segunda-feira, 3 de junho de 2024

Lena

Garanhuns/Avenida Santo Antônio, década de 1940

Era o pseudônimo. Qual o seu verdadeiro nome? Em 1931, no Diário de Garanhuns era a cronista do mundo social, enfocando as senhorinhas da época, que gostavam de fofocas. "Bom Dia, Meninas" assim iniciava a sua conversa com Zezinha, Zuleide, Carlinda, Lourdes, Otávia, Graciete, Nazaré, Waldenice, Iale e outras, tratando, principalmente dos problemas femininos.

Numa entrevista com Zuleide e Débora, diz Lena que as citadas assim se expressaram: "A mulher moderna precisa mais de manejar bem uma metralhadora (previsão para a mulher israelense) do que saber preparar um cozinhado ou mingau para menino".

Na seara masculina, ela está sempre olhando para alguns solteirões, bons de casamento, doutores e bem sorteados na vida, possuidores de patrimônio que desse para sustentar uma família. Os Leais já estavam fora de cogitações, pois, já maduros, corriam das balzaqueanas. Vejamos o que diz, historiando uma partida de tênis: "Entre os rapazes, apenas o Hibernon, o Reinaldo e o Antero são regulares, conhecedores do elegante esporte. Mas, há uma turma também digna de nota, pelo seu esforço, pois estão pisando o "curt", pela primeira vez. O dr. Lessa, Limeira Tejo, dr. Eurico, e Sadi, constituem os elementos novos. Que rapazes esforçados. Avaliem as minhas amiguinhas que, mal eles pegaram nas "raquetes", organizaram logo um campeonato de "funduras". Ganhou este campeonato o Sadi. Quem se revelou um profundo técnico do esplêndido esporte foi o Dorval Santos. É verdade que ele não sabe pegar numa raquete, mas saber regra é ali".

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