Paulo Dácio de Melo (O Poeta da Natureza)
Esta triste cachoeira
De aparência deprimida
Já alegrou, muitas e muitas vidas
Que se banhava nela.
Conheci belas donzelas
Que se banhavam aqui,
Quantas vezes
Eu curtir, o cantar
Da passarada
Eu e meus camaradas
Bastião de Arconso,
e Tonho de Sinhá,
Antes de começar, a
Jornada do dia a dia,
Esta triste cachoeira,
Não consegue mais chorar.
Já secou as suas lágrimas,
Ao lembrar do que era antes
Como eu também lamento,
E não consigo nem pensar,
Em olhar essa tristeza, tenho certeza,
Que ela sofre, como eu .
Porque perdemos
A maior parte da vida,
A cachoeira já secou as suas lágrimas,
E eu ainda tenho muito pra chorar,
Pra lamentar e lembrar nosso passado.
- A nossa união, era grande a harmonia,
Com sinfonia de pássaros
Cantando, nos alegrando,
E agradecendo, O Criador, por mais um dia,
Hoje o que resta da floresta, é silêncio,
E solidão, da cachoeira,
Boas lembranças e poeiras cinzas e carvão,
A natureza agoniza,
E eu mim sinto impotente,
Por não conseguir recuperar,
O amor do meu coração.
Preciso de doação, de solidariedade,
Peço por caridade,
E por favor eu ti peço,
Quem encontrar o progresso,
Mande prender esse ladrão!
Garanhuns, ano 2017.
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