terça-feira, 15 de agosto de 2023

Pontos inesquecíveis de Garanhuns

Garanhuns - Av. Santo Antônio na década de 1960 - Na imagem podemos ver  as Lojas Paulistas ao fundo, a marquise,  o anfiteatro,  o ponto de lotações que eram ônibus antigos, além do bonito prédio da Igreja Presbiteriana. Ao fundo o campo de futebol do Santos. Créditos da foto: Clovis de Barros Filho

Clovis de Barros Filho*

São Paulo (SP) - Quem não tem ou teve seus pontos preferidos pra almoçar, jantar ou tomar aquele lanche? Eu tinha os meus na Suíça Pernambucana nos anos 60. Era muito jovem e apesar ter de tudo na casa das minhas tias que me criaram por um tempo, muitas vezes preferia beliscar um lanche e não raro uma sopa fora de casa. Acho que essas casas que vou citar já não existem mais, porém em lembrando delas presto-lhes as minhas homenagens. De cara, não dispensava uns bolinhos de queijo à tarde na padaria Iris eram uma delícia e acompanhado de uma vitamina (maltado) batido na hora, melhor ainda. Havia uma pequena galeria atrás do antigo Banco do Povo próxima a Feira do Fumo o qual tinha uma pequena lanchonete de um rapaz que chegara de São Paulo, chamada de Ton Ton Macoute o forte dele era o espetacular cachorro quente no pão de leite, com uma bela salsicha e generoso molho de pimentão, tomate e cebola. Eu comia dois, acompanhado de um geladíssimo refresco de maracujá. O churrasquinho não poderia faltar. Tinha um japonês ali na marquise próximo da Banca de Gibis de Washington que fazia um churrasco excelente no pão, imperdível, às vezes antes e ir à noite pra casa passava lá e comia um. A sopa era quase uma rotina. Todas as terças-feiras íamos eu e mais uns amigos ao Restaurante Sayonara onde tomávamos a famosa sopa de carne apimentada. O Sayonara ficava vizinho à padaria Royal na Rua do Cajueiro. O sarapatel com fava verde tradicional prato nosso, de Pernambuco era outra pedida infalível todas às sextas-feiras servido só à noite numa barraquinha de feira que armavam também na Rua do Cajueiro para a feira do sábado. Quando queria comer algo mais completo e "chique" ia algumas vezes ao Restaurante Pilão de Ouro cujo proprietário era se não me engano, Tati. Em se tratando de lanche rápido e barato, não dispensava o delicioso caldo de cana com pão doce que ficava atrás do prédio do Cine Jardim. Eu não frequentava muito os bairros incluindo Heliópolis, exceto quando ia jogar na AGA. Eu era um cara que gostava do centro da cidade e dos arredores era lá que tinham as melhores opções e o lugar onde tudo rolava e acontecia. Devo ter esquecido mais alguns pontos históricos mais esses que citei marcaram a minha vida de adolescente para sempre na querida Garanhuns.

*Clovis de Barros filho nasceu na Serra da Prata (Iatecá), - PE. Estudou no Colégio Diocesano de Garanhuns do Admissão ao Científico onde concluiu em 1968. Reside em São Paulo desde 1970. É Licenciado e Bacharel em Química Industrial pela Universidade de Guarulhos e Químico Industrial Superior pelas faculdades Osvaldo Cruz - SP.

Foto: Garanhuns - Av. Santo Antônio na década de 1960 - Na imagem podemos ver  as Lojas Paulistas ao fundo, a marquise,  o anfiteatro,  o ponto de lotações que eram ônibus antigos, além do bonito prédio da Igreja Presbiteriana. Ao fundo o campo de futebol do Santos. Créditos da foto: Clovis de Barros Filho.

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