sábado, 11 de maio de 2024

Professor Manoel Vieira

José Francisco de Souza

Dr. José Francisco de Souza*

Temos problemas de várias ordens e nem sempre destacamos o maior. O incremente da tirania, multiplica os conflitos individuais e coletivos. Certo é que, nunca estamos livres. Fatos de modalidades diferentes sempre nos confundem. Por mais que imaginemos não é possível dominar o voo das nossas intenções. Esse é um comportamento que sempre deixa muito a desejar.

Nesta vida, o certo, é que não há segurança. Toda segurança é um ilusão, contudo, não implica em buscarmos o oposto. Não devemos desejar, nem contribuir para que o desagradável nos aconteça. Isto é óbvio. Total ausência de um proposito orientador na vida não seria possibilidade de bom senso. Por falta de apercebimento, a cada momento estamos nos surpreendendo. Vivemos sempre ao lado dos que agredir é o verbo usado em todos os tempos.

Eles se cruzam por todos os recantos das ruas da nossa cidade das flores. Em dias do mês transato o nosso grande professor Manoel Vieira, foi vítima de um atropelamento por um ciclista que abusivamente pedalava pela calçada da nossa Rua 15 de Novembro, nas imediações, ou mesmo na padaria da mesma rua.

A vítima é um homem circunspecto e cauteloso. Movimenta-se com a prudência característica à sua idade provecta. Sempre foi dotado do profundo autoconhecimento em todos os momentos de suas atividades profissionais. Nem por isso conseguira evitar o ato criminoso do dirigente do veículo, que vertiginosamente desfilava imprudentemente pela calçada. Calçada não é pista de veículo. Esse abuso é costumeiramente repetido todos os dias. Vários acidentes dessa natureza se repetem. Isso acontece muitas vezes, à presença de guarda e sem que se tenha tomado as providências cabíveis em lei.

Entendemos que os responsáveis pela ordem e segurança de trânsito em Garanhuns, deve considerar mais à vida do ser humano. Proibindo que menores pedalando bicicleta pelas calçadas. Calçada não é pista de corrida. Geralmente as crianças sempre se deslocam de casa para rua às carreiras, momento em que serão fatalmente vitimadas pela irresponsabilidade dos outros. O regulamento de trânsito aqui na terra do Magano, se existe, parece que não funciona. Rigorosa fiscalização está a exigir, nesse sentido.

Calçadas não são destinadas ao tráfego de bicicletas. E sim às pessoas humanas, sem coação de qualquer gênero exercitam o sagrado direito de ir e vir. Com o atropelamento do nosso amigo jornalista da velha guarda, figura ímpar, Manoel Vieira dos Anjos inconfundível no magistério da nossa a sua encantadora cidade. Hoje é emérito professor muito estimado de seus inúmeros colegas.

Sugerimos que os ilustres e dignos representantes das forças políticas da nossa cidade centenária, estejam atentos no sentido de evitar, por intermédio dos representantes do trânsito em Garanhuns, constante atropelamentos que se tem verificado na movimentada Rua 15 de Novembro.

No caso do nosso querido professor Vieira, o nosso universo intelectual, pontilhado de lembranças de que o amor é inesgotável na fonte do coração. Vem se multiplicando dia-a-dia os eternos tesouros da humanidade. O mundo do autoconhecimento prepara melhor ordenamento dos dias presentes. Essa nova dimensão revela o amor naquilo que faz, para fazer outros felizes, a sua profissão, em qualquer parte, e circunstâncias, será sempre um rio de bênçãos. Essa sempre foi a linha mestra do nosso raciocínio sobre a conduta moral e cultural do nosso amigo de todas as horas.

* Este comentário foi feito antes do falecimento do inesquecível Manoel Vieira dos Anjos, ocorrido no dia 29 de junho de 1985.

(*Advogado, jornalista e historiador | Garanhuns, 06 de julho de 1985).

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