quarta-feira, 2 de agosto de 2023

A família Mochileira


Alfredo Leite Cavalcanti*

Investigamos, em 1950, os arquivos existentes em Garanhuns, com a pretensão de compor um trabalho genealógico relativo à principal família garanhuense chamada "MOCHILEIRA", porém, enquanto assim procedíamos nos deparamos com documentos discordantes que alguns historiadores escreveram sobre a história local, o que motivou a suspendermos a pretensão de nos afoitar e compor esta História de Garanhuns.

Das nossas investigações suspensas concluímos que a referida família se formou com o entrelaçamento entre as proles de quatro patriarcas que nomearemos, e as de outros cidadãos que aqui se radicaram.

Foram os quatro patriarcas: O português Manoel da Cruz Vilela, que já vivendo aqui em 1703, anos depois se casou com dona Maria Pereira Gonçalves; Manoel Ferreira de Azevedo, aqui chegado em 1707, já casado com dona Simôa Gomes; Micael de Amorim Souto, casado com dona Maria Paes Cabral, aqui residente em 1708; e o português Antonio Vaz da Costa, casado com dona Luiza Dantas Soares, aqui já residentes em 1716, ele filho do casal português Antonio Luiz da Costa e Luiza Vaz da Costa.

A denominação "Mochileira" dada à principal família garanhuense desde o começo da sua formação, provém do fato de haver o Capitão Micael de Amorim Souto, em sociedade com o Capitão Pedro Rodrigues de Pontes, em 6 de outubro de 1717, ter comprado a Lopo Gomes de Abreu, o Sítio Saco. Após a divisão do sítio, uma parte ficou chamada de Saco  e a outra Mochila.

A seguir, vamos registrar árvores genealógicas de alguns dos nosso amigos, membros da família "Mochileira".

ANTONIO VAZ DA COSTA E LUIZA DANTAS SOARES

Do casal do Patriarca Antonio Vaz da Costa e Luiza Dantas Soares, falecidos, ele  em 2 de novembro de 1754, e ela em 4 de junho de 1776, houve os nove seguintes filhos: Matias da Costa Soares, casado com dona Florência Maria Ribeiro, Frutuoso Dantas da Costa e dona Lourença da Costa Soares, ele casado com dona Ana Maria da Paz e ela com José de Barros Correia, ambos naturais de Muribeca, neste Estado, e filhos do casal Domingos Nunes Correia e Maria da Paz; Joaquim Antonio da Costa, casado com dona Maria de Andrade, Félix da Costa Soares, casado com dona Leonarda Gomes dos Santos, dona Cipriana Dantas da Costa, casada com Antonio Anselmo da Cruz Vilela, filho do casal Patriarca Manoel da Cruz Vilela e Maria Pereira Gonçalves, dona Maria da Costa Soares, casada com Veríssimo Caetano de Amorim, filho do casal Teotônio Vieira de Amorim e Maria Nogueira e dona Inácia Quitéria Xavier, casada com Joaquim Ferreira de Sá.

Do casal Joaquim Antonio da Costa e Maria de Andrade, conseguimos identificar os quatro seguintes filhos: Atanásio Vaz da Costa, casou em 20 de novembro de 1783, com dona Inácia Tereza do Rosário, filha do casal Jerônimo Cabral de Melo e Eugênia Maria de Jesus, Antonio Vaz da Costa Andrade, casou a primeira vez em 18 de novembro de 1784, com a sua prima dona Inácia Maria da Silva, filha do casal Antonio de Carvalho da Silva e Maria Paula Correia, e neta materna do casal da sua tia dona Lourença da Costa Soares e José de Barros Correia, e segunda vez casou com dona Inácia Maria de Araújo, filha do casal Francisco Xavier de Araújo e Úrsula Maria das Virgens, por ela também neta do casal da sua referida tia, e por ele neta do casal Manoel Dias da Silva e Maria do Rosário Cabral, por esta, bisneta do casal Patriarca Micael de Amorim Souto e Maria Paes Cabral; Lino José Pereira, casou, em 8 de novembro de 1785, com dona Rita Jerônima, filha do casal José Teixeira Lisboa e Tercina Pires, e dona Quitéria Antonia de Andrade, casada com Francisco Pinto Teixeira, filha do casal do português Manoel Pinto Teixeira e Francisca Xavier da Cruz Vilela, neto materno do casal do Patriarca Manoel da Cruz Vilela e Maria Pereira Gonçalves. Identificamos mais um filho, Luís João da Costa, casado em 9 de janeiro de 1782, com dona Maria Bernarda, filha do casal Lourenço Martins e Francisca Correia.

Houve do primeiro matrimônio de Antonio Vaz da Costa e Inácia Maria da Silva, os quatro filhos seguintes: João Fidélis de Andrade, casou, em 29 de janeiro de 1818, com dona Luiza Francisca de Barros, filha do casal José de Barros Silva e Ana Lourença, neta paterna do casal Francisco Xavier de Araújo e Úrsula Maria das Virgens e materna do casal Antonio José da Silva e Joana Maria de Melo, e por esta bisneta do casal José Gomes Botelho e Vicência Ferreira de Melo, Fidélis da Costa Andrade, casado com dona Teresa de Jesus Leocádia, dona Maria de Andrade, casada com Antonio Joaquim de Araújo, filho do casal Francisco Xavier de Araújo e Úrsula Maria das Virgens e dona Úrsula, casada com Manoel Feijó de Albuquerque. E do segundo matrimônio de Antonio Vaz da Costa Andrade e Inácia Maria de Araujo, houve os oito seguintes filhos: Florentino Cipriano da Costa, casado com dona Euzébia Francisco de Araújo, filha do casal Francisco Xavier de Araujo e Leandra Maria de Veras, neta paterna do casal Francisco Xavier de Araújo e Úrsula Maria das Virgens, Joaquim Antonio da Costa, casado com dona Rosa Xavier da Costa, filha  do casal Francisco Félix da Costa e Ana Floripes da Paixão, neta paterna de Veríssimo da Costa Soares e Rosa Maria Antunes, por ele, bisneto do casal Matias da Costa Soares e Florência Maria Ribeiro e por ela bisneta do casal Francisco Antunes e Àngela Maria Camelo, Antonio Vaz da Costa e Francisco Vaz da Costa, respectivamente, casado com dona Luiza Lourenço de Melo, e dona Antonia Lourenço de Melo, filhas do casal João Lourenço de Melo e Ana do Rosário Dantas, neta paterna do casal Manoel Velho Pereira e Justina Ferreira de Sá e por esta, bisneta do casal Joaquim Ferreira de Sá e Inácia Quitéria Xavier, José da Costa Araujo, Custódio Vaz da Costa, dona Maria Marcolina de Andrade, casada com Manoel Joaquim Corumba de Melo, e dona Ana.

Um dos filhos do casal Joaquim Antonio da Costa e Rosa Xavier da Costa, foi João Batista da Costa, casado, primeira vez, com dona Tercisa Paes de Lira, e segunda vez com dona Águeda de Benevides Maciel, em 9 de junho de 1882, filha do casal Bernardo Ferreira Maciel e Ana  de Benevides Maciel. A sua primeira esposa, dona Teresa Paes de Lira, era filha do casal João Carlos da Silva e Rita Paes de Lira, neta paterna do casal Vicente Elias da Silva e Joana Bernarda da Silva, por ele, bisneto de Micael de Amorim Souto e dona Clara Maria da Conceição, e por ela, do casal Manoel da Silva Gueiros e Joana Bernarda da Rocha Bezerril, por esta, trineta do casal português da Ilha da Madeira, Antonio Machado e Bárbara Inácia, e por ambos seus bisavós, trineta do casal Manoel Dias da Silva e Maria do Rosário Cabral. Por sua mãe, era dona Teresa Paes de Lira, neta do casal José Paes de Lira, e Francisca Pereira do Nascimento, por ele bisneta do casal Manoel da Silva Gueiros e Joana Bernarda da Rocha Bezarril, e por ela, bisneta do casal João Pereira do Nascimento e Antonia Maria Barreto Rego, por ele, trineta do casal João Pereira do Nascimento e Maria da Conceição, e por ela trineta do casal, Renovato Barreto do Rêgo e Ângela de Souza de Abreu, naturais de Itabaiana, Sergipe.

Do primeiro consórcio de João Batista da Costa e Teresa Paes de Lira, houve sete filhos, uma dos quais foi Antonio Vaz da Costa que, em 2 de fevereiro de 1901, se casou com dona Úrsula Olímpia de Barros, filha do casal José  de Barros Silva e Vicência Ferreira de Araújo, neta paterna de José de Barros Silva e Úrsula Maria das Virgens, por ele, bisneta do casal José de Barros Silva e Ana Lourença e por ela, bisneta do casal Inácio Dias da Silva e Izabel Ferreira de Araújo, por ele, trineta do casal Manoel da Silva Gueiros e Joana Bernarda da Rocha Bezerril e por ela, trineta do casal Francisco Xavier de Araújo e Úrsula Maria das Virgens, e neta materna do casal João José da Araújo e Izidória Ferreira de Barros Silva, por ele bisneta do casal Inácio Dias da Silva e Izabel Ferreira de Araújo, por ele, bisneta do casal José de Barros Silva e Ana Lourença.

Entre os sete filhos do casal Antonio Vaz da Costa e Úrsula Olímpia de Barros foi, José Vaz da Costa, casado com dona Maria Santina da Costa, e deste casal, entre os filhos havidos, é o nosso amigo Antonio Vaz da Costa, casado com dona Maria Auxiliadora de Santa Costa.

Fonte: História de Garanhuns - Alfredo Leite Cavalcanti - Volume II - Garanhuns, Fevereiro de 1973

Foto: Rubens Vaz da Costa, Ivanildo Souto da Cunha, Mons. Adelmar da Mota Valença e Antonio Vaz da Costa

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