No começo de setembro (1979) fui ao Colégio Diocesano rever o Padre Adelmar e lembrar dos anos em que lá estudei. Tudo continua no mesmo e ao ver, num domingo ensolarado, o padre lendo os seus antigos livros religiosos, me emocionou e pensei: "Esta profundidade e dedicação às boas causas são admiráveis".
Quem assim falou foi o desembargador Augusto Duque (foto), ex-aluno do Diocesano de Garanhuns, que elogiou o nível do educandário. "Nosso colégio era simples, dentro de uma realidade fora do comum. Escola de interior feita para pessoas do interior. Nada de sofisticação, no entanto tudo era organizado e lá se aprendia mesmo e com alegria".
O magistrado enfatizou que foi à sombra do exemplo dos diretores do educandário, a princípio Padre Anchieta Callou e depois Padre Adelmar Valença que se fez completa sua formação. O que eu aprendi em casa, as noções de honradez e moralidade, foram complementados pelos ensinamentos recebidos naquele colégio.
Finalizando, Augusto Duque disse que o Diocesano é "como uma tatuagem. Quem passa por lá fica com uma marca eterna". E explicou: De todas as partes do Brasil vem constantemente ex-alunos do colégio visitá-lo. Isso aconteceria se o Diocesano fosse uma escola igual às outras? Não. Mas a nossa escola sempre foi muito especial".
Aqui deves entrar como um templo.
Com a alma pura e o coração sem susto.
Aqui recebes da virtude o exemplo.
Aqui aprendes a ser meigo e justo.
Ama esta casa! Pede a Deus que a guarde.
Pede a Deus que a proteja eternamente.
Porque. Talvez, em lágrimas, mais tarde
Te vejas, triste, desta casa ausente.
Fonte: Caderno Especial do Jornal do Comercio / Domingo, 28 de Outubro de 1979.
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