Gumercindo de Abreu*
Meu velho amor que é todo sentimento,
Continuará de ti sempre velado
Sem revelar-te nunca o seu tormento,
Velando sempre o seu maior cuidado.
Meu velho amor, crisântemo nevado,
Sob a volúpia cálida do vento,
É uma legenda heroica do passado,
Que viveu sempre à flor do pensamento.
Na vetusta de ser austero,
Sem galanteios como os há no mundo,
Meu amor é solene e é sincero.
À proporção que me enfraquece a idade,
Cada dia que passa é mais profundo
Nos crepúsculos de ouro da saudade!
Garanhuns, 01 de maio de 1933.
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