José Hildeberto Martins | Garanhuns, 2006
Um bebê sugava, no colo,
o peito abundante e duro,
seu frugal consolo.
Não mãe desprendida e santa,
o inefável pendor
da relação conjugada.
Cena semelhante, já vi dezenas,
resguardadas contra a indecência
e a obscenidade
Com a poesia é assim também.
Não é menos belo
o êxtase do choro e da fome,
quando a musa despe o seio
para o poeta ainda sem nome.
Nenhum comentário:
Postar um comentário