terça-feira, 25 de julho de 2023

Jornalista Humberto Alves de Morais

Minha homenagem a este grande homem, meu tio Humberto de Morais

Por Cristina Moraes

Um dia que é conhecido como o dia da mentira, 1º de abril, o dia da trolagem  e de fazer uma brincadeira, mas há uma linda verdade, que nasceu justamente em um primeiro de abril.

Neste primeiro dia do mês de abril, eu não poderia ter inspiração melhor para esta minha crônica de hoje, pois foi em um primeiro de abril que o cidadão Humberto Alves de Morais, (foto) nasceu, se estivesse ainda entre nós, hoje, estaria completando mais um ano de vida.

Humberto Morais nasceu na cidade de Calçado, à época ainda era distrito de Canhotinho, PE no dia 1º de abril de 1926, filho de Raimundo Athanásio de Moraes e Obdulia de Moraes Rêgo, irmão de Cláudio, Maria de Lourdes e Luiz, todos de saudosas memórias.

E assim como muitos cidadãos que aqui vem morar, também,  tornou-se  filho da “terra de Simôa” por aclamação e mérito.

Foi aluno exemplar e comprometido do Colégio Diocesano de Garanhuns, chamando a atenção do Monsenhor Adelmar da Mota Valença, que logo enxergou o  seu espírito empreendedor e seu talento para a linda arte de escrever, logo o incentivou a reeditar o jornal ‘O Ginásio’, que foi fundado por Luiz Souto Dourado.

Humberto Morais, betinho ou bertinho, que assim era chamado por amigos, era graduado em Letras pela Faculdade de Formação de Professores de Garanhuns.

E sem dúvidas, falar em Humberto Morais, meu tio, é falar da história viva deste pedacinho de céu, chamado Garanhuns, pois foi um grande cidadão, idôneo, super ético, em tudo que atuou.

Como jornalista, foi um ícone, em nossa região, era responsável, por programas de muita audiência na  antiga Rádio Difusora, hoje, Rádio Jornal de Garanhuns, onde fazia o comentário do almoço e a Cidade em foco.

Escreveu para o jornal O MONITOR, onde tinha uma coluna de sua autoria, chamada “Calçando 40”, além de fazer parte de outros veículos de comunicação do Estado e os jornais, Garanhuns e O Menor.

Além da vida profissional como jornalista, se destacou através das letras e da política, foi um dos fundadores da Associação Garanhuense de Imprensa, com o seu irmão, meu pai, Cláudio Alves de Moraes, além da Academia de Estudos Saber.

E também a Academia de Letras de Garanhuns, onde era o ocupante da cadeira número 1, do patrono Alfredo Correia da Rocha, onde atualmente está ocupada por Valdir Marino.

E não para aí, foi também presidente do Grêmio Cultural Ruber van der Linden por diversas vezes, fundando então, o programa radiofônico, “Garanhuns Literária”, foi secretário da Codeam e um grande colaborador do SESC Garanhuns.

E sendo filho de político, trazendo nas veias o sangue quente de um apaixonado pela causa pública e social, assim como seu pai Raimundo de Morais, enveredou também pela política, onde foi vice-prefeito de Luiz Souto Dourado e vereador por dois mandatos.

Deixando seu legado de político sério e comprometido, e um deles foi a instituição  da Lei nº 12.790, de 14 de março de 2013 e seria comemorada no dia 30 de outubro, passando a ser feriado municipal, no governo do então prefeito José Inácio Rodrigues, de saudosa memória.

Humberto Alves de Morais, um grande cidadão que lutou por uma Garanhuns politizada, ética, desenvolvida e um grande empreendedor da literatura na minha linda Garanhuns.

Sua linda trajetória de vida chega ao fim em 3 de julho de 2007, faleceu aos 81 anos de idade, fechando um lindo ciclo na maravilhosa arte de escrever, morre o homem, fica a sua história.

Viver, reviver e homenagear.

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