andavam

Tomando uma caninha.


No trabalho responsáveis,

E nos estudos também (?)

E nas noites frias infindáveis

Tomavam uma, no "vai e vem".


Polion Gomes, Arnobio Pinto,

Ivan Leite e Osíres Pedrosa,

Tomavam umas e outras,

Estendendo-se até o Santa Rosa.


Jeronço, Waldemar de Chico Nêgo,

Mozart Souto e muitos outros mais,

Punham nas noites frias o desassossego,

Na zona do São Francisco em bacanais.


De serenata também andavam,

Aqui e acolá, iam cantando

E as mulheres da noite amavam,

E boa vida iam levando.


Hoje sisudos, probos cavalheiros,

Mas muitos deles já se foram.

Garanhuns | Novembro de 1979.

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