Natanael de Vasconcelos | Brejão, 1973
Quando te vi naquela tarde triste
Com olhos ardentes, lágrimas brotando
Quais pérolas finas na face rolando
Dizendo coisas que o peito desiste,
Senti o amor entre nós se acabando
Amor? Sim! Refleti, não existe.
Como existir? Se a nada resiste
Assim disseste-me, sorrindo e chorando.
Então, senti que tudo era passado.
Triste, ergui meus olhos ao céu
E vi todo meu sonho desmoronado.
Bem!... Triste é assim de ti separado...
Se somos dois pássaros voando ao léu
Sigamos, pois, o cainho errado.
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