Memórias de Garanhuns

Jornal O Monitor | Garanhuns, 29 de julho de 1978

No acervo  de acontecimentos que contribuirão, certamente, para a grandeza histórica de  Garanhuns, que se prepara a comemoração de maioridade jurídica, é oportuno salientar que esse município, entre as centenas de milhares de  congêneres que ornam a geografia nacional atingiu o estrelado nas exposições Nacional de 1909 e Internacional de Bruxelas.

Garanhuns reconhecido justificadamente como o município líder do Agreste Meridional, não obstante o colapso comercial sofrido com a interdição do ramal ferroviário, que o punha em comunicação  com quatro metrópoles nordestinas, permaneceu supremo na balança comercial da região. Vale realçar que em toda a orla da zona cafeeira do nordeste, era produtor de cafés finos. Nisso ainda era acompanhado no comércio algodoeiro, com especialidade.

Em 1915, quando uma inclemente estiagem fustigou a região sertaneja, Garanhuns foi cognominada o Pronto Socorro dos flagelados.

A foto que ilustra está matéria é uma demonstração da pujança musical do Garanhuns do passado, que possuía, na época a notável filarmônica "Novo Século", entre cujos figurantes notavam-se o historiador Alfredo Leite Cavalcanti, os irmãos José e Francisco Ribeiro e Silva (Xixi), os três irmãos Antonio, Júlio e João Lucas, irmãos do Jornalista Manoel Maia Lucas, sendo o pai da religiosa Irmã Mansuêta (RCJ), e da Professora Maria das Dôres Lucas.

A filarmônica em foco fôra organizada, em virtude de uma dissidência da "Banda Musical Independente".