Onilza Braga / Agosto de 1996
O silêncio do tudo
O silêncio do nada
O silêncio embaraçoso que nada diz
E nos inquieta e angustia
O silêncio de quem nada mais tem para dizer
O silêncio vazio, no qual nem o eco do passado ressoa
O silêncio frio
Desenvolvido
Despido
O silêncio do nada
O silêncio
No qual rebuscamos nossos cérebros
À procura de palavras de quaisquer origens
Que nos definam a plenitude que sentimos
O êxtase
O prazer de ser
A harmonia do completo
A essência
O valor da quietude
E não encontramos palavra alguma em nosso
pequenino e limitado mundo onde só as coisas simples
têm códigos e fórmulas e símbolos e palavras que as expliquem
Então descobrimos que em vão procuramos definir
O Superior
O Pleno.
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