Dr. José Francisco de Souza*
Não é somente a faculdade do entender. Difere de tudo que se diz sobre o comportamento das pessoas. A psicologia nos indica que certas criaturas opinam à revelia. A sua própria vontade não determina os efeitos lógicos de suas afirmações. Daí, as decepções que provocam contrariedades e descontentamento. Nestas circunstâncias, o procedimento de cada um de nós, não é compatível às coisas importantes que desejamos em todos os segmentos das nossas atividades.
Nas atribuições de ordem política o que se pretende é tornar-se capaz de ocupar um cargo eletivo, onde a opinião do povo revela-se simplesmente por mera escolha. Que, muitas vezes, não seria resultado de uma volição de vontade racional. Essa atitude de gestos emocionais se caracteriza pela ação dubitativa. Entendimento, ou melhor entender, não é apenas apanhar intelectualmente um pensamento transmitido por palavras e obras. É preciso identidade de ideias positivas.
MUTAÇÃO FUNDAMENTAL
É sobretudo, apercebimento exato no momento da ação. A estrutura do pensamento criador, é necessário. A consequência é o conteúdo do plano mental em execução. Essa temática é muito importante. Específica modalidade dos que recebem e transmitem explicações. Para se objetivar esse conceito psicológico implica em experiência e vigília do universo intelectual do homem de letras. Deve haver um estado de mutação fundamental, que não é um meio de fuga. É um ordenamento em que se conjugam os elementos vitais do ser humano.
O homem público não está impossibilitado de compreender. De alcançar o espírito das coisas no sentido do bem comum. De mudar constantemente de opinião transformando a sua mente em fonte perene de renovação. Quem tem ideia fixa, é estático no meio da dinâmica. O momento que passa se eterniza no silêncio do presente. Isso quer dizer um pouco do verdadeiro valor das unidades. Ser ignorante é atribuir ao ser vantagens com valores falsos.
COMPREENSÃO
A própria natureza da estupidez é a falta de compreensão dos verdadeiros valores. Os valores são justos porque são livres. Não são ajustados por contingências transitórias de um passado morto. Ninguém pode subestimar o valor das evidências. As ideias sempre geram conflitos, algo a se desejar sempre se espera. O fato não. É uma realidade plena e acabada. Não pode ser adiada. Negar a realidade é um atentado em busca de uma ilusão. Só os iludidos se decepcionam.
Um homem de negócios, quando está em via de ganhar muito dinheiro, o que não impede de ser cruel e fechar às dobras de qualquer sentimento, está absorvido em seus desígnios. Essa absorção mental determina um comportamento cruel e desumano.
Os que assim procedem só aprenderam o verbo explorar em todos os tempos e modos. Não se apercebem que os outros são pessoas humanas e dignas de respeito e acatamento porque possuem as mesmas possibilidades morais de herdeiros no plano da espiritualidade maior. A divisão nesse sentido existe nos corações vazios de amor ao próximo, imagem e semelhança do Criador.
A compreensão é logicamente agora e não amanhã. Hoje é o dia de se tomar decisões dignas e honestas. O adiamento prolonga o real e a realidade não se transfere. Ela é honesta e completa em si mesma. Não agrada e nem ofende, é sempre justa. Teremos de viver apercebidos em todos os segmentos da existência. Só assim poderemos vender o complexo de ser agradável por palavras, quando os atos afirmar ao contrário. Convencionalismo soberbamente negativo.
Se durante este texto foi escrito alguma coisa oposta é maneira de pensar e de agir dos que gostam das coisas em outro lugar da mente humana, não pensem que houve qualquer alusão no sentido de contrariar quem quer que seja. Apenas se consubstanciou o princípio das mais amplas liberdades democráticas. Apenas, exercitamos o direito de auto afirmação que é algo importante do entendimento.
As pessoas que não alcançam o lugar do entendimento, que se cuidem. Não procurem se ocultar em paisagem sombria, porque a penumbra não suporta o mais leve raio de sol. O sol fecunda a terra e aquece a alma do mundo. (*Advogado, jornalista, cronista e historiador | Garanhuns, 21 de novembro de 1987).
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