Dr. José Francisco de Souza*
Não dispomos suficiente de elementos vitais capazes de superar os esforços gastos. Energias desprendidas limitam as nossas possibilidades de ordem psicológica. O conteúdo da mente moderna pode se esvaziar antes de adquirir nova capacidade de renovação. Não há especialização permissível à vida. O passado e a constituição das coisas que jazem ocultas no inconsciente. Motivos que não temos consciência ficam gravadas como legados de nossos ancestrais. Esse estado desafia até os séculos.
O SILÊNCIO É CONCENTRAÇÃO DE FORÇAS
Isto tem sempre haver com a maneira de representar as coisas que nos cercam. Voltadas pelas forças dos acontecimentos, não percebemos integralmente. A nossa mente condicionada resiste contra o nosso crescimento interior. É a compulsão dos desejos. Esse crescimento proporciona meios para o entendimento. Apercebidos ficamos atentos e vigilantes em todas as nossas ações. As nossas atividades se cruzam pontilhadas de luz. O nosso universo interior fica rico de encantadora beleza humana. Assim entendemos a necessidade de guardar um pouco de silêncio para que o nosso irmão possa falar mais alto. O silêncio é concentração de forças vivas que se conjugam, despertando o poder maravilhoso do recolhimento íntimo.
PENSAMENTO POSITIVO
Renascença que desponta em plenitude. Desabrochar de essência que só o processo de renovação é mais vertical e profundo, onde a grandeza do mistério oculta a maneira de sentir e pensar integralmente. Nesse estado as palavras não traduzem a beleza do ciciar da brisa. Tudo isso deve ser perfilado sem preconceitos como força decisiva do império dominante. O que se transmite assim pela palavra escrita é entendido pelas pessoas simples e profundamente generosas. Parcela humana do mundo de cada criatura. O alcance dessas coisas é um dos requisitos do pensamento positivo. Onde a mente receptora e criativa transcala perfumes como se fosse um jardim florido. Se amarmos uns aos outros com toda a força do entendimento, nosso universo mental, será mais criativo como revelação perene da vida em plenitude de AMOR.
Não haverá mais compulsão. Tudo se manifestará livremente. O homem será mais criativamente humano pelo processo de nova dimensão da vida.
Silêncio e recolhimento profundo, onde a linguagem das coisas mudas transmite a essência da vida em plenitude. No âmago do nosso SER o processo de investigação mais completo pela sua intensidade. A consciência passa a ditar os seus ensinamentos puros e cristalinos. É o lado bom que existe no mundo de todo ser humano. Isto representa o desenvolvimento da capacidade de aceitar as coisas como determina a sua natureza. O exagero reforma tudo que pode ser putrificado pela virtude humana.
Esse estado de apercebimento é natural, espontâneo. Não se aprende em livros e nem depende de algo do pensamento negativo. O importante para o êxito desta tarefa é saber escutar. Escutar é coisa difícil. Em geral nunca prestamos ouvidos senão à voz do nosso pensar, de modo que a realidade não é comunicada integralmente. Assim muitos esforços são gastos e a nossa libertação torna-se mais distante. (*Advogado, jornalista, cronista e historiador | Garanhuns, 29 de outubro de 1983).
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