D. Moura faleceu em São Paulo em 13 de julho de 1928 e foi sepultado na catedral de Garanhuns no dia 02.08.1928.
O historiador Alfredo Vieira nos informa que a ação apostólica desenvolvida por Dom Moura se constituiu num efetivo trabalho ecumênico em que se colocava ao lado das demais igrejas cristãs quando na defesa intransigente dos princípios e direitos humanos.
O Bispo preocupava-se com a situação das populações marginalizadas de sua diocese, e com a educação de menores e de adultos. Por esse motivo, transferiu-se do palacete episcopal para as dependências do Ginásio de Garanhuns (atual Colégio Diocesano), para sentir de perto os problemas de seus alunos e professores.
O historiador afirma ainda desconhecer qualquer atrito que tivesse ocorrido no episcopado de D. Moura entre seus padres e pastores protestantes, salvo "as práticas" um tanto forte, que às vezes ocorriam ao tempo das missões a cargo dos frades capuchinhos, nos arrabaldes e distritos de Garanhuns.
Quando do falecimento de D. Moura, ao chegar a Garanhuns, altas horas da noite, o seu corpo trasladado em trem especial, na estação da Great Western, estava presente uma comissão de protestantes, à frente os Reverendos William M. Thompson, George William Taylor e Antonio Gueiros, além de outros integrantes da Igreja Presbiteriana de Garanhuns.
Os evangélicos tomaram parte nas homenagens prestadas ao Bispo, inclusive acompanhando o féretro pelas ruas de Garanhuns. A presença dos evangélicos nas exéquias do 1º Bispo é um acontecimento marcante, numa época em que a minoria protestantes era perseguida por setores da Igreja Católica.
Criou as Paróquias: São Sebastião da Boa Vista, em Garanhuns (1922) e Nossa Senhora da Conceição de Jurema (1923).
Foto: Dom João Tavares de Moura.
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