Dedicado a Rossini Azevedo Moura
José Hildeberto Martins | Garanhuns, 2006
Sem cansaço, põe em prática
O DOM apurado que DEUS lhe deu,
A COMUNICAÇÃO.
Claraboia na cabeça,
usa máquina de datilografia antiga;
e por aí vai, com palavras tisnas,
traçando ideias multicoloridas.
GRANDIOSO-ILUMINADO mesmo!
ROSSINI é desse jeito. Tem um cofre de aço
onde guarda a medida exata da crônica
e os cordames da poesia.
Quando ocioso, dizem os mais íntimos,
mata cacófatos com as unhas;
mas, ainda, tem outras manias,
entre elas lamber o incisivo postiço
e, contrariado, piscar os joelhos,
em código Morse, replicante.
Foi não foi, é pego no ato.
Traga fumaça no pito sem se asfixiar,
reveza água e café, ébrio de inspiração.
Imagino ROSSINI um homem de fé;
contudo, seja como for, até místico,
sei que leva a vida escrevendo e falando,
regando palavras,
enxertando tônicas agrupadas,
poeta prosador, seu CARACTERÍSTICO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário