quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Irmã Cipriana


Dr. José Francisco de Souza*

A faixa vibratória de suas atividades espirituais, era pontilhada de harmonia. A vida tinha nova dimensão. Sua presença era perfilada pelos reflexos de amor e bondade. As trevas de baixo teor vibratório confundiam irmãos em prova. CIPRIANA, a portadora do DIVINO AMOR FRATERNAL, mantinha a sua auréola luminosa. Era o resultado da purificação de sua personalidade. Recebera muitas graças reencarnatórias. Sentia o reflexo dos que seriam as consequências de vida irregular. O orgulho e a vingança são sentimentos inferiores. É mais do que a morte do corpo - é o salário do pecado que exige o resgate do último ceitil. Infelizmente o orgulho, a cobiça pelo domínio das coisas efêmeras da vida material, ainda pontifica em muitos recantos da CROSTA PLANETÁRIA.

ESPÍRITO ENCARNADO

Ela personifica a verdade de que o amor é o sol divino a irradiar-se através de todas magnificências da alma. Em vão se erguem castelos de opinião para o verbalismo sem obras porque, se a morte surpreende o materialismo revel discortinando-lhe o realismo da vida, o túmulo abre também o tribunal da retilínea justiça. Mesmo aos que se valeram das religiões para melhor dissimular a  indiferença que lhes pavoa o mundo íntimo. A fé racional não está consagrada ao menor esforço que a descrença manipula. Só o trabalho dignifica o homem no exercício de sua missão porque o conduz pelos caminhos da libertação. Pobre não é quem nada possue e sim quem não trabalha. Só com o sacrifício e abnegação se alcança elevado índice de  progresso moral. Esse estado de Espírito é conquista dos que não repetem, por muito tempo, e muitas vezes, os mesmos caminhos de volta. O grupo humano espiritualizado tem os seus propósitos. Esquema de alta finalidade de princípios é contexto de temática fundamental. No campo intelectual a pesquisa científica, a alta indagação filosófica, o  entendimento através da percepção, é o ornamento da beleza moral do Espírito encarnado. Cada disciplina tem o seu conteúdo próprio. É preciso apercebimento e vigilância no momento de sua execução.

Esse discernimento não se extingue nunca, permanece como patrimônio do Espírito em outra dimensão de vida. Existem, apenas modificações de ordem técnica, para o bom empreendimento do ser desencarnado. Nesse sentido existe o Evangelho como código de ética, perfeito no que tange a reforma moral do homem, aqui na terra.

ÓDIO, VINGANÇA E PERSEGUIÇÃO

Dessa reforma depende a posição de cada um de nós como inquilino da casa do pai celestial, onde existem muitas moradas. Tudo depende do comportamento e da dignidade das atividades do nosso universo moral e espiritual. Aqui, neste mundo de ódio, de vingança, de perseguição de uns aos outros, tudo é efêmero. Tudo age sob o domínio do transitório porque na vida material não há segurança.

A busca de segurança é a maneira de iludir-se a si mesmo. Mesmo assim a resistência da luta pela vida, nos faz perceber que a existência terrestre é abençoado colégio de iluminação renovadora. O sendo de responsabilidade é também santificado quando a inteligência alcança novas dimensões em níveis mais elevados. A preparação do Espírito ilumina invariavelmente, possuído destarte, sublime claridade do nosso universo interior para a jornada humana alcançar a paz tão desejada. Só os mensageiros do amor pode conduzir o ser humano pelos caminhos iluminados pela GRAÇA DE DEUS.

A prece na sua simplicidade possui a força discreta para transformar espíritos tragados pela descrença. Seu poder inefável as palavras não transmitem.  A convicção, porém, existe como capacidade de transmitir e convencer pela graça. "A prece que por alguns minutos se encontrou, saturava-se de sublime poder, porquanto em breve suave luz descia do alto sobre a fronte venerável da entidade espiritual. Gradativamente invisíveis, envolvendo-se transfiguram-na".

Diz André Luiz: "tive a impressão de que a sua organização perispiritual absorvia a claridade maravilhosa, representando-se lhe no ser. Escoados alguns momentos, circundava-a refulgente halo, cuja santidade senti dever respeitar". (No Mundo Maior). (*Advogado, jornalista, cronista e historiador | Garanhuns, 14 de agosto de 1982). 

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