quarta-feira, 23 de agosto de 2023

A solidão da cachoeira


Paulo Dácio de Melo (O Poeta da Natureza)

Esta triste cachoeira

De aparência deprimida

Já alegrou, muitas e muitas vidas

Que se banhava nela.

Conheci belas donzelas

Que se banhavam aqui,

Quantas vezes

Eu curtir, o cantar

Da passarada

Eu e meus camaradas

Bastião de Arconso,

e Tonho de Sinhá,

Antes de começar, a 

Jornada do dia a dia,

Esta triste cachoeira,

Não consegue mais chorar.

Já secou as suas lágrimas,

Ao lembrar do que era antes

Como eu também lamento,

E não consigo nem pensar,

Em olhar essa tristeza, tenho certeza,

Que ela sofre, como eu .

Porque perdemos

A maior parte da vida,

A cachoeira já secou as suas lágrimas,

E eu ainda tenho muito pra chorar,

Pra lamentar e lembrar nosso passado.

- A nossa união, era grande a harmonia,

Com sinfonia de pássaros

Cantando, nos alegrando,

E agradecendo, O Criador, por mais um dia,

Hoje o que resta da floresta, é silêncio,

E solidão, da cachoeira,

Boas lembranças e poeiras cinzas e carvão,

A natureza agoniza,

E eu mim sinto impotente,

Por não conseguir recuperar,

O amor do meu coração.

Preciso de doação, de solidariedade,

Peço por caridade,

E por favor eu ti peço,

Quem encontrar o progresso,

Mande prender esse ladrão!

Garanhuns, ano 2017.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O cabo eleitoral

Garanhuns - A presença do "cabo eleitoral", ou "de eleitor", está ligado às eleições, desde os  tempos do Brasil colônia...