Saudade! Brejo das Flores
Quilombo, Várzea, Jardim
Magano dos meus amores,
de olhar fito sempre em mim!
Saudade! Minha alma em pranto
as dores que, em vão, chorei,
és a alma triste do canto
que na infância soletrei.
Mundaú, belo e florido
Cego, Araçá, Taquari,
Gruta d'água onde o gemido
triste ouvi do juriti.
Saudade, minha saudade...
Oh! Não me abandones, não!
encenas a imensidade
do meu pobre coração!
Os meus passeios à tarde
pelos sítios, pelo mato,
nessa hora em que o sol não arde,
e doce canta o regato.
Saudade, por que me deixas
sozinho, a chorar em vão?
Sê testemunha das queixas
do meu pobre coração!
Saudade todo esse belo
idolatrado rincão
Saudade, Pau Amarelo!
saudade, meu coração!
Foto: Edifício do Palácio Celso Galvão (Prefeitura de Garanhuns), feito a bico de pena por Marcílio Reinaux.
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