sexta-feira, 18 de agosto de 2023

A morte do violeiro

Gonzaga de Garanhuns 

Confiando em Jesus Cristo

Grande Deus Onipotente

Com a força do meu punho

Puxando rimas na mente

Faço com dom altaneiro

A morte do violeiro

Que comoveu muita gente

Portanto, leitor amigo

Desta região daqui

De Neves ou de Lajedo

De calçado ou Jucati

Faço este bom escrito

Sobre este Genésio Brito

Da região de Jupi

Com os olhos lacrimejando

Confiando em Jesus Cristo

Muito triste e pesaroso

Pra todos faço este escrito

Do poeta popular

E repentista sem par

Olhando Genésio Brito

Com prazer aqui escrevo

Sobre este violeiro

O qual só deixou saudades

Por este agreste inteiro

Este grande cantador

E poeta trovador

Deste recanto agresteiro.

Ele era um violeiro

Conhecido no lugar

Pois o seu desejo era

O folclore esbanjar

Foi esta sua atitude

Lutar pela juventude

Que estava a lhe escutar

No auge que está agora

O folclore brasileiro

Pois este Genésio Brito

Bom poeta violeiro

Vivia sempre lutando

E suas rimas puxando

Do seu cérebro altaneiro.

Pois não só os homens grandes

Que merecem ser lembrados

Também os homens simples

Quando por Deus forem levados

Para a eterna mansão

Seus nomes com amplidão

Devem ser imortalizados.

Por tanto Genésio Brito

Seu nome vou divulgar

Que você merece isto

Pra isto irei lutar

Eu quero com bom proveito

Neste tão simples folheto

Seu nome imortalizar.

Nesta sua profissão

Sempre foi bem aplaudido

Era um artista de classe

Que pra isto foi nascido

Este homem de valor

Devido ao seu labor

Por poucos foi conhecido.

Por poucos foi conhecido

Não sei qual foi a razão

Pois só era conhecido

Por alguns da região

Mas, agora com agrado

Seu nome farei vulgado

Pra toda população...

Garanhuns, 18 de Setembro de 1976.

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