Roberto Almeida
Garanhuns bem merece um poema.
Conhecida como cidade das flores,
ela é muito mais.
É uma corrente de beleza
que nasce por entre fontes
de águas minerais:
sobe, em nevoeiros densos,
até o Alto do Magano,
até deslizar, suave,
na Avenida Santo Antônio.
E que pousa, tranquila,
no Parque Ruber van der Linden.
Marca encontro
no Relógio das Flores,
construído ao lado da imponente
Difusora
e vai em frente,
pela principal avenida
do bairro de Heliópolis.
Para, um pouco,
na Igreja de Nossa Senhora
do Perpétuo Socorro,
no antigo Tavares Correia
e no moderno Palace.
Prossegue, logo depois,
após passar pelo Colégio XV,
fixando-se, por instantes,
no Centro Cultural,
que em tempos idos
foi estação de trem.
Passeia, um momento,
pela Praça da Bandeira,
visita o Colégio Diocesano,
fazendo uma reverência
ao monsenhor Adelmar.
Vai até a Boa Vista,
de lá se espalhando
por diversos bairros
populares,
onde gente simples
inveja a poesia dos casarões
pequeno-burgueses,
erguidos do outro lado da cidade.
Enfim,
volta à Avenida Santo Antônio,
cumprimenta o edifício da Prefeitura,
admira o Colégio
Santa Sofia,
a Catedral.
Aos olhos de quem vê
tudo é beleza
e as margaridas
no centro da praça
dizem com toda certeza
que Garanhuns
bem merece um poema
Foto: Noite na Avenida Santo Antônio / Créditos: MFDRONE Imagens Aéreas.
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