Genivaldo Almeida Pessoa* | Garanhuns, 2006
Dá-me a mão esquerda. Aquela que estendida paira por segundos no ar, antes do aconchego da outra da outra palma da mão.
Dá-me o coração, esse batedor indiscreto ao ocupar peito alheio...
Demo-nos sorrisos recíprocos, sentimentos mútuos de afeto.
Aconcheguemo-nos nossos corpos e nossas almas na busca do amor verdadeiro, sem egoísmo, sem maldade.
O presente humilde de um sabonete barato, ou o aceno de mãos em encontro, é gostoso...
O beijo em face de pessoa amada acalenta, ameniza dor e, pousa como alimento em espírito sustando solidão.
Apesar do pão escasso, da carne em mesas privilegiadas, do prato feito aos mais carentes, termos amor!
Sabe de uma coisa, dá-me e mão esquerda! Não fiquemos em deserto sem água... Help...!
*Escritor, professor e poeta.
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