João Marques | Garanhuns
Tenho alma, sou alma
sei e me toco
à ciência maior
de poder guardar
o que sou
e me compreender
fora de mim
como tudo é real
assim fora de si
a própria vida
de onde primeiro nasce
vem sempre exterior
do que é mais exterior
da existência
e eu tenho um braço
estendido na expansão
do que é
e que tateia a felicidade
por o que alcanço
embaixo desse azul imenso
e além das estrelas
a grandiosidade eu sei
é esse despertamento
para a luz
que transpassa a sombra
e deslumbra o encanto de ver
e ser à vida que transcende
e poder tê-la na flor
no sorriso da criança
e nas manhãs de poesia
tê-la ainda
na inspiração do infinito
que começa em mim
imortal e criado
da unidade do amor.
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