Pela quarta vez, Lampião retornou a Pernambuco, fazendo sua aparição em 3 de maio de 1935, no povoado do Garcia, situado no município de Águas Belas, próximo à divisa com o município de Pedra/PE. Nesse local, ele enfrentou o tenente Zé Jardim em dois confrontos armados, enquanto outro grupo sob seu comando atacava uma localidade a duas léguas de Cacimbinhas, no município alagoano de Palmeira dos Índios. No mesmo dia, Luís Pedro, acompanhado por três homens e partindo de Santana do Ipanema, considerado o "Quartel General" de Lampião, adentrou Águas Belas, onde permaneceu por apenas um dia. Em resposta a essa incursão, o tenente Zé Jardim liderou oito praças, incluindo um sargento, em perseguição ao grupo.
No sítio Aguazinha, próximo a Mocambo (Iati), no município de Águas Belas, em 27 de maio de 1935, ocorreu um intenso confronto entre Lampião, acompanhado por seis homens e duas mulheres, e as forças volantes, lideradas pelo tenente Zé Jardim, que contava com quinze praças. O único acontecimento trágico foi a perda do cão de estimação de Lampião, chamado "Dourado", que foi abatido por uma bala de fuzil enquanto investia ferozmente contra um soldado. Lampião expressou profundo pesar pela morte de seu leal amigo. Posteriormente, dirigiu-se para Bom Conselho, enquanto o capitão Miguel Calmon, delegado regional, fortaleceu a guarnição daquela cidade. (Fonte: "Lampião, Seu Tempo e Seu Reinado" de Frederico Bezerra Maciel.)
Sítio Aguazinha - Local onde foram encontradas várias cápsulas de bala em 1971 Crédito das fotos: Anchieta Gueiros |
Anchieta Gueiros e o Sr. José Leite
de Carvalho (Zé Leite)
Sítio Aguazinha - No ano de 1971, trinta e seis anos após o confronto mencionado, trabalhadores envolvidos no desmatamento da caatinga para preparar o solo visando o cultivo da palma, descobriram uma considerável quantidade de cápsulas (invólucros de balas) entre pedras no Sítio Aguazinha. Tive a oportunidade de conversar em Iati com o Sr. José Leite de Carvalho (Zé Leite), que confirmou tal descoberta, sendo ele um dos trabalhadores presentes no local quando o material foi encontrado. Ele compartilhou que, naquela época, a propriedade pertencia ao Sr. Luiz de Barros Silva (Lulu), avô do editor deste blog, e que a área consistia em uma densa vegetação de caatinga, de difícil acesso.
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