"Rábula", ensina o mestre Aurélio Buarque de Holanda, no seu "Novo Dicionário Aurélio" é o indivíduo que advoga sem possuir diploma, (do latim Rábula), também advogado de limitadas cultura e chicaneiro; leguleio, pegas. Indivíduo que fala muito, mas não conclui nem prova nada.
De todas estas definições, a que mais nos parece atingir os personagens deste capítulo, é aquela que se refere "ao fato de advogar sem possuir diploma, e usar de chicana para tingir os objetivos". Queremos nos referir às figuras de Henoque e Gumercindo de Abreu.
O primeiro era sobretudo dedicado às lides criminais e sendo bom orador, costumava sempre ocupar a tribuna de defesa, nas sessões do Tribunal do Júri de Garanhuns, quando Juízes o Dr. Ernesto Vieira Santos e Jonathas Costa.
Já Gumercindo de Abreu aliava a figura também de "rábula" à condição de poeta primoroso e também jornalista.
Encontro no "Álbum de Garanhuns", edição de 1922/1923, entre os que faziam "O Imparcial", hebdomadário independente, noticiosos, dedicado às artes e letras (segundo o seu próprio anúncio) o retrato de Gumercindo de Abreu, integrando os seus redatores ao lado de Everardo Coelho e Francisco Dantas, sendo este último Gerente do Jornal.
Henoque Nogueira era, ao seu tempo, a figura do perfeito criminalista, sendo bastante inteligente e arguto nas suas defesas, podendo competir com os melhores de sua época. (Fonte: Alfredo Vieira | Garanhuns do Meu Tempo | Ano 1981).
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