terça-feira, 4 de junho de 2024

Apologia a um autor


Maviael Medeiros | Garanhuns, dezembro de 2013

Sempre concebi que escrever é arte pela qual o escritor se deixa abandonar, para permitir que a alma possa comandar as letras; que estas possam, igualmente, transportar os sonhos e a magia da pureza que o autor queira imprimir para a edificação do leitor. É a arte de conversar em silêncio, tendo em mãos a caneta e o papel, para expressar os sentimentos mais secretos. alegrias e frustrações que deu próprio EU possa ou não conceber.

Li recentemente o trabalho do Professor José Hildeberto Martins intitulado "A pedra do oratório". Uma narrativa interessante; bem sugestiva, que retrata sobre uma viagem empreendida, na década de setenta, entre os limites da Bahia com o Espírito Santo, através da BR-101, com destino à Guaratinga. Uma viagem revestida de tropeços, por vezes engraçados e bem naturais àqueles que invariavelmente aventuram-se percorrer certas regiões do nosso País.

A forma pela qual o autor conduz seus personagens é bem singela; essa singeleza é bem peculiar, onde o autor pode deixar transparecer a fluência vocabular, na construção e apresentação desses quadros; sua linguagem é simples, mas atrativa e, por que não dizer: convincente.

Hildeberto e, por assim dizer, um escritor que dispensa comentários, pois suas peças bem mostram seu poder intuitivo, capaz de convencer àqueles que possam sentir e avaliar o mérito, por vezes didáticos, que seus textos encerram. Como poeta, sabemos se tratar de um genuíno versejador, onde as palavras transcendem o que seu espírito possa insuflar no coração de seus apreciadores mais sensíveis. Portanto, a poesia nada mais é do que a força dos sentimentos mais sutis, aonde as palavras vão mais além do que podemos expressar à alma humana. Poesia é genuinamente; expressa o que o poeta pode sentir ver e ouvir.

O livro "A pedra do oratório" deve ser lido e meditado. É uma história simples, capaz de propiciar esse momento de paz e lazer.

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