Gonzaga de Garanhuns
Confiando em Jesus Cristo
Grande Deus Onipotente
Com a força do meu punho
Puxando rimas na mente
Faço com dom altaneiro
A morte do violeiro
Que comoveu muita gente
Portanto, leitor amigo
Desta região daqui
De Neves ou de Lajedo
De calçado ou Jucati
Faço este bom escrito
Sobre este Genésio Brito
Da região de Jupi
Com os olhos lacrimejando
Confiando em Jesus Cristo
Muito triste e pesaroso
Pra todos faço este escrito
Do poeta popular
E repentista sem par
Olhando Genésio Brito
Com prazer aqui escrevo
Sobre este violeiro
O qual só deixou saudades
Por este agreste inteiro
Este grande cantador
E poeta trovador
Deste recanto agresteiro.
Ele era um violeiro
Conhecido no lugar
Pois o seu desejo era
O folclore esbanjar
Foi esta sua atitude
Lutar pela juventude
Que estava a lhe escutar
No auge que está agora
O folclore brasileiro
Pois este Genésio Brito
Bom poeta violeiro
Vivia sempre lutando
E suas rimas puxando
Do seu cérebro altaneiro.
Pois não só os homens grandes
Que merecem ser lembrados
Também os homens simples
Quando por Deus forem levados
Para a eterna mansão
Seus nomes com amplidão
Devem ser imortalizados.
Por tanto Genésio Brito
Seu nome vou divulgar
Que você merece isto
Pra isto irei lutar
Eu quero com bom proveito
Neste tão simples folheto
Seu nome imortalizar.
Nesta sua profissão
Sempre foi bem aplaudido
Era um artista de classe
Que pra isto foi nascido
Este homem de valor
Devido ao seu labor
Por poucos foi conhecido.
Por poucos foi conhecido
Não sei qual foi a razão
Pois só era conhecido
Por alguns da região
Mas, agora com agrado
Seu nome farei vulgado
Pra toda população...
Garanhuns, 18 de Setembro de 1976.
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